GRUPO DE INVESTIGAÇÃO DO CANCRO DIGESTIVO ALERTA: DOENTES COM CANCRO DO PÂNCREAS PERDEM 98% DA ESPERANÇA DE VIDA NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO
15 Novembro 2018
O Grupo de Investigação do Cancro Digestivo (GICD), membro do Pancreatic Cancer Europe, alerta que é preciso fazer mais para poder mudar o futuro daqueles que são diagnosticados com cancro do pâncreas. O presidente do GICD aponta para a necessidade da melhoria da estratégia nacional face ao cancro do pâncreas e uma maior aposta no diagnóstico precoce e na informação dos profissionais de saúde e população. Para fazerem passar a mensagem vão iluminar de roxo o Cristo Rei, em Lisboa, a cor do Cancro do Pâncreas.
Estima-se que em Portugal haja cerca de 1300 novos casos de cancro do pâncreas todos os anos o que o torna a quarta principal causa de morte por cancro, sendo o único cancro em que se regista um aumento da mortalidade.
O presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo, Hélder Mansinho avança que “Portugal e a Europa têm que começar a mudar a forma como olham para o cancro do pâncreas e desafiar a estratégia existente neste cancro em particular. As pessoas continuam a chegar muito tarde ao médico e desvalorizam os sintomas da doença, o que leva a diagnósticos mais tardios e menor possibilidade de tratamento e sobrevida. Os doentes com cancro do pâncreas perdem 98% da sua esperança de vida no momento do diagnóstico, uma vez que é associado a uma sentença de morte, sendo a sobrevivência aos 5 anos inferior a 5%. Um diagnóstico e tratamento precoce podem levar ao aumento da sobrevivência. Mas todos temos um papel a desempenhar nesta mudança.”
O GCID junta-se à Pancreatic Cancer Europe, que desenvolve várias iniciativas na Europa para alertar a população, profissionais de saúde e decisores políticos sobre o impacto do cancro do pâncreas. Assim, a 15 de novembro, dia em que se assinala o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, o Cristo Rei ilumina-se de roxo.
“O diagnóstico precoce no qual os especialistas, os médicos de medicina geral e familiar e os outros profissionais de saúde pode mudar o prognóstico da doença e que pode ter impacto na estratégia terapêutica e na sobrevivência dos doentes. É pelos doentes que todos temos de intervir e mudar o amanhã para que possam olhar para o seu futuro de forma mais positiva” acrescenta o presidente do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo.
Cor amarelada da pele (icterícia), dor abdominal, dor na coluna dorsal, aparecimento de diabetes, perda de peso inexplicável, alterações os hábitos intestinais e náuseas são alguns dos principais sintomas do cancro do pâncreas. Os fatores de risco para desenvolvimento da doença são a idade, o tabagismo que é responsável por um terço dos casos da doença, o histórico familiar de incidência desta doença, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e sucessivas pancreatites.
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