Estreia de «Amor de Dom Perlimplim com Belisa em Seu Jardim» no Fórum Cultural do Seixal
No dia 13 de junho, pelas 21.30 horas, estreia, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, a nova peça do Teatro da Terra «Amor de Dom Perlimplim com Belisa em Seu Jardim».
Em cena todas as noites até 17 de junho, com texto de Federico Garcia Lorca, tradução de Eugénio de Andrade e encenação de Maria João Luís, «esta peça revela, mais uma vez, a qualidade do trabalho do Teatro da Terra, uma companhia sediada no concelho do Seixal, e a excelência da programação regular a nível cultural do Fórum Cultural do Seixal», refere o presidente da Câmara Municipal, Paulo Silva.
A sinopse da peça sublinha:
A incompreensão é o motor da vida, da obra e da morte de Lorca.
Artista da tragédia, encontrou na incompreensão mútua dos géneros masculino e feminino o ponto de partida para esta inclassificável trama poética. Ele próprio chega a escrever a propósito de «Amor de Dom Perlimplim...» que se trata de uma obra grotesca, uma farsa que termina em tragédia.
O velho e a jovem sensual, infantil e facilmente manipulável, são antes de mais um jogo de contraste, repetido na relação de Dom Perlimplim com a sua criada, para acentuar a comicidade das cenas iniciais, ampliadas ainda pela reprodução da imagem estereotipada da mãe de Belisa.
Dom Perlimplim, homem de meia idade, abastado, mas inexperiente nos negócios do amor, deixa-se convencer pela sua criada a casar com uma jovem muito mais nova, sua vizinha. Belisa é manipulada pela mãe para alinhar num casamento de conveniência, sem a paixão que cultiva com um correspondente anónimo. A viúva, cuja única preocupação é assegurar a sua estabilidade económica, alicia a filha para um casamento recheado, com a possibilidade de atrair outros homens, augurando a infidelidade da filha.
Dom Perlimplim não acredita no futuro da sua relação com a mulher e, desiludido, dispõe-se a morrer por ela, revelando ser ele o amante anónimo por quem Belisa se apaixonou, para grande infortúnio desta.
Lorca quer o drama no público, não nas personagens, cujos traços característicos são habilmente desconstruídos, para que a nossa perceção se debata com a visão de um mundo à frente do seu tempo, que o poeta projeta.
A montagem do Teatro da Terra transporta para a contemporaneidade os temas universais e intemporais do amor e da traição.
Ficha técnica
Encenação: Maria João Luís | Tradução: Eugénio de Andrade | Com: António Simão, Filipa Leão, Marina Albuquerque, Rita Rocha Silva, Teresa Faria, Teresa Tavares e o músico José Peixoto | Cenografia: José Manuel Castanheira | Composição e direção musical: José Peixoto | Figurinos: Cláudia Ribeiro | Desenho de luz: Pedro Domingos | Assistência de encenação, produção executiva: Diana Especial | Fotografia: Alípio Padilha | Ilustração do cartaz: Joana Villaverde | Operação de luz e som: Lucas Domingos | Construção cenográfica: Bento Correia | Assistência de produção: Filipe Gomes e Sónia Guerra | Direção de produção: Pedro Domingos | Produção: Teatro da Terra 2023.
Bilhetes: 10 euros (público em geral) | 6 euros (jovens até 25 anos, reformados, trabalhadores das autarquias do Seixal, profissionais do espetáculo e para Teatro da Terra, para bilhetes adquiridos na bilheteira do Fórum Cultural do Seixal)
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