Associação de Ciclismo do Minho confiante num regresso responsável às competições

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“Atentos, vigilantes e preparados para regressar, quando e como for possível, de forma responsável e que constitua um exemplo” foi esta a ideia que a Associação de Ciclismo do Minho (ACM) transmitiu ontem na reunião informal que teve com clubes e agentes desportivos minhotos.

Numa reunião que contou com a participação de Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, marcaram presença diretores desportivos, organizadores, comissários e ciclistas que colocaram as suas dúvidas quanto a um possível regresso da modalidade e a forma como ele poderá decorrer.

José Luís Ribeiro, presidente da ACM, reforçou a ideia de que "o ciclismo será um fator positivo e de esperança na tarefa de renascer Portugal", mas, "ao regressar, quando e como for possível, temos que o fazer de forma responsável e que constitua um exemplo”.

O dirigente minhoto prometeu que “a ACM vai continuar atenta e interventiva para que o ciclismo possa regressar “mais forte e determinado”, ao mesmo tempo que pede responsabilidade para que “o nosso regresso seja um exemplo”. José Luís Ribeiro comprometeu-se ainda a dar continuidade ao processo com vista à obrigatoriedade de todos os eventos desportivos serem oficializados pelas federações detentoras do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva.

Já Delmino Pereira lembrou que a “Federação Portuguesa de Ciclismo foi a primeira federação a tomar a decisão de suspender as competições, uma decisão difícil, mas que, como se provou, tinha que ser tomada”. O líder federativo explicou ainda que a FPC está em permanente contacto com os responsáveis para preparar um possível regresso da atividade quando e se for possível.

“Desde a primeira hora que temos vindo a acompanhar a situação. Todos nós queremos ver sinais de abertura. Estamos sempre à espera de ver uma luz ao fundo do túnel para que possamos regressar à atividade, mas também sabemos que temos que ser responsáveis e que quando nos for dada luz verde para competir temos que seguir um sem número de regras. Temos que estar preparados para isso”, referiu o presidente da FPC adiantando que foi criada uma Comissão Técnica e Desportiva para avaliar em permanência a situação decorrente da pandemia e para estudar o regresso à atividade. "Temos que saber viver com tudo isto e estamos a trabalhar afincadamente”.

Mostrando-se confiante que, “com o levantamento de algumas restrições poderemos, seguindo sempre as regras, ter mais alguma liberdade a partir de maio, talvez em junho, se tudo correr bem, possamos ter as primeiras corridas. Certo é que haverá limitações e regras a seguir e nós estamos a estudar afincadamente na questão”.

Delmino Pereira alertou ainda que “temos que ser responsáveis e salvaguardar a saúde de todos os intervenientes” e, por isso, “este ano o ciclismo terá se ser feito de forma diferente. Nós continuamos apostados na retoma da atividade, mas temos que ser responsáveis”.

Delmino Pereira lembrou também que a FPC lançou uma série de iniciativas para ajudar a passar esta fase mais complicada, como é o caso do Curso de treinadores, o concurso de vídeo e disponibilização constante de documentação de apoio.

Sobre a obrigatoriedade de todos os eventos desportivos serem oficializados pelas federações detentoras do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva, José Luís Ribeiro recordou que a ACM apresentou oportunamente um conjunto de propostas ao Secretário de Estado do Desporto e Juventude, João Paulo Rebelo, e que um Projeto de Resolução elaborado pelo PSD foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia da República.

“Se já defendíamos a necessidade de garantir o cumprimento das normas de segurança, da adequação das atividades aos participantes (em função, por exemplo, das idades, distâncias e níveis de dificuldade, entre outros fatores), da salvaguarda e defesa da verdade e da ética desportiva e de impedir a violação de regras técnicas das modalidades, com o surgimento da pandemia o assunto assume importância redobrada com a necessidade imperiosa garantir o cumprimento das orientações que vierem a ser emanadas pelas entidades oficiais”, explicou José Luís Ribeiro.

O Presidente da Associação de Ciclismo do Minho reafirmou que que “é imperioso enquadrar definitivamente todos os eventos nas respetivas Federações dotadas do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva".

Refira-se que a Associação de Ciclismo do Minho liderou anteriormente o movimento que exigiu a eliminação da discriminação das modalidades praticadas na via pública no acesso à comparticipação do Estado, concedida através de verbas dos jogos sociais, para com os custos do policiamento. As modalidades praticadas na via pública não tinham direito aos apoios do Estado para o policiamento porque a legislação apenas contemplava as modalidades praticadas em recintos desportivos. Em outubro de 2012, na sequência das diligências da Associação de Ciclismo do Minho, foi publicado um novo regime de policiamento que passou a incluir as atividades realizadas na via pública no leque de apoios, tendo sido o 12º Circuito de Palmeira / Prémio Peixoto Alves a primeira prova de ciclismo de estrada a beneficiar da comparticipação do Estado com os custos do policiamento.

A Associação de Ciclismo do Minho, a maior associação regional de ciclismo do País, tem disponibilizado mensagens e entrevistas a propósito da situação que se vive com o Covid-19.

Os conteúdos ser acedidos através do Facebook (https://www.facebook.com/CiclismoMinho) ou do canal do Youtube da associação minhota (https://www.youtube.com/ciclismominho), já tendo sido entrevistados Marco Chagas, José Azevedo, Cândido Barbosa, José Mendes, Tiago Machado, José Santos, Artur Lopes, Jorge Pina (Dirigente da FPC), Diogo Leite Ribeiro (Presidente da Assembleia-Geral da ACM), Mário Fortes e Nuno Silva Leal (um minhoto a residir em Macau).

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