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A História da Gata das Botas, de Beatrix Potter chega amanhã às livrarias

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Mais de cem anos depois de ter sido originalmente escrito chega amanhã às livrarias A História da Gata das Botas, um texto de Beatrix Potter recentemente redescoberto e agora publicado pela primeira vez em formato ilustrado.

Como tantas outras narrativas de Beatrix Potter, esta é uma história deliciosamente cómica, que por razões várias nunca foi publicada em vida da Autora, sendo aliás a primeira vez que é editada como história individual e integralmente ilustrada.

O manuscrito foi redescoberto em 2014 por Jo Hanks, editor na Penguin Random House Children’s, que se deparou com uma biografia há muito esgotada de Beatrix Potter publicada nos inícios dos anos 1970. Nessa obra, Hanks encontrou referência a uma carta que a Autora teria enviado ao seu editor em 1914, em que aludia a uma história sobre “uma gatinha preta de pura raça e bem-comportada, que leva uma vida completamente dupla”, bem como menção a um manuscrito não revisto da mesma história.

Uma visita aos arquivos do Victoria and Albert Museum, em Londres, onde se encontra guardado muito do espólio de Beatrix Potter, revelou três manuscritos escritos à mão em cadernos escolares, um esboço a cores da Gatas das Botas, um “mono” semipaginado e um esboço a lápis do arquivilão, Senhor Raposa.

Outras cartas no arquivo revelaram que Beatrix tencionava finalizar a história, mas que “começaram as interrupções” – que, aliás, haveriam de continuar: desde a Iª Guerra Mundial ao seu casamento, passando pela sua atividade enquanto criadora de ovelhas e pela deterioração do seu estado de saúde. Tudo razões poderosas para que Beatrix Potter nunca tenha voltado a dar atenção a esta sua história.

Segundo Jo Hanks, “a história é verdadeiramente do melhor de Beatrix Potter”. Contém duplas identidades, pérfidos vilões e várias personagens bem conhecidas de outros contos, entre as quais o Senhor Raposa, a Dona Rute e a Senhora Gata Malhadinha. E, melhor ainda, inclui o malandreco Pedro Coelho que, embora mais velho, mais lento e mais corpulento, também faz a sua aparição nesta história!

A obra, que no Reino Unido se tornou um fenómeno de vendas imediato ao ser anunciada oito meses antes da sua publicação, conta com as ilustrações de outra figura incontornável da literatura infantil mundial, Quentin Blake. Sobre este desafio irrepetível, diz o ilustrador: “Existem muitas outras razões pelas quais ela nunca terá regressado a este conto, mas devo confessar que há certos momentos em que não consigo resistir e penso que ela o estaria a guardar para mim.”

Ficha do livro

Título A HISTÓRIA DA GATA DAS BOTAS

Texto Beatrix Potter Ilustração Quentin Blake

Nº págs. 72 - ISBN 978-989-23-3708-1

BEATRIX POTTER (1866-1943)

Beatrix Potter é uma das mais acarinhadas escritoras infantis de todos os tempos, tendo a sua obra mais famosa, A História do Pedro Coelho [The Tale of Peter Rabbit], vendido mais de 45 milhões de exemplares em todo o mundo desde a sua publicação inicial, em 1902.

Ela própria supervisionou o lançamento de vários produtos derivados daquela sua criação – produtos de merchandising, como hoje se diria –, entre os quais se contam bonecos de peluche, jogos de tabuleiro, livros de colorir e até um conjunto de lenços de assoar, fazendo de Pedro Coelho a mais antiga personagem da história do licensing mundial.

Hoje em dia, mais de 2 milhões dos seus “livritos” são vendidos anualmente em todo o mundo e o Pedro Coelho marca presença em livros e produtos diversificados em mais de 110 países espalhados pelos quatro cantos da Terra.

Nascida em Londres a 28 de julho de 1866, Beatrix Potter viria a revelar-se uma mulher incrivelmente multifacetada. Artista, contadora de histórias, botânica, ambientalista, agricultora e empresária, ela foi uma verdadeira visionária e uma indómita pioneira.

De caráter acerrimamente determinado e ambicioso, Beatrix Potter superou a rejeição profissional, a humilhação académica e o infortúnio pessoal sem nunca deixar de prosseguir os seus objetivos, tendo alcançando uma considerável fortuna e granjeado uma formidável reputação.

Ao morrer, em 1943, deixou um incrível legado em terras e bens ao The National Trust britânico para garantir que as gerações futuras pudessem continuar a desfrutar da pacata vida rural que ela tanto adorava e das encantadoras personagens e histórias que ela tão apaixonadamente criou ao longo de toda a sua vida.

QUENTIN BLAKE (n. 1932)

Quentin Blake nasceu nos subúrbios de Londres em 1932 e, desde que se lembra, sempre desenhou.

Os seus primeiros desenhos foram publicados na revista Punch, tendo ele apenas 16 anos e sendo ainda estudante de liceu. Continuou a desenhar para a Punch, a The Spectator e muitas outras revistas durante vários anos, tendo ingressado no mundo da literatura infantil com apublicação, em 1960, de A Drink of Water [Um Gole de Água], com texto de John Yeoman.

Famoso sobretudo pela sua colaboração com Roald Dahl, trabalhou igualmente com muitos outros escritores, entre os quais Russell Hoban, Joan Aiken, Michael Rosen e John Yeoman. Ilustrou ainda vários clássicos, como Um Conto de Natal, de Dickens, ou Cândido, de Voltaire, e criou diversas personagens próprias, como Mister Magnolia e Mrs Armitage, que fazem as delícias de miúdos e graúdos.

Os seus livros foram objeto de numerosos prémios e distinções, entre os quais o Prémio Whitbread, a Medalha Kate Greenaway, o Prémio Kurt Maschler e o Prémio Internacional Bologna Ragazzi. Recebeu em 2002 o Prémio Hans Christian Andersen para o Melhor Ilustrador, a mais alta distinção internacional concedida aos criadores de livros infantis. Em 2004, “por serviços prestados à Literatura”, o governo francês agraciou-o com a Comenda de Cavaleiro das Artes e das Letras, e em 2007 outorgou-   -lhe o grau de Oficial da mesma Ordem. Em 2014 foi-lhe concedida a “Légion d’Honneur”, uma distinção raramente atribuída a personalidades não francesas. Em 1999 foi nomeado o primeiro Embaixador do Livro Infantil (“Children’s Laureate”), um cargo destinado a promover a Literatura para a Infância e a Juventude. No Reino Unido, foi nomeado Comendador da Ordem do Império Britânico em 2005, recebeu o título de Royal Designer for Industry da Royal Society of Arts e foi distinguido com diversos Doutoramentos Honoris Causa por várias universidades inglesas. “Por serviços prestados à Ilustração”, foi ainda agraciado com o grau de Cavaleiro nas New Year’s Honours de 2013 e, em 2015, foi nomeado Cidadão Honorário de Londres.

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