A campanha ‘O cancro do pulmão não tira férias’ alerta para os sinais e sintomas da doença

Report this content

As férias podem ser desculpa para muita coisa, mas não para descurar a saúde. Nova campanha reforça a necessidade de, na presença de sintomas, consultar atempadamente um médico. 
O diagnóstico precoce pode ajudar a salvar vidas1

Para a maioria dos portugueses, agosto é mês de férias, é tempo de descanso, de praia e sol, de recarregar baterias. Sendo verdade que muita coisa pára durante as férias, a saúde não deve ser colocada em pausa neste período. Assim, importa não desvalorizar sinais e sintomas1 que podem conduzir ao diagnóstico precoce de várias doenças, como o cancro do pulmão, onde a deteção atempada é essencial para um melhor prognóstico. Este é, de resto, o mote de uma campanha realizada pela AstraZeneca, em parceria com Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Associação Careca Power, Liga Portuguesa Contra o Cancro, Pulmonale, Rede Expressos e Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), no âmbito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala a 1 de agosto, e que deixa o alerta: ‘O cancro do pulmão não tira férias’. 
“É natural que haja um menor número de casos diagnosticados no período de verão, que será devido quer à menor procura dos serviços de saúde por parte dos utentes, quer à diminuição dos procedimentos de diagnóstico devido às férias dos profissionais de saúde, que ocorrem preferencialmente nesta altura”, confirma António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
O especialista concorda que a altura de férias, não só pela disponibilidade mental, mas também de tempo, é uma oportunidade para a adoção de melhores hábitos de vida. No caso do cancro do pulmão, “além dos hábitos considerados adequados para a saúde, como o exercício físico e uma alimentação diversificada e não calórica, é uma boa altura para o estabelecimento de planos de cessação tabágica, o maior fator de risco” para esta doença, sendo mesmo “responsável por cerca de 90% dos casos diagnosticados2”.
Mas porque o cancro do pulmão nem sempre é fácil de diagnosticar, o que resulta, tal como refere o presidente da SPP, do facto “ de os sintomas1 ocorrerem habitualmente já numa fase avançada da doença, nomeadamente quando já não é possível a recessão cirúrgica”, sempre que o doente sentir “dor torácica, tosse seca persistente, expetoração hemoptóica (secreções com sangue), dispneia (falta de ar) ou sintomas constitucionais como astenia ou emagrecimento, deve recorrer ao seu médico assistente ” não deve hesitar na consulta a um profissional de saúde1.  
Isto porque o desejo é o de um diagnóstico o mais precoce possível, “numa fase ainda passível de orientar o doente para uma recessão cirúrgica, que é o único tratamento potencialmente curativo1. Por outro lado, mesmo que esta hipótese não seja possível, o doente ainda com bom estado geral de saúde, terá oportunidade de realizar o tratamento indicado, o que não será possível caso se apresente já debilitado, dada a exigência dos tratamentos sistémicos habitualmente administrados”. O diagnóstico precoce é possível estando alerta para os sintomas e respondendo aos mesmos o mais rápido possível, com a ajuda dos profissionais de saúde1

 

1. Cancer.org (2021), disponível em https://www.cancer.org/content/dam/CRC/PDF/Public/8705.00.pdf, acedido a 07/2021

2. Walser et al, Smoking and Lung Cancer(2008), Proc Am Thorac Soc Vol 5. pp 811–815 
 


 

Tags:

Subscrever

Media

Media