Congresso sobre Bocage resulta em livro
Setúbal, 10 de dezembro (DICI) – O presidente da Câmara Municipal Setúbal, André Martins, afirmou no sábado, no lançamento da obra, que o livro “Bocage e as luzes do Século XVIII” é um instrumento fundamental para a continuidade do estudo e da reflexão sobre o poeta setubalense.
Organizado por Daniel Pires e Ana Margarida Chora, com a capa concebida pelo artista plástico Rogério Chora e com a chancela do Centro de Estudos Bocageanos, o livro reúne os textos do Congresso Internacional sobre a Vida, Obra e Época de Bocage, que decorreu em Setúbal entre 12 e 14 de setembro de 2016, no âmbito das comemorações dos 250 anos do nascimento de Manuel Maria Barbosa du Bocage.
O autarca sublinhou que a obra “não é apenas um registo do que foi apresentado” no congresso, mas “também um instrumento fundamental para a continuidade do estudo e da reflexão sobre Bocage”, sendo “um recurso valioso para estudantes do ensino secundário e universitário, bem como para investigadores interessados no poeta e no contexto iluminista do século XVIII”.
Recordou que o congresso “foi um marco no panorama cultural e científico” da cidade “e além-fronteiras”, tornando Setúbal “um verdadeiro palco do saber”, ao reunir “especialistas de diversas áreas, como história, sociologia, biologia, música, crítica de cinema e literatura”, destacando Viriato Soromenho Marques, Lauro António, José Eduardo Franco, Miguel Real, Mário Vieira de Carvalho e Carlos Fiolhais.
No Salão Nobre dos Paços do Concelho, André Martins sublinhou que, “através de 30 comunicações de elevado valor académico e cultural”, os oradores no congresso “enriqueceram o debate sobre Bocage, o iluminismo e os contextos da sua época”.
Depois de salientar que a relevância de Bocage na poesia nacional “é inquestionável”, lembrou que o poeta “é também uma das mais importantes referências culturais e históricas de Setúbal” e “um símbolo de identidade e orgulho” para os setubalenses.
O autarca frisou que a Câmara Municipal “tem tido um papel ativo na valorização do legado bocagiano”, com as celebrações do seu aniversário, a dinamização cultural em torno da sua obra e o funcionamento permanente da Casa Bocage, espaço instalado na casa onde o poeta nasceu e que revela “a vida e a obra daquele que continua a ser um dos maiores nomes da literatura portuguesa”.
André Martins agradeceu “a todos os envolvidos na organização do congresso e na produção desta obra, que perpetua o espírito e o génio de Bocage”, concluindo com um desejo – “Que este livro inspire novos estudos, novos leitores e maior valorização da nossa herança cultural. Bocage vive em cada verso, em cada leitura e em cada gesto que preserva a memória da sua genialidade”.
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