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A Fundação ”la Caixa” apresenta em Vila Nova de Gaia a exposição Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar. Georges Méliès e o cinema de 1900

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  • Em colaboração com a Cinémathèque Française, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, o Cais de Gaia e o BPI, a exposição, apresentada pela primeira vez em Portugal, aborda o contributo de Georges Méliès para a sétima arte.
 
  • O cineasta francês foi ilustrador, mago, encenador, ator, cenógrafo e técnico de cinema, além de produtor, realizador e distribuidor de mais de 500 filmes entre 1896 e 1912. Reinou no mundo do género fantástico e da trucagem cinematográfica durante quase vinte anos, para depois cair no esquecimento e na ruína financeira, levando-o a destruir os negativos de todos os seus filmes.
 
  • A exposição pode ser vista num inovador formato itinerante que, num espaço de 200 metros quadrados, transporta os visitantes para o ambiente do início do século XX para assim poder explicar-lhes o nascimento do cinema como fenómeno popular.
 
  • A exposição inclui reproduções de aparelhos, maquetes, objetos da época e cópias de fotografias, assim como a projeção de vários filmes, com especial destaque para Le voyage dans la Lune (1902).
 
 
Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar. Georges Méliès e o cinema de 1900. Datas: de 18 de maio a 11 de junho de 2022. Local: Cais de Gaia. Organização e produção: exposição organizada pela Fundação ”la Caixa”, com a participação da Cinémathèque Française. Comissariado: Sergi Martín, guionista e escritor.

Vila Nova de Gaia, 17 de maio de 2022. Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e Artur Santos Silva, curador da Fundação ”la Caixa” e presidente Honorário do BPI, acompanhados pelo comissário da exposição, Sergi Martín, apresentaram hoje Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar. Georges Méliès e o cinema de 1900, exposição que explica o nascimento do cinema e presta homenagem àquele que foi considerado o seu primeiro ilusionista. A exposição chega a Vila Nova de Gaia graças à colaboração da Fundação ”la Caixa” com a Cinémathèque Française, a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, o Cais de Gaia e o BPI.
 
No âmbito da sua programação cultural, a Fundação ”la Caixa” dedica especial atenção a manifestações artísticas fundamentais para a formação da sensibilidade contemporânea. Nesta linha incluem-se as exposições consagradas ao cinema, que, juntamente com a fotografia, é a forma de arte mais característica do século XX. Deste modo, nos últimos anos, a Fundação “la Caixa” tem dedicado exposições retrospetivas a grandes nomes do mundo do cinema, como Charles Chaplin, Federico Fellini e Georges Méliès.
 
Depois da grande retrospetiva sobre o cineasta francês, que pôde ser visitada nos últimos dois anos nos centros CaixaForum - centros culturais espalhados pelo território espanhol- a Fundação “la Caixa” apresenta agora um inovador projeto expositivo. Trata-se de uma viagem no tempo que transporta os visitantes para a época em que o cinema se transformou num espetáculo popular, devido, em grande parte, às invenções e técnicas desenvolvidas por Georges Méliès.
 
Filho de um empresário do calçado, Méliès (1861-1938) foi ilustrador, mago, construtor de artefactos, encenador, ator, cenógrafo e técnico de cinema, além de produtor, realizador e distribuidor de mais de 500 filmes entre 1896 e 1912. Reinou no mundo do género fantástico e da trucagem cinematográfica durante quase vinte anos, e o seu contributo para a sétima arte foi fundamental: introduziu o sonho, a magia e a ficção no cinema quando este apenas dava os seus primeiros passos e consistia unicamente em documentários.
 
Perante o cinema documental dos irmãos Lumière, o ato inovador de Méliès consistiu em combinar o universo de Jean-Eugène Robert-Houdin, pai da magia moderna, com a cinematografia de Marey, e em dar impulso ao cinema como espetáculo.
                                                                                                             
Como génio dos efeitos especiais, Méliès aplicou ao cinema truques de magia, pirotecnia, ilusões de ótica, deslocações horizontais e verticais, paragens de câmara, transições encadeadas, sobreposição de imagens, efeitos de montagem e de cor e a técnica da lanterna mágica, entre outros. Tudo parece ter sido inventado e utilizado por este virtuoso da técnica cinematográfica.
 
Méliès gozou de uns bons anos de glória, de extraordinária popularidade, que culminaram com a estreia, em 1902, de Le voyage dans la Lune (A Viagem à Lua), filme visto por milhões de espetadores. Infelizmente, a expansão da indústria cinematográfica e o surgimento de grandes produtoras como a Pathé e a Gaumont conduziram Méliès à ruína e ao esquecimento. Em 1923, totalmente arruinado, destruiu os negativos de todos os seus filmes e acabou a sua vida profissional a vender brinquedos na estação parisiense de Montparnasse. O jornalista Léon Druhot reconheceu-o na estação e foi então que a sua obra começou a ser valorizada e recuperada.
 
Uma viagem à época em que o cinema se transformou num espetáculo popular
 
Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar. Georges Méliès e o cinema de 1900 transporta os visitantes para um ambiente de feira no virar do século, com as suas barracas e o seu ambiente de festa. Foi precisamente neste contexto que o cinema ganhou forma como espetáculo de diversão e de emoções. E, em grande medida, foi graças a um homem, Georges Méliès, que soube entender o que as pessoas desejavam e como devia entretê-las efazê-las sonhar . Os seus filmes traçaram o caminho que os primeiros cineastas iriam percorrer na Europa e nos Estados Unidos.
 
Os diferentes espaços e recursos expositivos mostram como era o mundo e o lazer naquela época, assim como alguns dos aspetos-chave para entender a importância de Georges Méliès. A exposição inclui vários filmes de Méliès (que são complementados com uma seleção de filmes dos irmãos Lumière), peças audiovisuais, cópias de fotografias da época e reproduções de cartazes, desenhos, uma maquete do estúdio de Méliès em Montreuil e alguns objetos da época, como a pasta fantástica de Robert-Houdin, ou o cinematógrafo dos irmãos Lumière.
 
A Fundação ”la Caixa” produziu várias peças audiovisuais que ajudam a entender o mundo de Méliès e a sua influência. Destacam-se três peças que dão a conhecer a opinião de conhecidas figuras do cinema da atualidade, como os realizadores Juan Antonio Bayona e Javier Ruiz Caldera, o guionista e realizador Oriol Capel, o cenógrafo Ignasi Cristià, a crítica de cinema Desirée de Fez, o diretor de fotografia Óscar Faura, a atriz Greta Fernández, o produtor Enrique López Lavigne, o realizador de spots publicitários Fernando Mainguyague, o especialista em maquilhagem e efeitos especiais David Martí e o técnico de montagem Jaume Martí.
 
A exposição Senhoras e senhores, o espetáculo vai começar. Georges Méliès e o cinema de 1900 está dividida em três partes. A primeira parte apresenta-nos o contexto de Georges Méliès, uma primeira abordagem à viragem do século e aos principais aspetos sociais, políticos e populares do mundo de 1900.
 
Do outro lado da cortina, os visitantes encontrarão a segunda parte, que apresenta o mundo de Méliès e a experiência cinematográfica propriamente dita. O ambiente de feira remete para o cinema do final do século e para a importância de Georges Méliès naqueles primeiros passos do novo espetáculo.
 
A última parte é dedicada a Le voyage dans la Lune, o primeiro filme pensado, criado e distribuído para alcançar o êxito, em 1902. Neste ponto, aprofunda-se a forma como o cinema evoluiu desde a época de Méliès e a influência deste pioneiro na criação da linguagem cinematográfica e na conceção do cinema como espetáculo popular. Explica-se igualmente a trajetória do cineasta, que acabou a sua vida profissional a explorar uma loja de brinquedos em Montparnasse, e como foi novamente redescoberto em 1926 para vir a ocupar, até aos nossos dias, o lugar de uma das figuras-chave do cinema.
 
Fundação ”la Caixa”: 40 milhões de euros para 2022
 
A Fundação ”la Caixa” iniciou em 2018 a sua implantação em Portugal, consequência da entrada do BPI no grupo CaixaBank. Em 2022, irá destinar 40 milhões de euros a projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica. A Fundação mantém o seu compromisso de alcançar um investimento de até 50 milhões de euros anuais nos próximos anos com a implementação de todos os seus programas em Portugal..
 

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