Proteção: torres de videovigilância – incêndios florestais
Uma torre de videovigilância, instalada desde esta semana na Serra de São Luís, em Setúbal, integrada em novo sistema de segurança da Área Metropolitana de Lisboa, reforça a proteção permanente do Parque Natural da Arrábida contra incêndios florestais.
Este novo sistema integrado de videovigilância, para reforço da proteção dos parques naturais da Arrábida e de Sintra-Cascais, assim como em Mafra, assegura a cobertura e vigilância de uma área total de 108 mil hectares nestes territórios mais expostos a incêndios florestais.
Além da torre instalada na Serra de São Luís, em Setúbal, alimentada por painéis solares e bateria, para vigilância de uma área com 60 mil hectares, este sistema conta com torres em Alcabideche, Cascais, e no Funchal, em Mafra, para assegurar a guarda de, respetivamente, 20 mil e 28 mil hectares de território.
Cada torre inclui quatro câmaras, uma de vigilância, com um zoom de grande alcance, para validação, localização e acompanhamento das ocorrências, assim como uma de deteção no espetro visível, dedicada à deteção automática de incêndios e identificação de colunas de fumo, ambas orientáveis.
Há ainda mais duas câmaras, uma de infravermelhos com capacidade térmica, também orientável, dedicada à deteção automática de incêndios, para identificação de pontos quentes que possam corresponder a novos focos de fogo, e outra de segurança local, fixa, dedicada à proteção e segurança dos equipamentos da torre.
O sistema integrado de videovigilância implementado nestas áreas naturais permite detetar, antecipadamente e de forma automática, focos de incêndio e identificar colunas de fumo, pontos quentes ou chamas, tanto em período diurno como noturno, inclusivamente em condições de visibilidade adversas.
Sempre que as torres de videovigilância detetam um foco de incêndio nestes territórios, é disparado um alarme visual e sonoro dirigido aos operadores responsáveis pela monitorização que, assim, podem analisar a informação de forma eficiente e, inclusivamente, direcionar a câmara de vigilância para a ocorrência.
Além das câmaras de vigilância, segurança e deteção automática de incêndios, as três torres que permitem acompanhar e vigiar remotamente, 24 horas por dia, estes território, incluem um sensor meteorológico que permite monitorizar e determinar o risco de incêndio nestas regiões.
As informações recolhidas pelas torres são encaminhadas, através de um sistema de comunicações rádio dedicado, para os dois centros de gestão e controlo, localizados nos comandos distritais da GNR, em Lisboa e Setúbal, responsáveis pela operacionalização deste novo sistema.
Nos centros de gestão e controlo dos comandos territoriais de Setúbal e Lisboa, bem como no Comando Distrital de Operações e Socorro de Setúbal, ficam instalados um videowall de grandes dimensões que permitirá maximizar a partilha da informação gráfica do sistema entre todos os operadores.
A informação transmitida pela torre da Serra de São Luís está operacional e disponível no Comando Territorial da GNR de Setúbal, enquanto os dados recolhidos pelas torres de Alcabideche e do Funchal são encaminhados para o Comando Territorial da GNR de Lisboa.
Durante a época de incêndios, os militares da GNR podem utilizar a informação recolhida em tempo real pelo sistema nas salas de operação dos comandos distritais de operações e socorro de Lisboa e Setúbal, no âmbito da ação das equipas de manutenção e exploração de informação florestal.
Este novo sistema de segurança contra incêndios florestais implementado na Área Metropolitana de Lisboa prevê ainda a instalação, durante os próximos meses, de mais nove torres de videovigilância, das quais quatro devem estar instaladas até ao final de agosto.
O projeto global, composto por um total de 12 torres, deve estar em pleno funcionamento até novembro deste ano.
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