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ACESSO DAS CRIANÇAS A CUIDADOS DE SAÚDE _ Famílias com menor procura de cuidados de saúde

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Famílias com menor procura de cuidados de saúde
Natureza dos episódios e barreiras de acesso mais elevadas explicam aumento de percentagem em 2022
 
 
Carcavelos, 18 de dezembro de 2023 – Há mais crianças e jovens até aos 15 anos com menor procura de cuidados de saúde. Após três anos consecutivos em queda, 2022 voltou a registar um aumento da percentagem de agregados com crianças/jovens até aos 15 anos que não procuraram o sistema de saúde perante um episódio de doença. As menores condições económicas dos agregados familiares e a natureza dos episódios explicam este aumento. A conclusão consta da Nota Informativa #6 – Análises do setor da saúde: Acesso das Crianças a Cuidados de Saúde, realizada pelos investigadores Carolina Santos e Pedro Pita Barros, detentor da Cátedra BPI | Fundação ‘la Caixa’ em Economia da Saúde, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação ‘la Caixa’, o BPI e a Nova SBE.
 
De acordo com a análise dos dados obtidos no Inquérito de Acesso 2022, realizado pela Nova School of Business and Economics, compararam-se os agregados com e sem crianças/jovens até aos 15 anos, concluindo-se que a evolução nos últimos anos foi semelhante em ambos os grupos, mas superior no das crianças. A explicação para esta diferença reside nas características socioeconómicas dos agregados. A compra de todos os medicamentos necessários ao tratamento do episódio de doença é um indicador relevante nesta análise.
 
Embora os agregados com crianças e jovens com menos de 15 anos não aparentem enfrentar barreiras financeiras acrescidas na aquisição de medicamentos (face ao grupo de agregados sem crianças/jovens), estas são bastante expressivas. A título de exemplo, em 2022, cerca de 18,37% dos inquiridos de agregados com crianças e jovens com menos de 15 anos não adquiriu todos os medicamentos necessários ao tratamento do episódio de doença. Os mesmos resultados são obtidos quando se analisam indicadores adicionais: pedir substituição de medicamento de marca por medicamento genérico e não ir a uma urgência ou consulta por falta de dinheiro.
 
Do Relatório de Acesso a cuidados de saúde 2022, usando dados de 2013 a 2022, conclui-se que as condições económicas do agregado familiar determinam em considerável medida a capacidade de acesso a cuidados de saúde, mesmo num contexto de Serviço Nacional de Saúde (SNS) que trata todos por igual. O mesmo se verifica nos agregados familiares com crianças, ou seja, crianças e jovens pertencentes aos agregados familiares de menores condições económicas enfrentam barreiras de acesso de natureza financeira mais elevadas.
 
A isenção de taxas moderadoras das crianças e jovens até aos 18 anos de idade em unidades do SNS elimina essa barreira financeira, embora subsistam dificuldades noutras despesas associadas com o acesso a cuidados de saúde.
 
Na globalidade, os resultados evidenciam que a origem do problema de acesso das crianças a cuidados de saúde reside na pobreza infantil.
 
Mitigar as barreiras no acesso das crianças (e da população em geral) a cuidados de saúde passa, pois, por combater a pobreza. Tal significa que o objetivo de assegurar cuidados de saúde adequados à população não poderá ser alcançado unicamente por via de políticas de saúde. É necessário (re)avaliar a implementação de políticas de proteção social abrangentes, uma vez que estas complementam as políticas de saúde, em linha com o princípio da ‘Saúde em Todas as Políticas’. Neste sentido, a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, que incorpora um eixo estratégico para redução da pobreza nas crianças e jovens e nas suas famílias, constitui um marco importante na promoção do acesso das crianças a cuidados de saúde.
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Notas Informativas: Análises do Setor da Saúde
Acesso das Crianças a Cuidados de Saúde é a sexta da série Notas Informativas: Análises do Setor da Saúde (elaboradas no âmbito da Cátedra BPI | Fundação “la Caixa” em Economia da Saúde, atribuída a Pedro Pita Barros, no âmbito da Iniciativa para a Equidade Social, uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI e a Nova SBE) que pretende divulgar análises sintéticas relativamente a temáticas atuais sobre o setor da saúde.
 
Sobre a Social Equity Initiative
A Iniciativa para a Equidade Social é uma parceria entre a Fundação “la Caixa”, o BPI, e a Nova SBE, que visa impulsionar o setor social em Portugal com uma visão de longo prazo. Traçando um retrato do setor social em Portugal e desenvolvendo programas de investigação e capacitação para apoiar organizações sociais, a iniciativa envolve oito projetos e duas cátedras.
 
Sobre a Cátedra Fundação “la Caixa” em Economia da Saúde
Parte da Iniciativa para a Equidade Social BPI | Fundação “la Caixa” a cátedra em Economia da Saúde foi atribuída ao Professor Pedro Pita Barros e tem como objetivo promover a investigação sobre o sector da saúde, bem como o conhecimento e discussão da sociedade portuguesa quanto a tendências, desafios e políticas do setor da saúde. Desenvolve investigação para analisar novas tendências e desafios no setor da saúde, através de medições de impacto, estudos e análises em temas como Acesso aos Serviços de Saúde, Recursos Humanos e Envelhecimento da População.
 
Sobre a Fundação “la Caixa”
A Fundação ‘la Caixa’ iniciou em 2018 a sua implantação em Portugal, consequência da entrada do BPI no grupo CaixaBank. Em 2023, destina 50 milhões de euros a projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica.
 
Sobre a Nova SBE
A Nova SBE é a mais prestigiada business school em Portugal e uma das principais business schools da Europa. É a faculdade de ciências económicas, financeiras e de gestão da Universidade NOVA de Lisboa. O atual Dean é o Professor Pedro Oliveira (PhD, University of North Carolina at Chapel Hill). A Nova SBE é membro do CEMS desde dezembro de 2007 e tem atribuição Triple Crown em todo o mundo, o que implica a acreditação pela EQUIS, AMBA e AACSB. Foi a primeira business school portuguesa a adquirir acreditações internacionais e reconhecimento de renome mundial no ensino superior. A visão internacional da Nova SBE também se reflete na adoção do inglês como o principal idioma de ensino. Mais da metade dos cursos de graduação e todos os programas de mestrado, MBA e PhD são lecionados em inglês.
 

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