Salvador Sobral, Deolinda e Agir atuam em abril no Seixal

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O mês de abril traz ao Seixal nomes bem conhecidos do público. Salvador Sobral, vencedor do Festival da Canção, sobe ao palco do Auditório Municipal no dia 29 de abril, integrando as comemoração do Dia Internacional do Jazz, para apresentar o álbum «Excuse Me», o seu primeiro registo discográfico que contou com coprodução musical de Júlio Resende. Ossos do Ofício, RAMP, Deolinda e Agir são os protagonistas das comemorações do 43.º aniversário do 25 de Abril, que traz também ao Seixal O Mundo da Sara, espetáculo direcionado para os mais novos.

Ainda no campo da música, no dia 22 de abril, o Cinema S. Vicente recebe o Projecto Giacometti – Quarteto Artemsax & Lino Guerreiro feat. Marco Fernandes, que irá apresentar o cancioneiro popular português em formato disco, onde a genuinidade da música popular coabita com as novas abordagens estilísticas, patentes nas orquestrações de Lino Guerreiro.

O teatro faz também parte da programação para este mês. No dia 1 de abril, e para comemorar o Dia Mundial do Teatro, o Auditório Municipal recebe a peça «No Limite da Dor», pela companhia Lendias d’Encantar de Beja. Os mais novos podem assistir no dia 2 e 9 de abril à peça «Branca de Neve» e a 23 e 30 de abril à peça «Abelha Maia».

 

Música

 

SALVADOR SOBRAL | EXCUSE ME

Comemoração do Dia Internacional do Jazz

29 de abril, sábado, 21.30 horas, Auditório Municipal do Seixal

Músicos: Salvador Sobral (voz), Júlio Resende (piano), André Rosinha (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria)

M/ 6. Ingresso: 8 euros *

 

* 50 % de desconto para jovens até 25 anos, reformados e trabalhadores das autarquias do Seixal.
** Horário para reservas: segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 14.30 às 16 horas.

 

Inspirações e afinidades de Salvador Sobral no Dia Internacional do Jazz

O Dia Internacional do Jazz traz ao Seixal a apresentação do álbum «Excuse Me», primeiro registo discográfico de Salvador Sobral que conta com coprodução musical do pianista Júlio Resende, do compositor venezuelano Leonardo Aldrey, e do próprio Salvador Sobral.

O álbum, que agora recebe um concerto de apresentação num palco e onde o jazz é particularmente acarinhado, integra maioritariamente temas originais da autoria de Salvador Sobral e Leo Aldrey, mas também dois clássicos de jazz.

Outro dos temas originais do registo é da autoria da irmã, a também cantora Luísa Sobral, que o compôs propositadamente a pensar na interpretação de Salvador. Um tema talhado ao gosto e registo do irmão, que tem em Chet Baker uma referência maior: «I might just stay away» tem tanto do universo do cantor e trompetista norte-americano como do imaginário do português

Ao longo do disco ouve-se um bolero, da autoria do pianista cubano Bola de Nieve. A presença deste tema revela um pouco da paixão indisfarçável que Salvador sente pelos dialetos hispânicos e pela América Latina. Outra presença sul-americana no álbum é a de um tema de Dorival Caymmi, com uma melodia e poesia baiana, e a sonoridade de um português tropical.

No Seixal, à semelhança do que tem acontecido com os concertos deste álbum, o irrepreensível Júlio Resende acompanha ao piano a atuação de Salvador Sobral. A formação conta ainda com André Rosinha no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria.

Nos últimos anos, Salvador viveu nos Estados Unidos e em Barcelona, onde estudou na Taller de Musics, e compôs e criou atuações arrojadas em torno do ídolo Chet Baker. Neste percurso bebeu da bossa nova e recebeu influências da América Latina. O seu álbum é resultado das viagens, inspirações e das afinidades que teceu até agora. O espetáculo é tudo isso... e muito mais.

 

Comemorações do 43.º Aniversário do 25 de Abril

 

Em 2017, o Seixal comemora o 43.º aniversário do 25 de Abril com quatro dias de concertos ao ar livre, na frente ribeirinha do Seixal. Um programa dedicado a todos os públicos para que a revolução se celebre como quando foi conquistada: com o povo na rua a cantar a liberdade.

Programa:

Ossos do Ofício + RAMP
21 de abril, sexta-feira, 21.30 horas
Frente ribeirinha do Seixal
Duas bandas oriundas do concelho do Seixal assumem o protagonismo: o rock puro e duro dos Ossos do Ofício e o som demolidor dos RAMP não deixam ninguém indiferente.

Bandas Filarmónicas + Coro da Unisseixal
22 de abril, sábado, 21.30 horas
Frente ribeirinha do Seixal
Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense
Sociedade Filarmónica União Seixalense
Inspiradas nos ideais da liberdade e da fraternidade, as filarmónicas das sociedades centenárias do Seixal e o coro da Unisseixal sobem ao palco para comemorar Abril. 

O Mundo da Sara
23 de abril, domingo, 16 horas
Frente ribeirinha do Seixal
Um espetáculo dedicado às crianças, que nasceram e cresceram depois do 25 de Abril, porque foi por elas que se fez a revolução. No espaço envolvente ao palco, pinturas faciais para as crianças.

Deolinda + Agir
24 de abril, segunda-feira, 22 horas
Frente ribeirinha do Seixal
No momento alto das comemorações do 25 de Abril, o Seixal apresenta dois projetos bem conhecidos da música nacional. Tradição, inovação e ousadia na noite que celebra a liberdade!


PROJECTO GIACOMETTI – QUARTETO ARTEMSAX & LINO GUERREIRO feat. Marco FERNANDES
Comemorações do 43.º aniversário do 25 de Abril
22 de abril, sábado, 21.30 horas
Artemsax: João Pedro Silva (saxofone soprano), João Cordeiro (saxofone alto), Rui Costa (saxofone tenor) e Hélder Madureira (saxofone barítono).
Arranjos e eletrónica: Lino Guerreiro
Percussão: Marco Fernandes
M/ 6 . Ingresso: 4 euros *

* 50 % de desconto para jovens até 25 anos, reformados e trabalhadores das autarquias do Seixal.
** Horário para reservas: segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 14.30 às 16 horas.

 

 

Projecto Giacometti promove cultura portuguesa na sua modernidade

Michel Giacometti nasceu na Córsega em 1929 e passou parte da infância no Norte de África, sensibilizando-se para a riqueza da diversidade cultural. A partir dos 18 anos, em Paris, realizou estudos de música e arte dramática, e estudou Letras e Etnografia, na Sorbonne.

Chegou a Portugal em finais de 1959 para iniciar o levantamento sistemático da música regional portuguesa. Giacometti criou os Arquivos Sonoros Portugueses, no final da década de 60, tendo convidado o compositor Fernando Lopes-Graça para o projeto.

Até 1983, publicaram várias coleções discográficas, com destaque para a «Antologia de Música Regional Portuguesa». Em 1981, Giacometti e Lopes-Graça publicam o «Cancioneiro Popular Português», coletânea de canções e músicas instrumentais demonstrativa da multiplicidade de géneros e estruturas musicais de cada região.

O Projecto Giacometti trabalhou este cancioneiro popular português em formato disco, onde a genuinidade da música popular coabita com as novas abordagens estilísticas, patentes nas orquestrações de Lino Guerreiro. No âmbito das comemorações do 43.º aniversário do 25 de Abril no concelho do Seixal, a formação traz ao Cinema S. Vicente a divulgação deste trabalho, simultaneamente promotor da identidade cultural portuguesa e indagador da sua dimensão na modernidade.

O projeto é um trabalho de parceria entre o Quarteto ARTEMSAX e o compositor Lino Guerreiro, com a participação especial de diferentes convidados, entre os quais Marco Fernandes, na percussão, que participa igualmente na atuação de 22 de abril, em Aldeia de Paio Pires.  

 

 

Teatro

 

NO LIMITE DA DOR

Comemoração do Dia Mundial do Teatro

1 de abril, sábado, 21.30 horas

Auditório Municipal do Seixal

Por: Companhia de Teatro Lendias d’Encantar (Beja)

Baseado no livro «No limite da dor», de Ana Aranha e Carlos Ademar

Encenação: Júlio César Ramirez

Interpretação: Ana Ademar e António Revez

Duração: 60 minutos

M/ 12. Entrada livre

 

Atores dão corpo a vozes que a ditadura quis silenciar

«No Limite da Dor» começou como uma série de programas de rádio da autoria de Ana Aranha para a Antena 1, chegou a livro em coautoria com Carlos Ademar, e renovou a sua força de testemunho enquanto peça de teatro. Num trabalho da Companhia Lendias D'Encantar, a peça foi escolhida para assinalar o Dia Mundial do Teatro e sobe ao palco do Auditório Municipal dia 1 de abril. A entrada é livre.

Ainda que não existam documentos no arquivo da PIDE/DGS que sirvam como prova da utilização de tortura, são inúmeros os dados e depoimentos que a evidenciam. Em Portugal, além dos espancamentos, foi muito usada a tortura da privação de movimento, de dormir, e de contactos com o exterior. Com a tortura, os verdugos visavam caçar informações, destruir convicções, isolar o indivíduo, e obrigá-lo a agir contra si próprio, os seus e aquilo em que acreditava.

O programa de rádio, e posteriormente o livro, reuniram testemunhos de ex-presos políticos torturados pela PIDE/DGS. Os entrevistados são pessoas de diferentes formações e convicções, mas com algo em comum, a resistência antifascista e o sonho da liberdade. Os testemunhos são de sofrimento, dor e medo, mas também de resistência, determinação e dignidade.

A peça entrelaça quatro destes relatos, protagonizados por dois homens e duas mulheres reais. Georgina, Luís Moita, Conceição e Domingos são as personagens em palco, mas sobretudo gente de carne e osso, a quem os atores emprestam o corpo para que de novo se ouçam as vozes que a ditadura fascista quis silenciar.

A representação ganha a força de um testemunho difícil de esquecer, constituindo uma oportunidade de partilhar a memória da resistência antifascista com os mais novos, já nascidos em liberdade, e menos familiarizados com o período negro que decorreu entre 1932 e 1974, correspondente ao regime ditatorial de António de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano. 

 

BRANCA DE NEVE

2 e 9 de abril, domingo, 16 horas

Cinema S. Vicente

Teatro infantil

Por: Paulo Lage Teatro (Lisboa)

Duração: 45 minutos

M/ 3 . Ingresso: 4 euros

 

ABELHA MAIA

23 e 30 de abril, domingo, 16 horas

Cinema S. Vicente

Teatro infantil

Por: Protagonizamagia Teatro (Lisboa)

Duração: 50 minutos

M/ 2. Ingresso: 4 euros

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