Autarquia felicita Manuel Cargaleiro pelos seus 90 anos de vida

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A Câmara Municipal do Seixal felicita o Mestre Manuel Cargaleiro que completa hoje 90 anos de vida. Para a autarquia é um privilégio contar com a presença da sua obra no concelho, exposta na Oficina de Artes com o seu nome, cuja abertura teve lugar em junho de 2016.

Manuel Alves Cargaleiro nasceu a 16 de março de 1927 em Vila Velha de Rodão, sendo um pintor e ceramista português extremadamente conceituado, que leva a sua obra pelo mundo, prestigiando desta forma o País e também o Seixal, cuja ligação vem já do seu pai, que há muitos anos atrás se encantou pelo concelho onde adquiriu alguns terrenos e se sedeou, tendo mais tarde sido o primeiro provedor da Santa Casa da Misericórdia do Seixal. Entre as memórias de infância, Manuel Cargaleiro lembra-se de ir à missa na Quinta da Fidalga. Mais tarde, recorda-se do café do Américo, no Fogueteiro, onde recebia amigos artistas e escritores, como Vieira da Silva e Arpad Szenes, tornando a localidade num centro cultural e artístico.

A sua ligação ao concelho manteve-se ao longo da vida. Em 1994, foi atribuído à Escola Secundária do Fogueteiro o nome de Escola Secundária Manuel Cargaleiro. Em 1999, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal do Seixal a Medalha de Honra e, no ano seguinte, Manuel Cargaleiro criou um grande painel de azulejos para a escola secundária com o seu nome.

Foi lá que realizou ainda as exposições Obra Gravada, em 2010, no 25.º aniversário da escola, e 7 Gravuras, 7 Cidades, em 2013, integrada nas comemorações do seu 86.º aniversário. Em 2014, Manuel Cargaleiro efetuou uma visita inaugural ao edifício da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, na Quinta da Fidalga.

A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro

A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro abriu ao público no dia 17 de junho de 2016 com a exposição A Essência da Forma, e contou com a presença do mestre Manuel Cargaleiro e do arquiteto que projetou a obra, Álvaro Siza Vieira. Ao passar os portões da Quinta da Fidalga, em Arrentela, no concelho do Seixal, entra-se num espaço onde a história e a modernidade se encontram. Caminhando pelo jardim centenário, revive-se o passado num local único, onde também é possível observar uma obra de futuro, projetada por Álvaro Siza Vieira, um dos mais conceituados arquitetos portugueses.

Trata-se da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, um espaço de promoção da arte contemporânea, associado ao trabalho de ateliê e à mais recente pesquisa e produção do mestre Manuel Cargaleiro. A exposição inaugural é composta por reproduções de painéis de azulejo de oito obras emblemáticas de Manuel Cargaleiro, tais como a fachada do Instituto Franco-Português de Lisboa (1983) ou a estação do metro de Champs Elysées-Clémenceau, de Paris (1995) e pode ser visitada de terça a sábado, das 10 às 18 horas.

A mostra reúne ainda trabalhos em azulejo de Siza Vieira, revelando um lado menos conhecido do arquiteto, e que terão neste espaço um lugar de destaque. A abertura ao público da Oficina de Artes representa um momento cultural único, não só ao nível local, mas nacional, pois trata-se de celebrar a união entre o entre o trabalho de Manuel Cargaleiro e Álvaro Siza Vieira, dois nomes incontornáveis da arte e arquitetura portuguesas, com reconhecimento internacional.

A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro tem por objetivo promover a arte contemporânea, em particular a obra do mestre Manuel Cargaleiro, através da realização de exposições temporárias, do desenvolvimento de atividades educativas no âmbito da sua programação e da promoção de parcerias com organismos congéneres.

O projeto arquitetónico de Siza Vieira

Situada na Quinta da Fidalga, a Oficina  de Artes Manuel Cargaleiro é um projeto arquitetónico da autoria de Álvaro Siza Vieira que se caracteriza por uma articulação harmoniosa entre os diferentes elementos arquitetónicos e os espaços envolventes. Desenvolvendo-se numa única planta, a volumetria quebrada do edifício pretende criar uma sequência de espaços interiores e exteriores que caracterizam a Oficina de Artes. O átrio dá acesso ao balcão de receção e à sala de exposições. A articulação dos espaços expositivos em «S» permite a eventual subdivisão por painéis desmontáveis. A iluminação natural e controlável destes espaços é garantida por envidraçados sobre o jardim. A iluminação artificial é feita por sancas ou tetos luminosos, de modo a permitir as condições ideais para cada tipo de utilização.

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