Cientista americana recomenda o corte do cordão umbilical até 1 minuto depois do nascimento
Lisboa, 22 de abril de 2019 – Colher o sangue e tecido do cordão umbilical é valorizar uma importante fonte de vários tipos de células, não só células estaminais, já que uma unidade de sangue do cordão umbilical criopreservada contém diferentes tipos de células que podem ser usadas em tratamentos de várias doenças, seja no próprio dador ou num doente não relacionado.
O processo de colheita do sangue é indolor e não representa riscos para a mãe ou o recém-nascido. Adicionalmente, após a criopreservação, a amostra colhida poderá vir a ser utilizada no tratamento de mais de 80 doenças.
Apesar de a Organização Mundial de Saúde recomendar o corte tardio do cordão em todos os partos, estudos em recém-nascidos de termo (não prematuros) têm demonstrado que aproximadamente 70-80% do sangue que está no cordão e na placenta é transferido para o bebé durante o primeiro minuto após o nascimento.
A pediatra e hematologista Joanne Kurtzberg, que integrou a equipa que fez o primeiro transplante de células estaminais provenientes do cordão umbilical há 30 anos, recomenda que o corte do cordão umbilical no momento do parto não deve exceder 1 minuto, por forma a manter a viabilidade de uma colheita e armazenamento do sangue do cordão umbilical.
“É importante não desperdiçarmos o sangue do cordão”, afirmou a médica na sua primeira visita a Portugal, onde participou como oradora na Reunião de Primavera da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPOMMF).
Joanne Kurtzberg recomendou aos obstetras e enfermeiros especialistas em Portugal que “colham o sangue do cordão umbilical sempre que possam e não o desperdicem, quer seja para guardar em bancos públicos ou privados. É um produto biológico muito valioso pelo que devemos guardar todo o sangue do cordão umbilical que conseguirmos.”
“Devemos encontrar-nos no meio e preferir um corte do cordão que possa aumentar o volume de sangue que passa para o recém-nascido, mas sem comprometer a qualidade e quantidade da amostra a criopreservar. Só assim garantimos que as amostras colhidas têm a qualidade necessária”, afirma João Sousa, diretor de Qualidade do banco de tecidos e células BebéVida.
As atuais recomendações do American College of Obstetricians and Gynecologists indicam que, desde que a mãe tenha níveis adequados de ferro e que a gravidez tenha, pelo menos, 37 semanas, um corte do cordão umbilical entre 30 a 60 segundos após o nascimento permitirá garantir um resultado seguro para o recém-nascido e, em simultâneo, uma colheita adequada de sangue do cordão umbilical, caso seja essa a escolha dos pais.
Mais sobre a BebéVida:
O laboratório BebéVida é um banco de tecidos e células 100% português licenciado pelo Ministério da Saúde. Eleito PME Líder há oito anos consecutivos, foi distinguido com o estatuto PME excelência em 2017 pela segunda vez.
A BebéVida disponibiliza o serviço de criopreservação de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical de recém-nascidos e é o único laboratório de criopreservação português reconhecido pela acreditação FACT Netcord, a mais completa distinção que um laboratório de criopreservação de células estaminais pode obter a nível mundial.
A BebéVida foi distinguida em 2019 com o Prémio Cinco Estrelas, na categoria Criopreservação, uma distinção atribuída pelos consumidores e que mede o seu grau de satisfação face a produtos e serviços de várias áreas.
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