Semana de Cinema no Feminino na Casa do Cinema de Coimbra
A Casa do Cinema de Coimbra termina março celebrando o cinema protagonizado no feminino. Além de recebermos a primeira edição do Festival Batom, um evento que reúne mulheres inspiradoras, de diferentes áreas, para pensar, partilhar, agitar, intervir e mudar o lugar da mulher na sociedade, promovemos a exibição de vários filmes que se debruçam sobre o que é ser mulher, a sua relação com a maternidade e a sua condição na vida em sociedade.
Apresentamos na programação dos próximos dias obras protagonizadas por atrizes cujo desempenho fundamental nas histórias das mulheres que representam lhes galardoou importantes distinções em festivais de renome, bem como a nomeação a vários dos Óscares que se decidem no próximo dia 28.
“A Pior Pessoa do Mundo”, de Joachim Trier, filme nomeado aos Óscares de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Argumento Original, que tem no papel principal a atriz Renate Reinsve, vencedora do Prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes 2021. O drama acompanha as decisões e hesitações de Julie, uma jovem mulher que procura o seu verdadeiro ‘eu’, enquanto atravessa as reticências da sua relação com Aksel, lida com a pressão da maternidade e joga com os limites da traição no encontro com Eivind. Em exibição às 15h00 de 24 (quinta) e 30 (quarta) de Março.
“Mães Paralelas”, de Pedro Almodóvar, com Penélope Cruz, candidata ao Óscar de Melhor Atriz, no papel de Janis que conhece Ana (Milena Smit) num quarto de uma maternidade, quando estão prestes a dar à luz. O filme explora a forma como cada mulher lida com a maternidade, Janis (mais velha) lida com a sua gravidez não planeada alegremente, enquanto que a jovem Ana se sente perdida nesta nova fase da sua vida. Em exibição nos próximos dias 24 (Quinta às 21h30), 25 (sexta às 18h00), 26 (sábado às 21h30) e 30 de Março (quarta às 18h00).
“A Filha Perdida”, o primeiro filme de Maggie Gyllenhaal, candidato aos Óscares de Melhor Argumento Adaptado, e de Melhor Atriz e Melhor Atriz Secundária para Olivia Colman e Jessie Buckley, respetivamente. Um drama psicológico sobre os diversos desafios da maternidade, “A Filha Perdida” acompanha Leda, uma professora de meia-idade que está de férias na Grécia, que observa e se interessa, obsessivamente, por uma mãe e filha, que a fazem regressar à sua experiência enquanto mãe e reavaliar as suas decisões. Em exibição nos dias 25 (Sexta às 21h30) e 26 de Março (sábado às 18h00).
Ainda no ciclo “Brasil Musical”, as duas últimas exibições contam com filmes que exploram a vida de duas cantoras brasileiras que marcaram a música do país: Elis Regina e Elza Soares.
“Elis”, de Hugo Prata — Uma cinebiografia que conta a história de Elis Regina, desde o início da sua carreira até à sua morte trágica e precoce. O filme parte da sua chegada ao Rio de Janeiro com 19 anos, passa pelos atritos que tinha com a editora, pela sua influência no Brasil e símbolo da libertação feminina durante o período de ditadura militar, até o momento em que, com o sucesso conquistado, se vê sem saída perante a angústia que a corrói. Em exibição Quinta 24 às 18h00.
“My Name is Now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, por outro lado, nega a abordagem biográfica e aposta numa viagem pela personalidade da artista, criando um retrato íntimo e sensorial desta “Mulher do fim do Mundo”. Ao mesmo tempo que conta, de forma assumidamente "visceral", os altos e baixos da história da cantora, tenta também traçar, através da voz de Elza, um retrato do Brasil ao longo desses tempos. Em exibição Quinta 31 de Março às 18h00.
Por fim, a primeira edição do Festival BATOM apresenta-nos duas sessões na Casa do Cinema de Coimbra, nos dias 25 e 26 de março às 16h00, com filmes feitos com e por mulheres, com a curadoria do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival.
Sexta 25 Mar — Sessão de curtas-metragens com “Cellfie”, de Débora Mendes, “Flor de Estufa”, de Laís Andrade, “Black Mamba”, de Amel Guellaty, “37 Days”, Nikoleta Leousi, “Tuk Tuk”, de Mohamed Kheidr, que explora a questão do trabalho e precariedade no feminino.
Sábado 26 Mar — A curta-metragem “Ferrotipos” de Nüll García, coloca-nos na perspectiva de uma modelo que vai fazer uma sessão fotográfica com um fotógrafo de renome. O homem propõe tirar as fotos com o busto despido, para transmitir a insegurança provocada pela nudez. Ele quer falar de quão vulneráveis se sentem as mulheres nesta sociedade. A longa-metragem “I Am the Revolution”, de Benedetta Argentieri, conta a história de três mulheres revolucionárias do Médio Oriente, que dirigem a luta pela liberdade e igualdade de género.
Bilhetes Pontuais:
· Normal a 5€;
· Reduzidos a 4€;
· Sócios da CCP/AACC a 2€
Passe de 10 Sessões:
· Normal 30€
· Reduzido 25€
A Casa do Cinema de Coimbra abre a sua bilheteira 30 minutos antes de cada sessão e situa-se no piso 0 das Galerias Avenida na Av. Sá da Bandeira.
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