Presidente critica oposição por chumbo do orçamento municipal

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Setúbal, 28 de novembro (DICI) – O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, disse hoje que a oposição impede o normal funcionamento da atividade municipal, após PS e PSD reprovarem o orçamento e as grandes opções do plano para 2025, em reunião de Câmara extraordinária.
 
“Estou certo de que, quando as populações tiverem melhor conhecimento do que está aqui em causa e das verdadeiras razões do chumbo anunciado deste orçamento para vigorar no ano de 2025, impedindo o normal funcionamento da atividade municipal, haverá, certamente, uma reação forte e alargada a um comportamento de quem, ao longo deste mandato, tudo tem feito para obstaculizar a gestão municipal a favor das populações de Setúbal e Azeitão e de um futuro melhor para Setúbal”, afirmou.
 
Recordou que Setúbal é “o terceiro município do país” com maior valor de candidaturas aprovadas no âmbito PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, “superior a 150 milhões de euros”, e tem garantido para 2021-2025 “o maior investimento de sempre de qualquer mandato autárquico depois do 25 de Abril”, resultando disso “a apresentação à Câmara Municipal do maior orçamento de sempre”, de quase 339 milhões de euros.
 
“Senhores vereadores, quando estes dados são do vosso conhecimento, são dados públicos, oficiais, e os senhores dizem que nós não cumprimos os compromissos, não cumprimos a execução orçamental, há aqui uma distância muito grande entre a vossa posição e a realidade”, disse, referindo-se às candidaturas ao PRR e aos investimentos em curso.
 
André Martins considerou que foi num “quadro de grande confiança no futuro de Setúbal, que dá garantia de mais qualidade de vida e bem-estar aos setubalenses e azeitonenses, que os partidos políticos da oposição na Câmara Municipal decidem anunciar publicamente que vão chumbar o maior orçamento de sempre, antes mesmo de fazer o seu debate aqui no espaço próprio, que é a sessão de câmara”.
 
Após recordar que ao fim de três anos de mandato já há “o maior investimento garantido” na educação, saúde, desporto, cultura, ambiente e espaços verdes, mobilidade e transportes, no movimento associativo e habitação, disse que os vereadores da oposição “ignoram aquilo que é fundamental para o bem-estar das populações e para o desenvolvimento” do concelho.
 
“Sempre com os olhos postos em fazer tudo para criar dificuldades em quem tem a responsabilidade de gerir a Câmara Municipal, no sentido sempre de daí poder tirar resultados partidários quando se aproximam eleições”, sublinhou.
 
O autarca considerou que “em política não vale tudo” e associou o ‘chumbo’ do orçamento ao facto de estar a começar “o tempo de cada força política procurar tirar dividendos político-partidários para a próxima corrida eleitoral” autárquica, com eleições em 2025.
 
“Nós não compreendemos, nem podemos aceitar, que o PS e o PSD se juntem para impedir o executivo CDU de concretizar obras necessárias às nossas populações. E por isso estamos aqui a denunciar este comportamento indigno”, frisou.
 
O presidente da Câmara disse que “o grande objetivo” do PS e do PSD “foi sempre criar maiores dificuldades à gestão da CDU”, acusando os dois partidos da oposição de atuarem de “forma leviana e irresponsável”, depois de, “em conjunto, obrigarem ao maior corte de sempre nas receitas municipais − um valor estimado da ordem dos 20 milhões de euros − que afeta naturalmente a capacidade financeira” da autarquia.
 
“A proposta que o PS apresentou de redução da receita nos resíduos, reconhecendo os excessos das tarifas da AMARSUL, é bem a prova de uma postura de quanto pior melhor. Nós não podemos aceitar, nem podemos deixar de denunciar esta postura do Partido Socialista”, referiu.
 
André Martins salientou que a maioria está a cumprir o compromisso eleitoral que a CDU apresentou para o mandato 2021-2025, destacando, além dos investimentos, o regresso da água “à gestão pública com a fatura reduzida em cerca de 20 por cento”, após “25 anos de gestão privada por responsabilidade do Partido Socialista”.
 
Destacou também que Setúbal é hoje “o município do país com maior nível de descentralização para as freguesias, tanto na atividade como no valor”, com o objetivo de “garantir maior proximidade e eficácia na avaliação e resolução dos problemas”.
 

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