Térmita da madeira seca: a praga urbana mais preocupante nos Açores

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Sabia que…
As térmitas são uma das pragas urbanas que mais prejuízos causam em todo o mundo devido ao facto de atacarem componentes estruturais de madeira de qualquer tipo de edifício, nomeadamente soalhos, tetos, coberturas, bem como outros elementos de madeira nomeadamente portas, janelas, rodapés, mobílias, obras de arte, etc.
A presença de térmitas nos Açores está confirmada em seis das nove ilhas que constituem o arquipélago (S. Miguel, Terceira, Faial, Pico, S. Jorge e Santa Maria). A deteção das mesmas foi cientificamente comprovada em 2002 na ilha Terceira por equipa de investigadores da Universidade dos Açores.
A térmita da madeira seca (Cryptotermes brevis) está presente nos Açores, entre outros locais, nas cidades de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo. Nestas duas cidades é de realçar a sua presença nos centros históricos e os prejuízos que daí advêm, principalmente nos edifícios mais antigos onde a existência de madeira, nomeadamente em termos estruturais, é significativa.
Os impactos económicos e patrimoniais desta espécie têm suscitado uma preocupação significativa de cidadãos, académicos e do Governo Regional o qual, entre outras medidas, criou legislação específica para o seu controlo.
A térmita de madeira seca (Cryptotermes brevis) tem sido considerada a espécie mais destrutiva do planeta, e como se alimentam de madeira seca, todas as madeiras não tratadas são um potencial alvo de ataque e posterior destruição.
A reprodução da térmita da madeira seca dá-se ao fim de quatro anos após um casal colonizar a madeira. Os meses de maio a setembro são aqueles em que os novos casais alados procuram orifícios para colonizar novas áreas/elementos de madeira dos edifícios.
As térmitas não são observáveis nos edifícios na fase inicial porque fecham os orifícios externos das galerias nas madeiras. A sua deteção é normalmente notada quando as fezes (pelotas fecais) começam a ser expulsas dos elementos de madeira infestados e caem nas superfícies, junto a paredes e/ou rodapés.
Conheça quais os sinais da presença de térmitas
• Entre maio e setembro (fase aladas das térmitas), presença de asas perto de janelas, claraboias e outros vãos voltados para o exterior e/ou em teias de aranha;
• Presença de concentrações, de forma mais ou menos dispersa, de um granulado (semelhante a areia ou grãos de açúcar e com cor variável consoante a madeira atacada) sobre o pavimento, outras superfícies, debaixo de mobiliário, junto de rodapés, etc. Este granulado, designado de pelotas fecais, são os dejetos desta espécie de inseto xilófago. Os dejetos da térmita da madeira seca diferenciam-se em muito dos do caruncho, pois os deste, normalmente de tom claro, assemelham-se a farinha ou pó talco.

Dicas / medidas preventivas
Caso a sua moradia se localize numa área geográfica infestada tenha em consideração o seguinte:
• Não transporte mobiliário ou quaisquer outros elementos de madeira de um imóvel infestado, ou com suspeitas de estar infestado, para qualquer outro local. Deste modo está a ajudar a não propagação desta praga;
• Durante a fase alada (fase de enxameação) da térmita da madeira seca, que decorre normalmente entre maio e setembro, não abra janelas ou outros vãos a partir do entardecer;
• Todas as janelas e outros vãos que sejam normalmente abertos entre os meses de maio a setembro devem possuir caixilhos com redes de malha fina (normalmente designadas de redes mosquiteiras) que devem estar devidamente ajustados aos respetivos vãos. O objetivo é impedir a entrada de térmitas na sua fase alada no interior das moradias;
Em imóveis localizados em áreas geográficas infestadas é altamente recomendável a montagem de equipamentos do tipo insetocaçador nos desvãos das coberturas, falsas ou sótãos. Tais equipamentos têm como objetivo a monitorização das térmitas, mas também a captura e eliminação do maior número possível de indivíduos. Recomenda-se a instalação de
insetocaçadores com lâmpadas de radiação ultravioleta de baixa densidade e telas colantes. Estes equipamentos deverão estar operacionais entre maio e setembro de cada ano (fase de voo das térmitas);
Todos os elementos de madeira existentes, ou que venham a ser introduzidos, numa moradia localizada em área de risco de infestação, devem ser alvo de tratamento preventivo para térmitas com produto anti xilófago adequado. Tais tratamentos só podem ser efetuados por empresa certificada no âmbito do sistema de certificação de infestação por térmitas (SCIT);
• Inspeção, de 5 em 5 anos, da moradia por perito devidamente qualificado.
O que fazer se suspeitar da presença de térmitas no interior da sua moradia?
Caso suspeite da presença de térmitas deve contatar de imediato a Pestkil, uma empresa do Grupo Anticimex (certificada pelo Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas) que confirmará a presença desta espécie e aconselhará o tratamento mais adequado em função da dispersão da infestação e dos níveis de ataque existentes nas áreas e elementos de madeira.

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