Comissão Europeia aprova o medicamento gilteritinib desenvolvido pela Astellas Pharma como monoterapia em doentes com Leucemia Mieloide Aguda (LMA) com mutação FLT3, recidivante ou refratária à terapêutica
A Astellas Pharma Inc. (TSE:4503, Presidente e CEO: Kenji Yasukawa, Ph.D., “Astellas”) anunciou que a Comissão Europeia (CE) aprovou a terapêutica oral gilteritinib numa toma única diária, em monoterapia para o tratamento de doentes adultos com leucemia mieloide aguda (LMA) com mutação FLT3 (FLT3mut +), recidivante ou refratária à terapêutica. Gilteritinib tem o potencial de melhorar os resultados em doentes com LMA com as duas formas de mutação mais comuns – duplicação interna in tandem (ITD) do FLT3 e mutação no domínio da tirosina quinase (TKD) do FLT3.[1],[2]
Esta aprovação baseia-se nos resultados do estudo de Fase 3 ADMIRAL, que avaliou a ação do gilteritinib em comparação com a quimioterapia de resgate em doentes com LMA com mutação FLT3 (FLT3mut +), recidivante ou refratária à terapêutica. Os doentes tratados com gilteritinib apresentaram uma sobrevivência global (OS) significativamente mais longa do que aqueles que receberam quimioterapia de resgate. A sobrevivência global em doentes tratados com gliteritinib foi de 9,3 meses, em comparação com 5,6 meses nos doentes tratados com quimioterapia de resgate [HR = 0,64 (IC 95% 0,49; 0,83) P=0,0004]. As taxas de sobrevivência num ano foram de 37% nos doentes que receberam gilteritinib, em comparação com 17% nos doentes que receberam quimioterapia de resgate.[3],[4]
“A LMA é um cancro raro e os doentes com mutação FLT3 apresentam um prognóstico particularmente negativo, com uma sobrevivência mediana de menos seis meses após o tratamento com quimioterapia de resgate”, explicou Giovanni Martinelli, MD, Instituto de Hematologia do Hospital Universitário S.Orsola Malpighi em Bolonha e um dos investigadores participantes no estudo ADMIRAL. “O Gilteritinib é uma opção de tratamento nova e clinicamente significativa que fornece um avanço bem-vindo pelos doentes e profissionais de saúde em toda a União Europeia”.
A Autorização de Introdução no Mercado pela Comissão Europeia do gilteritinib no tratamento da LMA com mutação FLT3 (FLT3mut +), recidivante ou refratária à terapêutica é aplicável aos países membros da União Europeia (UE) e também é válida na Islândia, Noruega e Liechtenstein. O gilteritinib foi ainda designado como medicamento órfão e também recebeu a avaliação acelerada da Agência Europeia do Medicamento, no início deste ano, o que reduziu o prazo para aprovação.[5],[6],[7]
“Esta aprovação marca um avanço significativo para doentes que vivem com leucemia mieloide aguda recidivante ou refratária com mutação FLT3 positiva”, disse Andrew Krivoshik, MD, Ph.D., vice-presidente sénior e chefe da área terapêutica global, Oncology Development da Astellas Pharma. “Esperamos poder trabalhar em conjunto com as autoridades de saúde de toda a UE para levar o gilteritinib aos doentes que mais precisam deste fármaco, o mais rápido possível”.
O estado FLT3mut+ pode mudar ao longo tratamento da LMA, mesmo depois de uma recidiva. Devido aos resultados pouco positivos associados à LMA com mutação FLT3, o estado da mutação nestes doentes deve ser confirmado para apoiar a decisão sobre qual a melhor abordagem terapêutica.[8],[9],[10]
A Astellas Pharma refletiu o impacto desta aprovação na previsão financeira do ano atual que tem o seu fim no dia 31 de Março de 2020.
Sobre Gliteritinib:
Gilteritinib foi desenvolvido através de uma colaboração de investigação com a Kotobuki Pharmaceutical co., Ltd. A Astellas Pharma possui os direitos globais exclusivos para desenvolver, fabricar e comercializar gilteritinib. O gilteritinib foi aprovado nos EUA e no Japão em 2018 para o tratamento de adultos que tiverem LMA recidiva ou refratária com FLT3mut+. A Astellas está atualmente a investigar várias populações de doentes com LMA positivas para a mutação FLT3 através de vários ensaios clínicos. Visite o website http://www.clinicaltrials.gov para saber mais sobre os ensaios clínicos a decorrer com gilterinib.[11],[12]
Sobre o estudo ADMIRAL:
O estudo ADMIRAL, de Fase 3 (NCT02421939) foi um estudo aberto, multicêntrico e aleatorizado, que estudou a ação de gilteritinib em comparação com a quimioterapia de resgate em doentes adultos com leucemia mieloide aguda recidiva ou refratária com FLT3mut +, após terapias de primeira linha. Os endpoints coprimários do estudo foram a sobrevivência global (OS) e a percentagem de doentes com recuperação hematológica completa ou parcial (CR/CRh); OS, o endpoint primário na análise do estudo, foi a base da aprovação da Comissão Europeia. O estudo envolveu 371 doentes com LMA recidiva ou refratária com FLT3mut + presentes na medula óssea ou no sangue total. Os doentes foram escolhidos aleatoriamente na proporção de 2:1 para receber gliteritinib (120mg) ou para receber quimioterapia de resgate. [13]
Os efeitos adversos mais comuns (EAs) nos dois grupos de tratamento do estudo ADMIRAL foram neutropenia febril (43,7%), anemia (43,4%) e pirexia (38,6%). Os EAs mais comuns de Grau ≥3 relacionados ao tratamento com gilteritinib foram anemia (19,5%), neutropenia febril (15,4%) e trombocitopenia (12,2%). Ajustados para a duração da exposição, os EA graves emergentes do tratamento por doente/ano foram menos comuns com gilteritinib (7,1%) do que com a quimioterapia de resgate (9,2%). 3
Sobre a Astellas
A Astellas Pharma Inc., sediada em Tóquio, no Japão, é uma empresa dedicada à melhoria da saúde das pessoas em todo o mundo através da disponibilização de produtos farmacêuticos inovadores e de confiança. Para mais informações, visite o nosso website em https://www.astellas.com/en.
Nota de advertência
Neste comunicado de imprensa, todas as declarações relacionadas com os atuais planos, estimativas, estratégias e crenças, e outras declarações que não são factos históricos, são declarações prospetivas sobre o futuro desempenho da Astellas. Estas declarações baseiam-se em atuais pressupostos e crenças com base na informação atualmente disponível e envolvem riscos conhecidos e desconhecidos e incertezas. Vários fatores poderão fazer com que os resultados reais sejam significativamente diferentes dos discutidos nas declarações prospetivas. Esses fatores incluem, mas não estão limitados a:
(i) alterações das condições económicas em geral e das leis e regulamentos relacionados com mercados farmacêuticos, (ii) oscilações das taxas de câmbio, (iii) atrasos no lançamento de novos produtos, (iv) incapacidade de a Astellas vir a comercializar de forma eficaz produtos novos e existentes, (v) incapacidade de a Astellas continuar a investigar e a desenvolver de forma eficaz produtos aceites pelos clientes em mercados altamente competitivos e (vi) violação dos direitos de propriedade intelectual da Astellas por parte de terceiros.
[1] Patel J, et al. Prognostic Relevance of Integrated Genetic Profiling in Acute Myeloid Leukemia. N Engl J Med. 2012;366:1079-89.
[2] Lim SH et al. Molecular targeting in acute myeloid leukemia. J Transl Med. 2017, Aug 29;15(1):183.
[3] Perl, A et al. Gilteritinib significantly prolongs overall survival in patients with FLT3-mutated (FLT3mut+) relapsed/
refractory (R/R) acute myeloid leukemia (AML): Results from the Phase III ADMIRAL trial. Presented as abstract CT184 at the AACR Annual Meeting 2019, April 2 2019.
[4] US Food and Drug Administration. XOSPATA Highlights of Prescribing Information. Available at: https://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2019/211349s001lbl.pdf. Last accessed October 2019.
[5] European Medicines Agency. Authorization of medicines. Available at: https://www.ema.europa.eu/about-us/what-we-do/authorisation-medicines. Last accessed October 2019.
[6] Astellas Pharma Inc. Astellas Announces Acceptance of XOSPATA (gilteritinib) for Regulatory Review by the European Medicines Agency (02-28-2019). https://www.astellas.com/us/news/14631. Last accessed October 2019.
[7] European Medicines Agency. Public summary of opinion on orphan designation. Available at: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/orphan-designations/eu3171961. Last accessed October 2019.
[8] Nazha A, et al. Activating internal tandem duplication mutations of the fms-like tyrosine kinase-3 (FLT3-ITD) at complete response and relapse in patients with acute myeloid leukemia. Haematologica 2012;97(8):1242-5.
[9] Warren M, et al. Clinical impact of change of FLT3 mutation status in acute myeloid leukemia patients. Mod Pathol 2012;25(10):1405-12.
[10] McCormick SR, et al. FLT3 mutations at diagnosis and relapse in acute myeloid leukemia: cytogenetic and pathologic correlations, including cuplike blast morphology. Arch Pathol Lab Med 2010;134(8):1143-51.
[11] US Food and Drug Administration. FDA approves treatment for adult patients who have relapsed or refractory acute myeloid leukemia (AML) with a certain genetic mutation. Available at: https://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/ucm627072.htm. Last accessed October 2019.
[12] Japan Pharmaceutical and Medical Devices Agency (PMDA). New Drug approvals, April 2018 - March 2019. Available at: http://www.pmda.go.jp/files/000229380.pdf#page=5. Last accessed October 2019.
[13] ClinicalTrials.gov. A Study of ASP2215 Versus Salvage Chemotherapy in Patients with Relapsed or Refractory Acute Myeloid Leukemia (AML) With FMS-like Tyrosine Kinase (FLT3) Mutation. Available at: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02421939. Last accessed October 2019.
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