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Novo Prémio de Análise Prospetiva José Mariano Gago distingue projetos de jovens investigadores sobre o futuro de Portugal e da Europa

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Lisboa, 23 de novembro de 2022 - O Prémio de Análise Prospectiva José Mariano Gago vai ser atribuído, pela primeira vez, a jovens investigadores que apresentem projetos de elevado mérito com impacto social, económico, demográfico, ambiental e científico ou tecnológico.

No valor de dez mil euros, o galardão é promovido pela Fundação Oriente e pelo Instituto de Prospectiva, que pretendem honrar o legado de José Mariano Gago, figura central no impulso à ciência e tecnologia no nosso país, assim como na promoção de estudos de prospetiva sobre o futuro de Portugal e da Europa.

“Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de trabalhos de investigação e estudos de prospetiva, este prémio é uma forma de valorizar o legado de José Mariano Gago, que tutelou o primeiro ministério dedicado à Ciência e Tecnologia em Portugal e colocou a investigação científica na agenda política”, afirma o atual presidente do Instituto Prospetiva e antigo ministro, Manuel Heitor.

As candidaturas já estão abertas, prolongando-se até 31 de dezembro.

O novo prémio será atribuído bianualmente, pela Fundação Oriente, sob a forma de concessão de um subsídio no montante de dez mil euros, para a prossecução de trabalhos de investigação e estudos, durante um período de até dois anos subsequentes à sua atribuição.

Os candidatos devem ser jovens doutorados, docentes, investigadores ou empreendedores, de origem portuguesa ou estrangeira, até aos 40 anos de idade, que desenvolvam a sua atividade na academia ou em empresas e startups, tendo obtido o grau de doutoramento há menos de dez anos. 

Na candidatura, que pode ser individual ou coletiva, terá de constar uma proposta escrita inédita para um trabalho de investigação prospetiva de âmbito multidisciplinar e internacional.

O processo de avaliação e seleção é baseado em quatro critérios:

  • Mérito da proposta de trabalho apresentada;
  • Contributo do trabalho apresentado para o reforço da investigação e dos estudos de prospetiva em Portugal;
  • Curriculum dos candidatos, incluindo tipo de publicações e nível de internacionalização;
  • Mérito científico e institucional da instituição e equipa de acolhimento dos investigadores, juntamente com o compromisso do trabalho ser realizado em Portugal, pelo menos durante o ano seguinte à atribuição do prémio.

O anúncio do prémio será feito até 31 de março de 2023.

Constituído em 1991 como uma associação privada sem fins lucrativos, o Instituto de Prospectiva foi criado por José Mariano Gago com a missão de promover o pensamento livre e o debate em torno de temas fundamentais para o futuro da sociedade portuguesa e da Europa.  

Todos os Encontros de Prospetiva, que se têm realizado no Convento da Arrábida desde 1992, contam com o patrocínio da Fundação Oriente.

A figura de José Mariano Gago

Doutorado pela Universidade de Paris e Professor Catedrático do Departamento de Física do Instituto Superior Técnico desde 1979, José Mariano Gago desenvolveu a sua atividade de investigador no domínio da física experimental das partículas elementares, primeiro na Escola Politécnica em Paris, mas depois em Genebra, na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), e posteriormente em Lisboa, no Laboratório de Física Experimental de Partículas, que criou e de que foi presidente. 

Em 1995, já depois da criação do Instituto de Prospectiva, Mariano Gago foi nomeado Ministro da Ciência e da Tecnologia do XIII Governo Constitucional, cargo que manteve até 2002. Foi, assim, o primeiro titular de um cargo ministerial vocacionado exclusivamente para a área da ciência e da tecnologia, tendo dinamizado as mais diversas iniciativas para a promoção da cultura científica e tecnológica em Portugal e na União Europeia. 

Entre 2005 e 2011, voltou a ser nomeado ministro, agora acumulando a Ciência e a Tecnologia  com a pasta do Ensino Superior, tendo sido responsável por uma ampla reforma do sistema em Portugal, como a aprovação do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) e a criação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

José Mariano Gago morreu no dia 17 de abril de 2015, em Lisboa.  

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