Grandes nomes no arranque da “Temporada de Música” no Palácio de Queluz

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- Importantes pianistas: Ronald Brautigam, Kristian Bezuidenhout e Alexander Lonquich
- Violoncelista de referência internacional: Christopher Coin
- Pedro Burmester com a Divino Sospiro
- Workshop de Cartas Musicais: danças da sociedade séc XVIII-XIX
- Assembleia em Queluz: concerto, baile e jogos de cartas

Imagens: http://62.28.132.233/1393519171.zip
Programa: http://www.parquesdesintra.pt/wp-content/uploads/2014/02/programa.pdf

Tem início no próximo dia 8 de março o Ciclo de Carnaval da Temporada de Música – Tempestade e Galanterie, Palácio de Queluz 2014, sob a Direção Artística de Massimo Mazzeo. Este ciclo, de 8 a 29 de março, é composto por seis concertos e contará com grandes nomes da música nacional e internacional, que se espera representem um grande regresso da Música ao Palácio de Queluz.

O programa inclui reconhecidos pianistas (Ronald Brautigam, Khristian Bezuidenhout, Alexander Lonquich, e Pedro Burmester com a Divino Sospiro), um famoso violoncelista (Christophe Coin) e os recém-formados, mas já galardoados, Thalia Ensemble. Outros dois pontos fortes: uma recriação do espírito das Assembleias de Lisboa, com um concerto que será muito mais do que isso; e um workshop de cartas musicais, que inclui música, dança e jogos de salão como nos finais do antigo regime.

A 8 de março o arranque é com um dos grandes pianistas da atualidade: Ronald Brautigam, referido pela BBC Music Magazine como tendo “interpretações de um genuíno estilo virtuoso”, e que tocará o histórico pianoforte Clementi do Palácio de Queluz, inaugurando o regresso deste instrumento à cena. O programa de Brautigam incluirá obras de Mozart e Clementi, compositores setecentistas da época áurea do Palácio de Queluz.

Também Khristian Bezuidenhout é um nome forte entre pianistas de nível internacional, e também ele tocará o pianoforte Clementi, a 12 de março. Convidado frequente das melhores orquestras e ensembles do mundo, divide o seu tempo entre as mais reputadas salas e festivais internacionais. Neste concerto destaque para a obra de Bach, assinalando os 300 anos do seu nascimento.

A 22 de março tem lugar o concerto de Alexander Lonquich (pianoforte) e Christophe Coin (violoncelo). Alexander Lonquich inclui nos seus compromissos recentes aclamadas atuações no Festival de Salzburgo e um ciclo de Beethoven sob a direção de Christian Tetzlaff, entre um longo histórico igualmente marcante. Christophe Coin obteve o seu primeiro prémio de violoncelo aos 16 anos, tem desde então atuado com grandes agrupamentos internacionais, e é também professor de violoncelo barroco no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris.

A 15 e 16 de março, tem lugar o Workshop de Cartas Musicais, apresentado por Cristina Fernandes (musicóloga) e Catarina Costa e Silva (especialista em Danças Antigas). Este workshop teórico-prático tem por base o baralho musical de José do Espírito Santo e Oliveira (1755-1819), contendo uma dança diferente em cada carta, anotada em partitura. Serão abordadas as danças de sociedade no séc. XVIII e inícios do séc. XIX, acompanhado pela contextualização histórica e um concerto encenado.

Também a 16 de março tem lugar a Assembleia em Queluz – bailes, jogos de salão e repertórios instrumentais, com Cristina Fernandes (musicóloga), Catarina Costa e Silva e Alexandra Canaveira (bailarinas) e a Divino Sospiro. Nesta Assembleia em Queluz é recriado o espírito das assembleias de Lisboa no final do séc. XVII, com concertos, bailes e jogos de cartas.

Os Thalia Ensemble, Quintetos para Sopros e Pianoforte, tocam na Sala da Música a 28 de março. Este agrupamento é formado por músicos de vários países (nomeadamente o português José Rodrigues Gomes) e recebeu recentemente o 1º Prémio do Concurso Internacional de York. Este concerto é um dos exemplos da opção de Massimo Mazzeo em fazer com que esta Temporada de Música contribua para a divulgação do trabalho de agrupamentos recém-formados, aliando qualidade artística a imaginação arrojada.

A encerrar o Ciclo de Carnaval, a 29 de março, dois importantes nomes da música nacional tocam pela primeira vez juntos: Pedro Burmester (interpretando Mozart no pianoforte Clementi) e a Divino Sospiro. Pedro Burmester iniciou os concertos aos 10 anos e, desde então, já realizou mais de 1.000 concertos a solo, com orquestra e em diversas formações de música de câmara, em Portugal e no estrangeiro. A Divino Sospiro já participou, desde a sua criação há 10 anos, em alguns dos mais prestigiados festivais e nas mais importantes salas de Portugal, bem como nos mais reconhecidos Festivais e Auditórios internacionais.

O pianoforte Clementi

Como “estrela” da Temporada, está ainda o pianoforte Clementi, que regressa à cena após anos de silêncio, depois da sua recuperação, monitorização e estudo.
Um ano após a passagem do Palácio Nacional de Queluz para a gestão da Parques de Sintra, e após um interregno de doze anos, o pianoforte Clementi foi intervencionado em 2013 pelo restaurador Geert Karman (especialista em pianofortes), com o objetivo de recuperar o instrumento para ser usado em concertos. Apesar de mecanicamente não apresentar problemas sérios, o instrumento encontrava-se desregulado e a caixa estava ligeiramente empenada.

Ao fim de vários anos sem manutenção e afinação, necessitava de um acerto mecânico, nomeadamente na regulação de alguns abafadores e martelos. Por outro lado, um delicado e moroso processo de afinação, executado ao longo de vários meses, revelou-se um êxito, tendo o instrumento reagido positivamente. Sem comprometer a sua estabilidade,- que continuará a ser monitorizada - foi assim possível subir a afinação até aos 430 Hz, o que permitirá a sua apresentação em concertos, a solo ou acompanhado por uma orquestra de câmara, em reportório de época perfeitamente adequado à época e aos ambientes do Palácio de Queluz.

A Temporada de Música – Tempestade e Galanterie

A Temporada de Música – Tempestade e Galanterie, - Palácio de Queluz 2014 inclui dois ciclos, Carnaval e Outono, e 11 concertos no total. Serão apresentadas obras de Beethoven, Bach, Mozart e Mendelshonn, entre outros, numa ligação que, Massimo Mazzeo, diretor artístico, destaca como uma “reconciliação entre os vários ambientes da cultura, seja do ponto de vista histórico, seja pela programação cultural dos dias de hoje”.

António Lamas, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra, refere a satisfação de “voltar a trazer ao Palácio Nacional de Queluz a música setecentista, associando o Palácio a uma temporada de grande qualidade”.
Massimo Mazzeo, diretor artístico, destaca que “a temporada pretende também, de uma forma não especulativa ou populista, dar espaço à apresentação de novos agrupamentos portugueses que se tenham distinguido pelo seu trabalho, originalidade e inteligência da sua proposta musical”.

(Comunicado integral em Anexo)

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