Ponta Delgada é uma verdadeira residência artística

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O ciclo de apresentações do Município de Ponta Delgada, para o segundo dia da BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, deu a conhecer o maior Concelho dos Açores como berço artístico.

Jesse James é um programador cultural e curador independente, que assume desde 2011, a direção artística do Walk&Talk – Festival de Artes nos Açores e foi o primeiro a ter a oportunidade de dar a conhecer e reconhecer este seu projeto, na BTL 2019.

 O Walk&Talk é um festival de arte urbana, que levou o mundo à cidade de Ponta Delgada e regressa a São Miguel de 5 a 20 de julho.

Segundo este responsável a “nona edição deste festival conta com mais de meia centena de artistas, coletivos e curadores, apresenta dezenas de projetos inéditos que cruzam arte, dança, performance, arquitetura, design, cinema e música, e constrói um novo pavilhão temporário que nasce do projeto Artworks & GA Studio”.

Sobre o programa especificamente, Jesse James explicou que este “organiza-se em torno de circuitos de arte, que se estendem a várias localidades e espaços da ilha, acolhe residências artísticas, exposições, espetáculos, concertos, conversas, iniciativas dedicadas ao conhecimento e eventos paralelos”.

A segunda apresentação desde dia foi realizada por António Pedro Lopes, um agitador cultural, consultor criativo e artista de teatro e danc¸a, que usou da palavra na Bolsa de Turismo de Lisboa 2019, a convite da Câmara Municipal de Ponta Delgada, para alertar os presentes para o “tremor”, que se fará sentir de 9 a 13 de abril, na maior ilha dos Açores.

“O que é o Festival Tremor?”, “Como este festival pode ser uma plataforma de apresentação de concertos e espaços?”, “Como a ilha e os centos históricos da cidade se transformam em palcos?”, “Como este festival também é uma plataforma de criação de Residências Artísticas?”, “Quais são as ações de captação de novos públicos?” e “Como se sente o Tremor a nível da adesão do público, do seu impacto económico e da sua divulgação nos órgãos de comunicação social regional, nacional e internacional?” foram algumas das questões respondidas pelo codirigente deste festival.

O festival Tremor nasceu com a Associac¸a~o Cultural Pluta~o Camalea~, fundada no final de 2016, em Ponta Delgada, para marcar a unia~o entre a Lovers & Lollypops, uma editora discográfica do Porto, o curador independente Anto´nio Pedro Lopes e a YUZIN -Agenda Cultural e este ano apresenta a sua sexta edição.

O Tremor deste ano, à semelhança das outras edições, vai ocupar vários espaços da ilha de São Miguel, e Ponta Delgada vai continuar a ser o palco de destaque para 30 bandas regionais, nacionais e internacionais, numa programação que se estende por mais de vinte horas de música, residências artísticas e várias surpresas.

Para esta edição que já esgotou a bilheteira, no total, são mais de 40 artistas regionais, nacionais e internacionais (de 15 nacionalidades diferentes) que prometem repetir o sucesso dos últimos seis anos de Tremor.

A par dos concertos, o Tremor 2019 apresentará também aquele que será, provavelmente, o cartaz mais ambicioso de residências artísticas desde a sua primeira edição, com uma programação interdisciplinar, que inclui concertos, interações na paisagem, laboratórios e momentos dedicados ao pensamento e à arte, que se fundem com os espaços e a comunidade local.

O dia terminou com os “eventos âncora” de Ponta Delgada, numa comunicação feita pelo historiador José de Almeida Mello, que está responsável pela Unidade Orgânica de Património Cultural da maior Autarquia dos Açores.

Destacando as festividades mais marcantes, durante a sua intervenção este orador descortinou as peculiaridades dos vários eventos, que se realizam ao longo do ano um pouco por todo o Concelho e realçou que “Ponta Delgada é uma Festa”.

Nada foi esquecido, desde as festas mais tradicionais como as “Grandes Festas do Divino Espírito Santo”, que se realizam sempre no segundo fim-de-semana de julho e que todos os anos levam milhares de emigrantes a Ponta Delgada, às festividades mais recentes como a “PDL White Ocean”, que desde 2015 inunda a cidade, as ruas, os hotéis, os restaurantes, as lojas e os bares de branco, no primeiro sábado de agosto.

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