NOVA IORQUE ULTRAPASSA HONG KONG E VOLTA A SER A LOCALIZAÇÃO DE RETALHO MAIS CARA DO MUNDO

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  • A 5ª Avenida em Nova Iorque é considerada a localização de retalho mais cara do mundo, tendo a renda chegado aos € 29.822 anuais por metro quadrado
  • A Causeway Bay em Hong Kong registou um decréscimo de 6,8% nas rendas, passando para o 2º lugar do ranking
  • Os Champs Elysées em Paris e New Bond Street em Londres ocupam a terceira posição e quarta posição respetivamente 
  • A completar o top 5, aparece este ano a Pitt Street Mall em Sydney, tendo registado um aumento de rendas de 25%
  • A zona do Chiado em Lisboa subiu de novo 2 posições no ranking, ocupando agora o 41º lugar
A 5ª Avenida em Nova Iorque voltou a ser a localização de retalho mais cara do mundo, depois de ter ultrapassado Hong Kong, que ocupava há dois anos, a posição cimeira do ranking Main Streets Across the World (MSATW).
 
O MSATW 2014, publicado hoje pela Cushman & Wakefield (C&W), fornece uma análise do mercado de retalho a nível global, monitorizando e ordenando as 330 localizações de comércio mais importantes, em 65 países. O ranking apresentado é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação.
 
A nível global, as rendas prime de retalho subiram em média 2,4% nos últimos 12 meses. Os valores das rendas em 277 localizações das 330 monitorizadas no estudo deste ano aumentaram ou mantiveram-se estáveis.
 
As rendas em Nova Iorque, localização no topo do ranking, atingiram este ano os 29.822 euros anuais por cada metro quadrado, enquanto em Hong Kong chegaram aos 23.307 euros.
Os Champs Elysées em Paris mantiveram a terceira posição do ranking, apesar de não ter havido um aumento nas rendas, seguidos pela New Bond Street em Londres que registou uma subida 4,2%. A Pitt Street Mall em Sydney subiu 3 posições no ranking, ocupando agora a 5ª, devido em grande parte aos inúmeros retalhistas internacionais que voltaram a esta localização nos últimos meses.
 
Quanto às rendas de retalho no continente americano, registaram uma subida de 5,8%, semelhante à registada entre 2012 e 2013. Os Estados Unidos e o México são os principais catalisadores desta evolução.
 
Na região da Ásia-Pacifico registou-se também uma subida nas rendas (3,6%) mas mais lenta, onde as rendas em Hong Kong foram afetadas por um decréscimo nos valores de consumo e no menor número de turistas.

PORTUGAL 
O comércio de rua na cidade de Lisboa mantém a evolução positiva que tem vindo a registar nos últimos anos. Em 2014 a capital voltou a registar uma subida de dois lugares no ranking mundial das ruas de retalho, situando-se este ano na 41ª posição. Lisboa ultrapassou em 2014 a cidade de Varsóvia e o mercado de rua sul-africano, retratado este ano pela cidade de Cape Town. Budapeste, na Hungria, e Almaty, no Cazaquistão, precedem Lisboa no ranking.
  
Segudno Marta Esteves Costa, associate e diretora do departamento de research & consultoria da Cushman & Wakefield, “Estes resultados refletem a crescente atratividade das ruas de comércio lisboetas que são cada vez mais alvo de grande interesse  por parte de retalhistas, na sua maioria internacionais, nos setores de luxo ou gama alta. Esta tendência teve um efeito positivo nas rendas de comércio de rua de Lisboa, que em 2014 voltaram a registar uma nova subida, na ordem dos 3%. Atualmente os espaços prime nas principais zonas de comércio de Lisboa situam-se nos €92,5/m2/mês no Chiado e nos €82,5/m2/mês na Avenida da Liberdade. No Porto, nomeadamente na zona dos Clérigos, o visível aumento na procura foi também retratado por um aumento das rendas na ordem dos 5%, situando-se hoje nos €55/m2/mês.”
 
“Há muito que a nossa convicção para o futuro do retalho em Portugal aponta para uma recuperação do formato de comércio de rua. Esta evolução é hoje evidente em Lisboa, e os sinais na cidade do Porto começaram este ano a ser sentidos. Estamos convictos que no médio prazo esta revitalização dos espaços de comércio de rua aconteça um pouco por todo o país”, afirma Marta Esteves Costa.
 
O cada vez maior fluxo de consumidores nos centros das cidades de Lisboa e Porto tem sido em grande parte impulsionado pelo aumento do número de turistas nestas zonas, reflexo da excelente performance do setor turístico em Portugal nos últimos anos. O aumento da procura de espaços é também um resultado deste maior fluxo de turismo.
 
Em 2014 assistiu-se mais uma vez à abertura de grandes nomes do retalho internacional nas ruas portuguesas, como foi o caso da Hackett London, Juliana Herc ou da Cos, na Avenida da Liberdade, e da Skunkfunk e Benefit Cosmetics no Chiado.

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