82% das empresas assumem que as crises de saúde pública não eram um risco prioritário

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Relatório da Aon releva que, em 2019, a pandemia era o 60º risco que mais preocupava os gestores

82% das empresas assumem que as crises de saúde pública não eram um risco prioritário

  • Os gestores afirmaram que as pandemias não eram uma das 10 principais prioridades em termos de gestão de risco das suas empresas.
  • O relatório ‘Reprioritizing Risk and Resilience For a Post-COVID-19 Future’ releva também que, na região da EMEA, apenas 30% das empresas tinham desenvolvido um plano de resposta a crises de saúde antes da chegada a Covid-19.
 
Lisboa, 3 de fevereiro, 2021 – A Aon, empresa líder mundial de serviços profissionais na área do risco, reforma e saúde, acaba de divulgar o relatório Reprioritizing Risk and Resilience For a Post-COVID-19 Future’, um estudo realizado a nível global que vem comprovar que a Covid-19 despoletou junto das empresas a necessidade de reverem a priorização dada aos diferentes riscos e de inovarem na adoção de novas estratégias de gestão do risco.

De acordo com este relatório, 82% dos gestores afirma que, antes da Covid-19, as pandemias ou outros tipos de crises de saúde pública não estavam na lista dos 10 principais riscos para as suas organizações. Prova disso foram os resultados do último Global Risk Management Survey da Aon, apresentado em 2019, que colocavam o risco pandémico na 60ª posição de uma lista de 69 riscos identificados, cenário que veio trazer maiores dificuldades às estratégias de gestão de risco e às equipas de gestão destas empresas em responder de forma rápida e eficaz à pandemia que se alastrou pelo mundo há cerca de 1 ano.

Este novo estudo da Aon revela igualmente as diferenças na forma como as empresas responderam à pandemia região a região: antes da pandemia, menos de 30% dos inquiridos na região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) tinha implementado um plano de resposta contra pandemias, valor semelhante ao da América do Norte, onde apenas 31% tinham estes planos implementados. Por outro lado, 52% dos inquiridos na região APAC (Ásia-Pacífico) afirmaram já ter um programa de mitigação de cenários pandémicos desenvolvido, percentagem esta que se justifica pelo facto das organizações desta zona geográfica já terem desenvolvido no passado uma estrutura robusta para responder a ameaças pandémicas, como foi o caso do surto de SARS ou a gripe suína. Por outro lado, e de modo transversal a todos os setores de atividade e regiões envolvidas neste estudo, as empresas salientaram que, em relação ao risco pandémico, a sua principal prioridade está na proteção de pessoas e ativos.

Outro insight presente neste estudo prende-se com a correlação que o rácio de infeção em cada região teve na evolução das empresas pelas diferentes etapas de resposta – no seu framework de resposta à crise de Covid-19, a Aon divide estas etapas em ‘reação e resposta’, ‘recuperação’ e ‘reformulação’: enquanto a América do Norte tem a percentagem mais elevada de organizações na fase de recuperação (59%), a região da APAC tem 36% das suas organizações na fase de reformulação, acima da média global de 29% – mais uma vez pela sua experiência na resposta a cenários de pandemia. Apesar das diferenças registadas, mais da metade das empresas a nível mundial foram unânimes a afirmar que esperam que a Covid-19 continue a impactar os seus negócios daqui a 1 ano.

Sobre estes resultados, Pedro Penalva, CEO da Aon Portugal, afirma: “Este novo relatório veio demonstrar, uma vez mais, aquela que tem sido uma das principais mensagens da Aon desde o início da pandemia, e que se prende com o facto de as empresas não estarem totalmente preparadas para responder ao cenário pandémico que se instalou em Portugal e no mundo. Agora, quase um ano depois, e ainda em fase de recuperação, sem conseguirmos medir os reais impactos que a pandemia trará num período pós-Covid, a palavra-chave terá de ser novamente antecipação. A missão dos líderes empresariais terá de passar por repensar, antecipadamente e a longo-prazo, a sua estratégia de gestão de risco e a capacidade de resiliência da sua organização, reconhecendo, por um lado, a necessidade de prevenir riscos menos previsíveis e de impacto elevado, e, por outro lado, a perspetiva de mudanças ao nível da utilização da tecnologia, da redistribuição de recursos, do planeamento dos recursos humanos e daquilo que será o futuro do trabalho.”

Já sobre o setor segurador para esta resposta, Richard Waterer, Diretor Executivo da Global Risk Consulting da Aon na EMEA, explica: “A resposta dos governos tem sido um elemento crucial na resposta a esta crise de dimensão global, contudo, o nosso relatório veio demonstrar que existe igualmente uma necessidade clara de soluções de transferência do risco que visem apoiar os esforços de mitigação das empresas. Para colmatar esse cenário, as empresas terão de repensar o acesso ao capital a par do risco, ao mesmo tempo que se agiliza uma colaboração contínua entre os setores público e privado. Será também importante que o setor segurador aposte na inovação como resposta às mudanças nas necessidades das empresas, aumento da volatilidade global e emergência de riscos. Para garantir o sucesso da resposta à pandemia, as soluções de seguro terão de ser mais ágeis, estratégicas, direcionadas e expansíveis.”

O relatório ‘Reprioritizing Risk and Resilience For a Post-COVID-19 Future’ destaca ainda que para uma correta reação e resposta a crises, bem como para a construção de uma estratégia de gestão de risco de sucesso, a capacidade da força de trabalho para se adaptar, comunicar e colaborar em períodos de maior fragilidade será fundamental. Para além disso, o estudo salienta que a crescente dependência das organizações das plataformas digitais está a torná-las mais vulneráveis a ataques cibernéticos, perdas de informação e impactos reputacionais, o que traz a uma maior necessidade de repensar as estratégias de gestão do risco cibernético.

Por fim, os resultados obtidos demonstram que, para além da identificação antecipada dos riscos e perdas, os negócios devem conseguir da mesma forma avaliar os impactos sofridos. Navegar através novas formas de volatilidade, construir uma força de trabalho resiliente e repensar o acesso ao capital, serão fundamentais na capacidade de as empresas navegarem em cenários de risco no futuro. Da mesma forma, uma abordagem mais coesa e integrada será necessária para estas recuperarem não apenas da pandemia, mas de impactos futuros. 80% dos inquiridos relataram que a pandemia os ensinou a adotar uma abordagem corporativa para a gestão de incidentes, através da colaboração entre áreas como o risco, recursos humanos, tecnologias de informação e finanças.
 
Sobre a Aon
A Aon plc (NYSE:AON) é uma empresa líder mundial de serviços profissionais que dispõe de uma ampla gama de soluções de risco, reforma e saúde. Com 50.000 colaboradores em 120 países tem como objetivo entregar os melhores resultados através de proprietary data & analytics para fornecer insights que reduzam a volatilidade e melhorem o desempenho. Visite aon.com para mais informação sobre a empresa, e aon.com/manchesterunited para conhecer a parceria global da Aon com o Manchester United.

Para mais informações, visite o website www.aon.pt, ou siga a Aon Portugal no LinkedIn: https://pt.linkedin.com/company/aon
 

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