RESULTADOS CONSOLIDADOS DO BANCO BPI NOS PRIMEIROS 9 MESES DE 2020

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BPI regista um bom terceiro trimestre, assente numa forte atividade comercial, com reforço dos indicadores de capital e liquidez, mantendo uma elevada qualidade do crédito, e apresenta um lucro consolidado de 85.5 M.€.

  • O lucro líquido registado na atividade em Portugal entre janeiro e setembro, ascendeu a 47.4 M.€ (-69% yoy). No 3º trimestre o lucro da atividade doméstica ascendeu a 40.9 M.€ (-38% yoy), recuperando em relação aos dois trimestres anteriores.
  • BPI constitui 100 M.€ de imparidades de crédito líquidas nos primeiros nove meses de 2020 incluindo imparidades não alocadas decorrentes da revisão do cenário macroeconómico no contexto COVID-19.
  • Bom desempenho da atividade comercial:
  • Depósitos de clientes aumentaram 2.271 M.€ em nove meses (+9,9% ytd).
  • Carteira de crédito aumenta 5,4% yoy (vs. setembro 2019) e +3,5% ytd.
  • Produção de crédito hipotecário cresce 37% yoy para 1.252 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020. BPI com quota de mercado elevada na contratação, de 15.4% de janeiro a agosto, e quota na carteira de crédito de 12.1% (agosto).
  • Contratação de crédito a empresas (novas operações de crédito) sobe +13% face ao mesmo período do ano anterior para 3 168 M.€.
  • Rácio NPE (definição EBA) de 1,9%. Cobertura de NPE aumenta para 138% por imparidades e colaterais.
  • Reforço dos rácios de capital (phasing in): CET1 de 13,9%, T1 de 15,4% e capital total de 17,1%.
  • BPI na liderança da banca digital. Utilizadores regulares de banca digital superam os 700.000 clientes. BPI App usada por 74% dos clientes digitais particulares.
  • Compromisso reforçado com a retoma da economia e o apoio aos clientes:
  • 108.6 mil contratos abrangidos pelas moratórias relativos a 6.127 M.€ de crédito.
  • Quase 8 mil candidaturas às linhas de crédito de apoio público COVID-19 correspondentes a 704 milhões de euros.
  • 3.012 M.€ de linhas de crédito BPI Empresas disponíveis para utilização imediata no final de setembro de 2020.
O BPI registou nos nove primeiros meses de 2020 um lucro consolidado de 85.5 milhões de euros, dos quais 47.4 milhões de euros correspondem ao resultado líquido da atividade registada em Portugal (-69% yoy). No 3º trimestre o lucro líquido na atividade em Portugal ascendeu a 40.9 M.€ (-38% vs. 3º trim. 2019).

João Pedro Oliveira e Costa, Presidente Executivo Indigitado do BPI, assinala que “os dados do 3º trimestre refletem já uma retoma muito positiva dos resultados líquidos, com uma recuperação significativa no trimestre, apesar de se manter um contexto adverso. Nos primeiros nove meses os proveitos core do Banco evidenciaram uma forte resiliência, suportados pelo crescimento da margem financeira (+1,4%), mesmo num contexto de taxas negativas”. Até setembro, o BPI constituiu 100 M.€ de imparidades de crédito líquidas incluindo imparidades não alocadas decorrentes da revisão do cenário macroeconómico no contexto COVID-19, o que explica a redução do resultado consolidado (-66% face ao período homólogo de 2019). O contributo das participações no BFA e BCI foi de 38,1 M.€ no período em análise.

Forte dinamismo comercial. Depósitos e crédito crescem BPI registou um forte dinamismo comercial apesar do contexto económico desfavorável, com aumento significativo dos depósitos, crescimento do crédito e ganhos de quota de mercado.

Crescimento dos depósitos de clientes próximo de dois dígitos Os depósitos de clientes registaram uma subida expressiva de 9,9% ytd, correspondendo a um aumento de 2.271 milhões de euros desde dezembro de 2019. A variação dos depósitos nos últimos 12 meses foi de 11,5%. Os depósitos representam 69% do ativo e constituem a principal fonte de financiamento do balanço. Os ativos sob gestão diminuíram 5,4% para 9.266 milhões de euros, o que se explica em parte pela transferência de recursos para aplicações sem risco, como os depósitos, e a desvalorização da carteira de ativos financeiros devido à volatilidade dos mercados de capitais. Os recursos totais de clientes cresceram 4,6% ytd, totalizando 35.954 M.€ no final de setembro deste ano.

Quota de crédito hipotecário em máximos de 10 anos

A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 861 milhões de euros em relação a dezembro 2019 (+3.5% ytd), para 25.243 M.€ crescendo de forma transversal nos segmentos de crédito a particulares e a empresas. Nos últimos 12 meses, a carteira de crédito aumentou 5,4%. A carteira de crédito a empresas cresceu 4,3% para 9.921 M.€ em relação a dezembro de 2019 (+6.6% yoy). A carteira de crédito hipotecário registou uma subida 3,7% ytd totalizando 11.803 M.€. em setembro 2020. A produção de crédito hipotecário aumentou 37% em termos homólogos para 1.252 milhões de euros, correspondendo a uma quota de mercado na contratação de 15.4% (janeiro a agosto). A quota de mercado de crédito hipotecário em carteira do BPI ascendeu a 12.1% em agosto.

A carteira de outro crédito a particulares subiu 2.1% ytd, totalizando 1.703 M.€. A contratação de novo crédito ao consumo registou uma recuperação após o fim do confinamento. O valor da contratação de janeiro a setembro 2020, de 412 M.€, é ainda assim 30% inferior ao período homólogo. A quota de mercado do BPI na contração de crédito pessoal no período foi de 12.5% (janeiro a agosto).

Forte posição financeira

Forte posição financeira, perfil de risco baixo (rácio NPE de 1.9%), sólida posição de solvência, estrutura de financiamento equilibrada, posição de liquidez confortável e ratings “investment grade” pela Fitch Ratings, Moody’s e S&P Global.

Melhoria da qualidade dos ativos. Rácio de NPE desce para 1.9%

O BPI manteve a trajetória positiva no rácio de Non-performing Exposures (NPE) – o melhor do sector financeiro em Portugal – que desceu 0.6 p.p. desde início do ano para 1,9% (critérios da EBA), refletindo a elevada qualidade dos ativos do Banco. A cobertura de NPE por imparidades e colaterais sobe para 138%. O rácio de Non Performing Loans (NPL, de acordo com critérios da EBA) diminuiu de 3.1% em dez.19 para 2.3% em set.20. O NPL estava coberto a 139% por imparidades e colaterais no final de setembro 2020. Até setembro foram registadas imparidades de crédito líquidas de recuperações de 100 M.€ que corresponde a um custo do risco de crédito de 0.38% (% da carteira de crédito, não anualizado). Aquele valor inclui 47.5 M.€ de imparidades não alocadas decorrentes da revisão do cenário macroeconómico no contexto do Covid19.

Margem financeira mantém-se resiliente

Apesar do ambiente de taxas de juro negativas, a margem financeira manteve-se resiliente com uma subida de 1,4% yoy, para 330.8 milhões de euros, suportada pelo crescimento da carteira de crédito. As comissões líquidas diminuem 7,8% em termos homólogos para 177,5 M.€, reflexo ainda do abrandamento da atividade económica, e incluindo o impacto das medidas de apoio aos clientes implementadas pelo Banco, e reflexo da evolução dos mercados de capitais com impacto nas comissões de fundos de investimentos e seguros de capitalização. O produto bancário comercial em Portugal registou uma descida de 12.3 milhões de euros (-2,3% yoy) para 524.2 M.€.

Rácios de capital muito robustos

Reforço dos rácios de capital até setembro: rácio CET1 de 13,9%, rácio Tier 1 de 15,4% e rácio de capital total de 17,1%. O rácio de leverage situa-se em 7.2%. O BPI cumpre por margem significativa os rácios mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE) para 2020 em matéria de CET1, Tier 1 e rácio total. Em março, o BPI concretizou uma emissão de dívida sénior não preferencial (senior nonpreferred) de 450 milhões de euros, subscrita integralmente pelo CaixaBank, com o objetivo de reforçar os passivos elegíveis para cumprimento do requisito futuro de MREL.

Em abril de 2020, o Banco BPI em conjunto com o seu acionista CaixaBank decidiu suspender a distribuição dos dividendos correspondentes ao exercício de 2019, reforçando a sua capacidade de apoiar a economia.

Rácio de eficiência core inferior situa-se nos 59.9%

O BPI regista uma diminuição dos custos de estrutura de 3,1% yoy, refletindo reduções nas amortizações de imobilizado, decorrente da revisão da vida útil estimada do software, e em gastos gerais administrativos. Os custos com pessoal mantiveram-se praticamente inalterados.
O rácio de eficiência core (cost-to-income core) situava-se em 59,9% no final de setembro de 2020 (últimos 12 meses). Em setembro de 2020 o Banco BPI contava com 4.766 colaboradores (-74 em termos líquidos em relação a dezembro de 2019). Na mesma data a rede de distribuição totalizava 429 unidades comerciais, entre balcões (365), centros premier (29), 1 balcão móvel e centros de empresas (34).

ROTE recorrente em Portugal em 4.3%

Nos últimos 12 meses, o BPI atingiu um Retorno sobre capital tangível (ROTE) recorrente na atividade doméstica de 4.3%, refletindo o impacto do abrandamento económico na rentabilidade.

Agências de notação reconhecem solidez do Banco

O Banco BPI tem classificação de investimento (“investment grade”) para a sua dívida de longo prazo pelas três agências internacionais – Fitch Ratings, Moody’s e S&P Global Ratings – e os depósitos de longo prazo têm rating atribuído pela Fitch Ratings e Moody’s, em ambos os casos com classificação de investimento (“investment grade”). A Fitch Ratings e S&P reafirmaram recentemente, em outubro, as notações de rating atribuídas ao BPI. Estas classificações são um forte sinal da solidez do Banco e da sua capacidade de apoiar a economia portuguesa. Além disso, conta com o apoio do seu acionista único, o CaixaBank, que se tornará na maior entidade financeira em Espanha, após a conclusão da fusão com o Bankia.

Processo de transformação digital progride com sucesso

BPI na liderança da banca digital: mais clientes digitais, aumento da utilização, elevada satisfação e novas soluções em 2020

Nos nove primeiros meses, o BPI registou um crescimento de 5% yoy no total de utilizadores regulares de banca digital, alcançando os 701 mil utilizadores regulares, e um aumento de 68 mil utilizadores ativos da BPI App. Cerca de 74% dos clientes digitais particulares são utilizadores regulares da BPI App (mobile). O BPI ocupa a 1ª posição no indicador de satisfação nos canais digitais junto dos particulares (ECSI Banca, 1ª vaga 2020) e a 2ª posição na penetração em internet e mobile banking em clientes particulares (BASEF, set.20). No segmento de empresas, o BPI ocupa a 1ª posição na quota de mercado de net e mobile banking, e a 2ª posição na satisfação deste segmento (DATAE 2020).

De janeiro até setembro de 2020, as vendas nos canais digitais (net e mobile) de soluções de poupança, crédito pessoal e produtos não financeiros cresceram 40% yoy. No âmbito das medidas de apoio aos Clientes no contexto da pandemia, o BPI flexibilizou adesão aos canais digitais e alargou as funcionalidades de contato entre os Clientes e os seus Gestores com um aumento significativo das capacidades de serviço à distância e da contratação de novos produtos e serviços (iFactoring 100% digital; BPI Drive dirigido a concessionários automóveis; alargamento da oferta de PPR nos canais digitais; entre outros). O BPI foi distinguido como Best Digital Leader durante o encontro World Agility Forum, que decorreu em setembro, em Lisboa, em competição direta com gigantes tecnológicas e instituições públicas.

BPI referente na Banca Responsável

BPI Gestão de Activos com notação máxima nos PRI das Nações Unidas

A organização Princípios para o Investimento Responsável das Nações Unidas atribuiu à BPI Gestão de Ativos, do Grupo CaixaBank, a notação mais elevada (A+) em Estratégia e Governance, como reconhecimento do firme compromisso da entidade na incorporação de critérios ambientais, sociais e de bom governo (ESG) nas decisões de investimento. A organização internacional valorizou o grau de implementação dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI, na sua sigla em inglês) da BPI Gestão de Ativos, em concreto no âmbito de Estratégia e Governance. Apenas um terço do total das entidades signatárias dos PRI em todo o mundo alcançou esta notação, e somente uma em cada dez entidades que assinaram o compromisso em 2019, como a BPI Gestão de Ativos, o conseguiram.

BPI: primeiro Banco a obter certificação “COVID Safe” pela APCER

O BPI foi o primeiro Banco a obter a marca “COVID Safe”, atribuída pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER), após realização de uma auditoria. Esta verificação garante que o Banco cumpre as medidas oficiais de proteção e vigilância necessárias à obtenção da marca “COVID Safe”, com base nas orientações da Direção Geral de Saúde (DGS), da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para prevenir os riscos de contágio da COVID-19. A auditoria de verificação “COVID Safe” aplica-se às instalações do BPI, incluindo a Rede Comercial (Balcões, Centro de Empresas e Centros Premier) e os Edifícios Centrais. Este reconhecimento permite aumentar a confiança de Colaboradores, Clientes e Stakeholders, demonstrando o compromisso e o respeito do BPI pela saúde e segurança de todos, no atual contexto de regresso gradual ao trabalho presencial e de reabertura da economia. Durante o confinamento, o Banco manteve sempre em funcionamento cerca de nove em cada 10 balcões. No final de setembro, o BPI mantinha em teletrabalho 24% do total de colaboradores: 48% nos serviços centrais e 5% na rede de distribuição.

Compromisso reforçado com a retoma da economia e o apoio aos clientes

Desde o início da crise, o BPI desenvolveu uma intensa atividade de apoio à economia – Famílias e Empresas. “É justo reconhecer o papel que os bancários e os bancos têm tido nesta pandemia, assegurando a manutenção dos serviços sem disrupções e com novas facilidades, evitando preocupações adicionais aos portugueses em tempos muito desafiantes. Os bancos sólidos são um pilar fundamental da retoma da economia portuguesa. Isto mesmo tem sido reconhecido pelos clientes em balcões de todo o país. Temos de continuar a executar a nossa atividade bem e com rigor,” sublinha João Pedro Oliveira e Costa.

Moratórias de Crédito
o 108.6 mil contratos abrangidos por moratórias correspondendo a 6.127 M.€ de crédito:
? crédito habitação, 2 721 M.€;
? crédito pessoal e financiamento automóvel, 388 M.€;
? crédito a empresas, 3 018 M.€.

Linhas de crédito
o O BPI recebeu cerca de 8 mil candidaturas às linhas de crédito de apoio público COVID-19 correspondentes a 704 milhões de euros, em crédito contratado pelo BPI e crédito aprovado ou em análise pela SGM.
o 3.012 M.€ de linhas de crédito BPI Empresas disponíveis para utilização imediata no final de setembro de 2020.

Apoio à sociedade – BPI e Fundação la ”Caixa”

Na área social, o BPI e a Fundação ”la Caixa” têm vindo a executar todos os seus programas previstos para 2020, que contam com um orçamento total de 30 milhões de euros. “É nestes momentos desafiantes para o país que os bancos devem assumir ainda mais um papel socialmente responsável, algo que o BPI sempre tem feito com os seus programas sociais, reforçados nos últimos anos com a colaboração da Fundação “la Caixa. Faço notar que a Fundação “la Caixa” redistribui os dividendos que recebe do Grupo CaixaBank pela sociedade. O trabalho da Fundação “la Caixa” e de muitos voluntários do BPI muda realmente a vida de muitas instituições e pessoas em situação vulnerável em Portugal, especialmente num momento tão crítico,” afirma João Pedro Oliveira e Costa.

Entre outros programas, destacam-se os Prémios BPI ”la Caixa”, no valor de 3,75 milhões de euros, atribuídos anualmente a fim de apoiar projetos de instituições privadas sem fins lucrativos. Os Prémios – Infância, Seniores, Solidário, Capacitar e Rural - inserem-se na política de responsabilidade social do BPI e são financiados pela Fundação ”la Caixa”. Nos últimos dez anos, em 26 edições concluídas, estes prémios entregaram cerca de 17,3 M.€ para a implementação de 591 projetos de inclusão social em Portugal. Os projetos apoiados já ajudaram mais de 138.000 portugueses. O BPI e a Fundação ”la Caixa” estabeleceram um acordo de colaboração para o desenvolvimento de projetos de carácter social e cultural em Portugal após a entrada do BPI no grupo CaixaBank.

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