Festival Luísa Todi descentraliza canto lírico em Setúbal (com fotos)

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Setúbal, 24 de novembro (DICI) – O primeiro Festival Luísa Todi – Canto Lírico em Setúbal, que decorre entre 9 e 20 de janeiro, tem um caráter descentralizador, levando esta arte a várias freguesias, destacou hoje o presidente da Câmara Municipal, André Martins, na apresentação do evento.
 
Numa sessão realizada na Galeria Municipal do Banco de Portugal, André Martins, afirmou que o festival, organizado por uma “parceria exemplar” entre a Câmara Municipal e a Associação Setúbal Voz e com duas dezenas de espetáculos e workshops em diversos locais do concelho, é “um evento cultural de inigualável relevância” nascido para “transfigurar todo o concelho de Setúbal num epicentro de excelência cultural”.
 
O autarca destacou que o festival é “uma justa homenagem à notável sopranista Luísa Todi, cujo legado musical continua a ser fonte inesgotável de inspiração”, tendo sido “meticulosamente planeado” para “cativar não só os munícipes de Setúbal, mas também todos aqueles que desejem participar nesta jornada singular pela expressão artística”.
 
André Martins sublinhou que o festival descentraliza várias iniciativas, levando o canto lírico “até públicos que, tradicionalmente, não têm acesso a esta arte” e oferecendo às populações “a oportunidade de se relacionarem com uma arte que tantas vezes parece distante e apenas dedicada às elites”, além de dar “um importante contributo” formador, por ter vários eventos dedicados a públicos mais jovens.
 
Após destacar alguns momentos do programa, considerou que este apresenta “uma série de eventos que reúnem todas as condições para deixar marca indelével na vida cultural de Setúbal” e afirmou que a “colaboração contínua” entre o Município e a Associação Setúbal Voz “tem sido vital para o fortalecimento da cultura e para promover o enriquecimento artístico” da comunidade.
 
O Festival Luísa Todi – Canto Lírico em Setúbal decorre durante 12 dias, com início na data em que Luísa Todi nasceu há 270 anos, contando com eventos em diversos locais do concelho e tendo as cerimónias de abertura e de encerramento na Glorieta a Luísa Todi, na avenida com o nome da cantora lírica, e no Auditório Bocage, respetivamente.
 
André Martins agradeceu às coletividades e às juntas de freguesia do concelho, destacando o Rancho Folclórico das Praias do Sado, a Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, o Casarão, a Escola Lima de Freitas e a Junta de Freguesia de São Sebastião, neste caso pela cedência do Auditório Bocage, entidades sem cuja colaboração “o festival não seria possível”.
 
Considerou que, ao utilizar “locais emblemáticos como o Fórum Municipal Luísa Todi e a Igreja do Convento de Jesus”, o festival também vai mostrar “a riqueza histórica e cultural de Setúbal”, sendo um “evento singular, que certamente contribuirá para consolidar Setúbal como polo cultural de excelência”.
 
Adiantou ainda que a obra de requalificação da casa onde viveu Luísa Todi deve ter início a partir de meados de 2024.
 
Numa apresentação concluída com atuações da mezzo-soprano Inês Constantino e do barítono Ricardo Rebelo da Silva, o diretor artístico do festival, Jorge Salgueiro, também destacou o seu caráter descentralizador e a intenção de “valorizar o território e os recursos humanos na área do canto lírico”, procurando “divulgar e valorizar os artistas setubalenses”, para que possam expandir a sua atividade para o resto do país.
 
O presidente da Associação Setúbal Voz, Adalberto Petinga, agradeceu a iniciativa à Câmara Municipal e disse ser “com muito orgulho e sentido de responsabilidade” que a entidade aceita a missão, prometendo muito trabalho para elevar o nome da cidade de Setúbal “ao mais alto nível no país”.
 
O festival conta com a participação de 12 solistas, nomeadamente, Ana Filipa Leitão, André Henriques, Diogo Oliveira, Helena de Castro, Inês Constantino, João Merino, Maria Inês Beira, Mariana Chaves, Maribel Ortega, Rita Álvaro, Sara Belo e Sara Brites, além do Coro Setúbal Voz, do maestro João Malha e da maestrina Ana Cláudia Sousa.
 
Na cerimónia de abertura, às 11h00 de 9 de janeiro, a soprano Sara Belo e o Grupo de Metais apresentam “Luísa Singin’ in The Rain”, enquanto na de encerramento, às 21h00 de dia 20, tem lugar um “Coro de Óperas” com o Coro Setúbal Voz e narração lírica de Inês Constantino, acompanhados ao piano, sob a direção de Ana Cláudia Sousa e com texto de Paulo Reis Simões.
 
Em 9, 10 e 11, sempre às 21h00, os espetáculos “Árias Dançadas por Figurinos”, com a soprano Mariana Chaves e a bailarina Leonor Mateus, “Árias de Luísa Todi”, com a soprano Maria Inês Beira e um pianista, e “Canções de Mulheres Compositoras”, com a soprano Sara Brites e um pianista, rodam pela Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, Casarão e Rancho Folclórico de Praias do Sado.
 
Nas manhãs de 10, 11 e 12 de janeiro, às 11h00, Casarão, Rancho Folclórico de Praias do Sado e Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense recebem, por esta ordem, “Óperas Para as Crianças Desenharem”, com a soprano Ana Filipa Leitão e um pianista.
 
Na noite do quarto dia do festival, 12 de janeiro, às 21h00, a Galeria Municipal do Banco de Portugal é palco de “Canções Líricas Portuguesas”, com a soprano Rita Álvaro, vencedora da edição de 2022 do Concurso Setúbal Voz para Jovens Cantores de Ópera, acompanhada ao piano.
 
No dia seguinte, as “Canções Líricas Espanholas”, com a soprano espanhola Maribel Ortega e um pianista, ecoam a partir das 11h30 na Igreja do Concento de Jesus e, às 16h00, o Roof 61, no Fórum Municipal Luísa Todi, acolhe o “Workshop de Repertório Espanhol”, com os mesmos artistas.
 
O domingo, 14 de janeiro, é preenchido com o espetáculo “Os Três Barítonos – Diogo Pavarotti, Plácido Merino e André Carreras”, um concerto inspirado nos “Três Tenores” com André Henriques, Diogo Oliveira e João Merino, dos mais importantes barítonos portugueses da atualidade, e uma orquestra dirigida pelo maestro João Malha.
 
Um “Workshop de Saúde Vocal” com Sara Brites, em 18 de janeiro, às 19h00 no Auditório da Escola Lima de Freitas, preenche o penúltimo dia do programa, o qual termina a 20, sábado, com uma “Ópera Para Bebés”, às 11h00 no Roof 61, com orientação de Sandra de Oliveira e a soprano Helena de Castro, e a cerimónia de encerramento, às 21h00.
 
Os bilhetes para “Canções Líricas Portuguesas”, “Canções Líricas Espanholas” e “Os Três Barítonos” têm o preço de 10 euros, para o “Workshop de Repertório Espanhol” de 10 euros para assistir e 30 para participar e para a “Ópera Para Bebés” de cinco euros para assistir e 10 para bebé e um familiar. Os restantes eventos têm entrada livre.
 
Os bilhetes estão à venda a partir de 1 de dezembro na bilheteira online www.bol.pt, havendo até 20 de dezembro disponíveis 50 passes, para entrada em todos os espetáculos, pelo preço de 25 euros. Mais informações podem ser obtidas através do endereço de email dicul@mun-setubal.pt.

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