PAN Açores pretende alterar as condições do canil de Ponta Delgada

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Ponta Delgada, 18 de Setembro de 2017 – O PAN – Pessoas-Animais-Natureza defende que só com objectivos mensuráveis e medidas concretas é que se consegue mudar as condições do canil e do bem-estar animal no concelho de Ponta Delgada. 
 
“Ter como medidas a mudança do nome do canil e a sensibilização per si, além de serem medidas supérfluas e pouco tangíveis na execução, não vão dignificar nem os animais nem a causa que representam. Como em qualquer problemática, não podemos nem ser vagos nem esporádicos na resolução desde flagelo que já dura há demasiado tempo”, afirma Pedro Neves, candidato do PAN à Câmara de Ponta Delgada.
 
Com o grande objectivo de acabar com o abate indiscriminado no canil de Ponta Delgada já em 2018, o PAN conta com um pacote de medidas para reforçar esta pretensão, que vai desde a criação da figura do Provedor Municipal dos Animais ao reforço activo dos programas de esterilização e à fiscalização e penalização dos criadores ilegais.
 
O PAN pretende ainda uma majoração do orçamento para o centro de recolha oficial de 75 mil para 145 mil euros. A pensar na dinamização das adopções no canil, o partido quer acabar com todas as taxas para quem deseja adoptar os animais, além da oferta do chip.
 
“Num universo de 39 milhões de euros de orçamento anual para Ponta Delgada, o canil recebe apenas 0,2% desse valor, o que além de injusto mostra a ineficácia ou mesmo a não existência de políticas de bem-estar animal por parte da Câmara Municipal. Se compararmos com o orçamento para as festas e actividades recreativas no valor de um milhão e trezentos mil euros, conseguimos verificar onde se encontram as prioridades do órgão executivo”, reforça o candidato Pedro Neves.
 
No orçamento participativo de Ponta Delgada, o melhoramento do canil municipal foi o projecto mais votado, uma prova tanto da vontade expressa da população como da necessidade de uma democracia mais representativa. Quase um ano depois e com um orçamento de 50 mil euros, o projecto escolhido de forma participativa continua sem data de início para a execução da obra.
 
O PAN Açores alerta ainda para as falhas graves encontradas no canil por técnicos credenciados, identificadas no último relatório de controlo do Centro de Recolha de Ponta Delgada, verificação feita após inúmeras denúncias tornadas públicas. Nesse relatório consta que as eutanásias e mortes não são devidamente documentadas, os animais recolhidos não são desparasitados, vacinados e esterilizados à entrada, assinalando também a falta de um programa de esterilização de acordo com a lei vigente.
 
“Choca-nos não apenas a inacção mas o desprezo e o desrespeito pelas normas de bem-estar animal. Pergunto: será o problema só da sociedade que abandona os animais ou de uma Câmara que nos abandonou a todos?”, questiona Pedro Neves.

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