Caminhos do Cinema Português: Jurados da Seleção Caminhos já são conhecidos

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Já tinham em comum a cinefilia e uma bagagem profissional associada às mais variadas expressões artísticas, da palavra escrita ao cinema. Agora, são também unidos pelo papel de jurados da Seleção Caminhos que desempenham em conjunto. Joana Toste, João Nuno Pinto, Pandora da Cunha Telles, Tathiani Sacilotto e Tiago Salazar integram o júri responsável pela atribuição dos Prémios Oficiais e Técnico-Artísticos da XXVI Edição do Festival Caminhos do Cinema Português.
 
A Seleção Caminhos é a principal secção competitiva do Festival, pois nela se encontram os principais filmes portugueses do ano, oferecendo um olhar abrangente sobre o panorama nacional da sétima arte na animação, documentário e ficção.
 
O Júri da Seleção Caminhos tem, a seu cargo, a responsabilidade de atribuir 21 distinções, 15 das quais correspondem a vertentes técnico-artísticas que culminam no Grande Prémio do Festival - “Turismo do Centro”. Prova de que esta condecoração reflete a diversidade do próprio cinema português é o facto de filmes tão distintos quanto “Cabaret Maxime”, de Bruno de Almeida, e “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, terem vencido edições anteriores do Caminhos (2018 e 2019, respetivamente).
 
Numa curta nota biográfica
 
Com um percurso académico que cruzou os trilhos do design industrial, da pintura, da joalharia e da cerâmica, Joana Toste é, hoje, animadora e ilustradora. Em 2004, lançou a sua própria produtora, a Gomtch Gomtch - projeto que, à semelhança de tudo o que cria, teve nas “relações humanas” a sua maior fonte de inspiração. Em 2009, o Festival Caminhos do Cinema Português atribuiu-lhe o Prémio Don Quijote pelo filme “Guisado de Galinha” (2008).
 
A curta “Skype Me” (2008) e as longas-metragens “América” (2010) e “Mosquito” (2020) notabilizaram João Nuno Pinto no meio cinematográfico, enquanto realizador, produtor e argumentista. Foram, no entanto, as campanhas publicitárias que desenvolveu no início da carreira que lhe valeram as primeiras distinções internacionais. No presente, “Mosquito” é o candidato português à categoria de Melhor Filme Ibero-Americano na 35.ª edição dos Prémios Goya.
 
Pandora da Cunha Telles assina a produção de uma extensa e diversa filmografia, composta, entre outras películas, por “Florbela” (2012), O Homem que Matou Dom Quixote” (2018), “Soldado Milhões” (2018) ou “A Arte de Morrer Longe” (2020). Em 2021, a produtora executiva da Ukbar Filmes prepara-se para lançar “Amadeo” e “A Crónica dos Bons Malandros”.
 
Com uma experiência profissional que ultrapassa a marca dos 15 anos, Tathiani Sacilotto tem em “Pedro e Inês” (2018) a sua mais célebre produção cinematográfica. São, no entanto, mais de 30 os filmes por si produzidos, numa combinação entre documentários, curtas e longas-metragens. Persona Non Grata, produtora cuja direção partilha com António Ferreira, tem vindo a afirmar-se “em virtude do caráter internacional dos seus filmes que permite uma grande circulação em festivais por todo o mundo”.
 
Jornalista, escritor e viajante, Tiago Salazar é o quinto nome a fechar o Júri da Seleção Caminhos. Da televisão conhecemos-lhe o programa “Endereço Desconhecido”; da literatura as obras “Viagens Sentimentais” (2007), “Hei-de Amar-te Mais” (2013) ou “A Escada de Istambul” (2016). Esta última valeu-lhe o Prémio Mais Literatura, atribuído na XVII Gala Prémios Alentejo.
 
Joana Toste, João Nuno Pinto, Pandora da Cunha Telles, Tathiani Sacilotto e Tiago Salazar juntam-se assim aos já anunciados Júri de Imprensa CISION e Júri das Seleções Ensaios e Outros Olhares. Ficam apenas por anunciar os jurados da Federação Internacional de Cineclubes / IFFS que irão atribuir o Prémio Don Quijote. O Festival Caminhos do Cinema Português regressa a Coimbra a partir de 9 de novembro com sessões no Cinema Avenida - Estúdio 2 e no Teatro Académico de Gil Vicente.

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