Motociclistas ajudaram a ‘Reflorestar Portugal’ com milhares de árvores autóctones

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Promessa feita é promessa cumprida! Para os motociclistas esta é uma certeza absoluta, como o comprovam as 3560 árvores de espécies autóctones entregues à população de oito concelhos de norte a sul do País, fortemente afetados pelos incêndios não só no trágico verão de 2017 como em anos anteriores. Campanha de sensibilização “Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés” lançada pela Federação de Motociclismo de Portugal em finais de setembro, quando centenas de motociclistas viram bem de perto as marcas dos muitos incêndios que devastaram grande parte floresta nacional, mas também muitas aldeias e vilas ao longo de todo o País.

Iniciativa que teve inícia com a plantação de duas árvores em cada um dos concelhos escolhidos, durante o 3.º Portugal de Lés-a-Lés Off-Road, para, numa segunda fase, efetuada durante o mês de fevereiro depois do final de 2017 anormalmente seco, serem entregues mais de quatro centenas de plantas em cada um dos concelhos, de Góis, Pedrógão Grande, Mação, Covilhã, Belmonte, até Boticas e Vila Pouca de Aguiar, em ação que terminou em Silves. Reunidas as melhores condições de clima e solos, foram então plantadas as espécies escolhidas com o apoio do biólogo Nuno Gomes Oliveira e parceria com o ICNF, desde os carvalhos-negrais, sobreiros e azinheiras, aos medronheiros e pinheiros-mansos, passando pelos choupos-brancos, cerejeiras-bravas, bordos e carvalhos-robles.

Em S. Bartolomeu de Messines, com a presença da presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, do presidente da Junta de Freguesia e do chefe da Proteção Civil local, Nelson Correia, a carrinha da FMP levou 100 sobreiros, 100 azinheiras e outros tantos pinheiros mansos além de 50 choupos-brancos e 56 medronheiros à população na freguesia mais afetada pelos fogos no concelho. Oitava e última etapa da campanha, com apoio do Moto Clube de Faro e dos viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e Vila Real de Santo António, depois de milhares de quilómetros correndo o País, de Trás-os-Montes ao Algarve, para ajudar as populações a recuperar, de forma sustentável, a paisagem profundamente afetada. E sempre sublinhando as vantagens das espécies autóctones face às árvores não naturais da região, da maior resistência aos incêndios bem como às pragas e doenças, ao contributo para a maior fertilidade do espaço rural e equilíbrio ecológico das paisagens; da ajuda na regulação do ciclo da água e da sua qualidade, ao contributo para a redução do efeito de estufa, fixando o carbono atmosférico; do aumento do valor turístico e paisagístico, ao fornecimento de frutos (castanha, bolota, etc), matérias-primas (cortiça e lenha) e madeiras de superior qualidade para a indústria (castanho ou carvalho, p.e.).  Antes de Silves, passagem de forte simbolismo em Boticas, onde o presidente da edilidade, Fernando Queiroga ‘acolheu’ 200 castanheiros, 200 sobreiros e 50 bordos oferecidos pela Anadiplanta, que serão plantadas com o apoio dos sapadores florestais do concelho e pelos munícipes, o mesmo acontecendo em Vila Pouca de Aguiar. Onde, em setembro, começou gigantesca tarefa de recuperar a paisagem florestal Portugal de Lés-a-Lés.

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