Inteligência Artificial Generativa alicia organizações portuguesas

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  • Interesse é elevado, mas 57 por cento das organizações ainda está a explorar casos de utilização, conclui estudo conduzido pela askblue e IDC que será apresentado hoje
  • 68 por cento dos inquiridos planeiam aumentar o nível de investimentos digitais nos próximos 12 meses e 56 por cento justificam a aposta com o aumento da eficiência operacional

 

Lisboa, 02 de outubro de 2024 – O interesse em torno da Inteligência Artificial Generativa (GenAI na sigla inglesa) é elevado, mas a maioria das organizações em Portugal ainda está a explorar casos de utilização, indica um estudo conduzido pela askblue, empresa portuguesa de consultoria tecnológica e de negócio, em parceria com a IDC, cujas conclusões são apresentadas, hoje, no primeiro dia do IDC Directions.

De acordo com o documento, 57 por cento dos inquiridos – pertencentes aos setores público e privado – ainda estão a explorar casos de utilização de GenAI. Ainda assim, 32 por cento das chamadas organizações Tech-to-Compete, em que a tecnologia é crítica para os seus processos de negócio, já estão a implementar estas tecnologias. Os setores que mais implementam são o financeiro, energia & utilities e serviços profissionais. 

Sobre os resultados que as organizações pretendem alcançar com iniciativas de GenAI, nos próximos 12 meses, 63 por cento dos inquiridos afirmaram que procuram um aumento da eficiência operacional e da produtividade dos funcionários. Sobre os casos de utilização, 54 por cento apontam chatbots e agentes virtuais/assistentes digitais. O estudo da askblue e IDC revela ainda que os maiores desafios na implementação estão ligados a preocupações de segurança (49 por cento), disponibilidade e qualidade dos dados da organização (41 por cento) e falta de conhecimento sobre o tema (39 por cento).

À pergunta “Quais são os maiores desafios à realização de iniciativas digitais na sua organização?”, a maioria dos inquiridos respondeu “restrições orçamentais” (61 por cento), seguindo-se “falta de competências digitais na organização” (43 por cento) e “segurança e gestão de riscos” (39 por cento).

O estudo agora revelado tem como objetivo compreender as tendências de investimento na área tecnológica e identificar oportunidades emergentes. Além disso, procura apresentar o estado da renovação tecnológica e dos roteiros digitais em Portugal, de forma a ser possível compreender as principais prioridades de investimento das organizações.

Para 62 por cento dos inquiridos, a organização onde trabalham tem um roteiro digital, que apoia e está alinhado com a estratégia global. Os setores financeiro, energia & utilities e governamental são os mais representados nesta franja.

Por outro lado, 23 por cento dos inquiridos afirmaram que só conhecem projetos isolados na sua organização, que têm por base necessidades ad hoc. Neste caso, os setores de ciências da vida, educação e saúde destacam-se no topo das respostas.

Investimentos digitais: porquê?

Outra das conclusões é que 43 por cento dos inquiridos revelam que o principal objetivo da estratégia digital da sua organização é modernizar as TI, ou seja, substituir ou atualizar os sistemas existentes. Nos próximos 12 meses, 68 por cento está a planear aumentar o nível de investimentos, ao passo que 30 por cento indicaram que não vão existir alterações e apenas 2 por cento vão avançar com uma diminuição. Os três principais setores que planeiam aumentar os investimentos em tecnologia são educação, transportes & logística, retalho, comércio grossista e hotelaria.

Entre as prioridades na área tecnológica para os próximos 12 meses, a tendência está em data & analytics (41 por cento) e Inteligência Artificial (38 por cento) – ambas com necessidades de maior investimento. No que diz respeito ao roteiro digital das organizações, os inquiridos listaram o reforço da postura e da resiliência em matéria de cibersegurança (49 por cento, sendo que é a primeira prioridade para os setores governamentais e educação), racionalização da automatização dos processos empresariais e otimização do fluxo de trabalho (36 por cento), e otimização da eficiência e agilidade operacionais (35 por cento).

O estudo da askblue e IDC conclui ainda que os investimentos em tecnologia digital, nos próximos 12 meses, têm como objetivo aumentar a eficiência operacional (56 por cento das respostas). Por fim, as organizações em Portugal medem os resultados dos investimentos tecnológicos, sobretudo, através de KPI de produtividade e eficiência, como redução de custos (59 por cento).

Amostra

No total, foram inquiridas mais de 100 pessoas, pertencentes a 12 setores de atividades e que são colaboradores de empresas com mais de 100 empregados. Os inquiridos ocupam cargos de C-level (26 por cento), diretor (50 por cento), manager (22 por cento) e CEO/Chairman/President/Owner/Managing diretor (3 por cento). O trabalho de campo decorreu durante o mês de abril de 2024.

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