TRIBUNAL DE MANGUALDE…PORTUGUÊS SUAVE

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PATRIMÓNIO MANGUALDENSE CONTINUA A SER LEMBRADO

A campanha «Mangualde, o nosso património!» termina o ano com a apresentação do Tribunal de Mangualde…Português Suave. A iniciativa da Câmara Municipal de Mangualde tem como objetivo continuar a aproximar a população do património mangualdense, dando a conhecer o vasto património do concelho.
 
Tribunal de Mangualde…Português Suave
O estilo arquitectónico predominante em Portugal, em finais da década de 1930 até finais de 1950, ficou conhecido por Estilo Nacionalista, ou Tradicionalista, ou Português Suave ou Estado Novo. Esta última denominação será a menos assertiva, pois durante aquele regime político vários foram os estilos utilizados. De facto, se nos anos 30 o Modernismo teve carácter hegemónico (Instituto Nacional de Estatística, Instituto Superior Técnico, etc.), a partir da década de 1940, com a Exposição do Mundo Português, o Estilo Nacionalista implantou-se e difundiu-se no edificado público do Portugal metropolitano e ultramarino.
O grande teorizador deste estilo foi o arquitecto Raúl Lino. Procurava-se originar uma arquitectura genuinamente portuguesa, promovendo a simbiose entre o progresso modernista da engenharia e elementos da estética dos séculos XVII e XVIII e da construção tradicional das regiões de Portugal. Colunatas, arcadas, coruchéus, torreões e o granito rusticado são os elementos estéticos mais ilustrativos.
A designação Português Suave resulta da crítica que lhe é feita pelos seus opositores, definindo-a como desprovida de imaginação e imbuída de provincianismo. Ou seja, uma arquitectura que integra uma civilização, mas que não contribui para o superior desenvolvimento desta.
Ao longo deste período, tanto no edificado público como no privado, assiste-se a propostas sincréticas entre Modernismo e Português Suave, bem como a evoluções de cada uma.
O edifício do Tribunal e Serviços de Registo e Notariado da Comarca de Mangualde é um exemplar do estilo Português Suave, projectado pelo arquitecto Raul Rodrigues Lima.
António Tavares
Gestão e Programação do Património Cultural - CMM
 
Com esta campanha todos ficam mais próximos do vasto esplendor patrimonial do nosso concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, em vários pontos de encontro do concelho, informação sobre o monumento/património apresentado. O património material e imaterial vai sendo apresentado consoante a categoria com a qual foi classificado: arqueologia, pelourinhos, fontes, palacetes e religiosos, bem como outros bens patrimoniais. Cada categoria será representada por uma cor que a distingue das restantes.
 
Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos dois anos. Em 2015, a comunidade teve oportunidade de conhecer melhor alguns pedaços de património que fazem história no nosso concelho: Igreja de São Tomé de Cunha Baixa, o Fontenário dos Seabra Beltrões, em Cassurrães, o Penedo da Cruz, em Póvoa de Cervães, Vila Cova de Tavares…1663, a Capela dos Cabral Pinto – Cassurrães, a Ponta da Barca, a Igreja de Santiago de Cassurrães, as Sepulturas medievais de Maceira Dão e a «Nossa Senhora do Monte, ou da Cabeça – Sítio primitivo do Mosteiro de Maceira Dão?», as Casas de Lobelhe, a Casa da Quinta de Santo António – Fornos de Maceira Dão e a Igreja de São João da Fresta. No mês de maio destacamos a Igreja de São Silvestre de Pinheiro de Baixo e de Cima e Picota: tecnologia antiga, no mês de junho, os Vestígios de Outrora: Vila Nova de Espinho, em agosto Paredes que falam da História, em setembro o Santo António dos Cabaços. A última campanha contemplou a Arquitectura modernista em Mangualde…

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