APCL aposta em sessões de educação como uma ferramenta de prevenção para evitar cenários de risco
20 de novembro | das 17h00 às 19h00 | Webinar
Face à evolução da pandemia de COVID-19 e a necessidade de os doentes estarem preparados e informados sobre as suas patologias, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) realiza no próximo dia 20 de novembro, entre as 17 e as 19 horas, um webinar dedicado aos doentes com Síndromes Mielodisplásicas (SMD). O objetivo desta sessão é permitir que os doentes esclareçam as suas dúvidas e interajam com profissionais de saúde para evitar cenários de risco.
“O curso clínico nas SMD é variável, mas a maioria dos doentes vem a necessitar de suporte transfusional e de fatores de crescimento. Os internamentos, particularmente dos mais idosos, são frequentes, geralmente por complicações infeciosas. Desta forma, para evitar dificuldades e hospitalizações, o reconhecimento dos sinais de agravamento de infeção e o tratamento precoce dos mesmos são essenciais. Este webinar é assim mais uma oportunidade para que estes doentes possam ver as suas dúvidas respondidas e interagir com profissionais de saúde sem riscos” afirma Manuel Abecasis, Presidente da APCL.
Este webinar, moderado pelo jornalista Paulo Farinha, vai abordar as diversas Síndromes Mielodisplásicas, os tratamentos disponíveis e as novas perspetivas relacionadas com esta doença. A sessão contará ainda com a participação de Emília Cortesão, do Serviço de Hematologia do Centro Hospitalar de Coimbra, Francesca Pierdomenico, hematologista clínica no Instituto Português de Oncologia em Lisboa, e António Almeida, especialista em Hematologia Clínica no Hospital da Luz em Lisboa.
“A informação é a melhor defesa em relação às SMD. Afinal, falamos de síndromes em que cerca de 40% dos doentes evolui para leucemia mieloblástica aguda, geralmente com má resposta à terapêutica.” reforça ainda Manuel Abecasis.
A associação esclarece que esta sessão faz parte do leque de iniciativas de educação que tem vindo a promover em formato digital devido à pandemia da COVID-19. Esta sessão é de inscrição gratuita e conta ainda com um espaço para perguntas e respostas, nas quais os doentes poderão esclarecer as suas questões e interagir com os médicos convidados sobre este tema.
Sobre as síndromes mielodisplásicas:
As síndromes mielodisplásicas (SMD) são um conjunto de doenças em que há uma alteração maligna da medula óssea que atinge as células precursoras das células sanguíneas. Esta alteração leva a modificações das características das células – displasia – e à sua deficiente maturação; como consequência há anemia, diminuição dos glóbulos brancos e das plaquetas com aumento das células imaturas, chamadas blastos. Em cerca de 1/3 dos casos há evolução para leucemia mieloblástica aguda.
Sobre a APCL
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) foi fundada em janeiro de 2002 em resultado da iniciativa de um conjunto de doentes que sobreviveram a patologias do foro hemato-oncológico (Leucemias e Linfomas) e de um grupo de médicos do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPOFG) de Lisboa que os trataram.
A principal motivação dos Fundadores da APCL radicou na sua compreensão da importância de consciencializar e mobilizar a sociedade civil no apoio a todos os que diariamente lutam contra a devastadora doença que é a Leucemia.
A APCL tem como missão contribuir, a nível nacional, para aumentar a eficácia do tratamento das Leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, investindo para isso em investigação científica com um programa de atribuição de Bolsas e investindo na Formação para profissionais de saúde.
A APCL assume ainda como sua missão o aumento da literacia do doente, promovendo e organizando workshops sobre patologias do sangue e temas relacionados, com envolvimento de profissionais de saúde.
A promoção de encontros entre pares para partilha de experiências e informações, bem como o apoio financeiro a doentes com Leucemia e às suas famílias, são outras valências que doentes e cuidadores encontram da APCL.
A APCL iniciou um processo de construção de uma casa de acolhimento para doentes hemato-oncológicos e seus familiares com carências financeiras que se encontrem deslocados da sua área de residência e se encontrem em tratamentos específicos ou transplante em Lisboa.
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