Mansarda: Residência para artistas pretende promover criação artística
Espaço irá integrar um auditório com 100 lugares, com programação cultural regular, e um restaurante que estará aberto ao público
Patrícia Vasconcelos idealizou um espaço para artistas, onde se cruzassem gerações e se promovesse a criação artística. Com a reunião de mais de duas dezenas de sócios fundadores, de várias idades e com variados percursos profissionais, nasceu a Mansarda – uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) –, que tem como principal objectivo a criação e gestão de uma ou mais residências que apoiem, em regime de alojamento temporário e permanente, pessoas que estejam ou tenham estado ligadas ao mundo da língua, arte e cultura portuguesas e especialmente às artes performativas, através da permanente interacção de gerações, promoção da criação artística e partilha com outras instituições.
Tendo sido criada oficialmente em Novembro de 2014, cinco anos depois, a associação está a dar os primeiros passos para a implementação e materialização do projecto com a construção de uma residência para artistas, em Lisboa, num terreno a disponibilizar pela Câmara Municipal de Lisboa. A autarquia, que tem vindo a apoiar a associação Mansarda, já contribuiu também com o local dos actuais escritórios da IPSS, onde se concentram as actividades do projecto.
A residência terá assinatura do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, sócio da Mansarda, e no esboço do projecto já existente e que será, entretanto, adaptado ao local específico onde a residência será construída, estão previstas várias valências. A Mansarda irá integrar um total de 80 quartos, estando 40 reservados para a residência permanente e os restantes para a residência temporária, havendo quartos simples e duplos. O edifício terá também espaço para uma área de actividades, no qual se destaca um auditório de 100 lugares que terá programação cultural regular e cujas receitas irão reverter para a gestão da IPSS.
Sublinha-se ainda a existência de uma sala de formação, uma sala de reabilitação e também uma horta biológica. A Mansarda irá também reservar um espaço onde existirá um restaurante, de 40 lugares, aberto ao público, com o intuito de promover uma aproximação da comunidade com as pessoas que naquele momento habitam na residência.
Pensada para “quando a vida nos troca as voltas”, a Mansarda quer prestar um serviço à comunidade artística que vai para além do acolhimento. Pretende-se que seja um projecto activo, capaz de mobilizar diferentes expressões artísticas, potenciando o encontro e a interacção entre gerações. De portas abertas a outras instituições e visões que contribuam positivamente para a dinamização constante do projecto, a residência será um espaço de criação artística e valorização do talento.
Arrancando numa base pro bono, a Mansarda está, actualmente, num processo de recolha de donativos, através do IBAN PT50 0036 0000 9910 5910 4751 0, e angariação de sócios que podem fazer a inscrição através do site da associação www.mansarda.pt. A IPSS também já faz parte das instituições que podem beneficiar da consignação de 0,5% do IRS de 2018 dos contribuintes e empresas.
Fundadores Mansarda: Patrícia Vasconcelos | Miguel Guilherme | Jorge Salavisa | Camané | Rui Horta | Maria Flor Pedroso | Anabela Mota Ribeiro | Francisco Varatojo | Henrique Cayatte | José António Pinto Ribeiro | José Paulo Carvalho | Leonor Xavier | Luísa Villar | Manuel Costa Cabral | Margarida Cunha Belém | Maria Flávia Monsaraz | Maria Nobre Franco | Paula Ribeiro | Pedro Wallenstein | Rui Cardoso Martins | Teresa Schmidt | António Pedro Ferreira | Julita Santos
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