Centro de Interpretação do Vidro vai começar a ser construído
A construção do Centro de Interpretação do Vidro vai iniciar-se em breve com as obras de reabilitação da Casa Mateiro, um investimento de 313 mil euros correspondente à primeira fase do projeto.
«A obra insere-se no projeto global de requalificação do parque de La Salette sendo um investimento muito importante para os oliveirenses porque será o reavivar da indústria do vidro», afirmou Hermínio Loureiro após assinar o auto de consignação da obra com a empresa vencedora do concurso público.
A indústria vidreira em Portugal nasceu no concelho de Oliveira de Azeméis com o aparecimento das primeiras fábricas do país antes da sua produção se generalizar à região da Marinha Grande.
«Com o Centro de Interpretação do Vidro vamos criar condições para voltarmos a fazer do vidro o orgulho dos oliveirenses», explicou o autarca, reforçando que «a autarquia lutou muito por esta obra e para que ela tivesse financiamento».
O empreiteiro tem 300 dias para requalificar a Casa Mateiro, um espaço que será destinado preferencialmente a aspetos culturais, regionais e históricos.
Tecnicamente será mantida a integridade estrutural e arquitetónica do edifício exceto nas situações em que se verifica mau estado de conservação da estrutura. Alguma vegetação arbórea será também preservada.
Em termos funcionais o rés-do-chão está reservado a zonas de público, exposições de temáticas variadas e sala de lazer. O piso superior está destinado a áreas expositivas dedicadas à história do vidro e de visionamento de 3D, além de zona de manuseamento interativo em tempo real.
A Casa Mateiro foi propriedade e residência de um dos fundadores do Centro Vidreiro do Norte de Portugal, fundado em 1926 por Augusto de Oliveira Guerra, António de Bastos Nunes e júlio Mateiro. A casa constitui uma das últimas memórias do período de prosperidade industrial oliveirense apoiada no fabrico e arte do vidro.
A indústria do vidro instalou-se, pela primeira vez, em Portugal no início do século XVI na Quinta do Covo, em Oliveira de Azeméis, na designada Fábrica do Côvo.
A segunda fase do Centro de Interpretação do Vidro inclui a construção de um edifício de raiz, destinado a atividades de divulgação e interatividades com os visitantes.
O projeto inclui circuitos expositivos e pedagógicos permitindo desfrutar o fabrico do vidro e interagindo com diferentes áreas ligadas a este produto.
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