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Edifícios de escritórios com certificações ambientais registam rendas mais elevadas e taxas de disponibilidade menores

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  • Estudo divulgado pela consultora imobiliária CBRE analisa a evolução da oferta de escritórios e da ocupação ao longo dos últimos cinco anos, em 15 cidades europeias, incluindo Lisboa.
 
  • Em Lisboa, o peso da oferta de escritórios com certificados no edificado total aumentou para 2,9% no final do primeiro semestre de 2021 em comparação com apenas 0,3% em 2016.
 
  • Ainda na capital portuguesa, 10,2% da área ocupada nos primeiros seis meses do ano foi em edifícios certificados.
 
  • No que diz respeito às rendas, conclui-se que os edifícios certificados têm um prémio entre 13 e 29%, num período de cinco anos, relativamente aos edifícios não certificados, consoante os mercados, sendo a média de 21%.
 
Lisboa – 16 de dezembro de 2021 – Em resposta a uma crescente preocupação com a sustentabilidade nos ativos imobiliários, a CBRE acaba de divulgar o estudo ‘Is sustainability certification in Real Estate worth it?’, através do qual conclui que os edifícios certificados registam rendas mais elevadas e taxas de disponibilidade mais baixas do que outros sem qualquer certificação.
 
O estudo analisa a evolução da oferta de escritórios e da ocupação aos longo dos últimos cinco anos, em 15 cidades europeias, incluindo Lisboa, compreendendo um total de 128 milhões de metros quadrados. Foram considerados edifícios com as certificações BREEAM, LEED e WELL, assim como HQE, específica de França. O estudo procura ainda responder à seguinte questão: terão os edifícios certificados características distintas de desempenho – ocupação, renda e disponibilidade – diferentes das de edifícios não certificados?
 
De uma forma geral, os benefícios dos edifícios sustentáveis estão associados a quatro categorias: impacto ambiental positivo, através da redução de resíduos e emissões de gases de efeito estufa (GHG) em todo o ciclo de vida do edifício; redução de custos, através do menor consumo de água e energia assim como menores custos de operação e manutenção; maior conforto, bem-estar e produtividade resultantes de melhor qualidade ambiental; e melhoria da reputação corporativa resultante do compromisso com os requisitos de sustentabilidade corporativa.
 
Aumento do edificado de escritórios com certificações
No conjunto de cidades analisadas, verificou-se que, nos últimos cinco anos, a área em edifícios de escritórios com certificações aumentou mais rapidamente que o total da oferta existente, sendo que em alguns mercados por uma margem ampla.
Mesmo em mercados onde existiu uma contração do edificado de escritórios, como é o caso de Lisboa e Copenhaga, verificou-se um aumento considerável na oferta de escritórios certificados. Em Lisboa, o peso da oferta de escritórios com certificados no edificado total aumentou para 2,9% no final do primeiro semestre de 2021 em comparação com apenas 0,3% em 2016.
 
Maior peso na ocupação de escritórios com certificações
O estudo confirmou que o peso da ocupação em edifícios certificados relativamente à ocupação total aumentou para 31% na primeira metade de 2021 em comparação com apenas 24% em 2016. Apesar da tendência ser clara, não é o resultado de um crescimento linear, tendo-se verificado grandes variações em alguns mercados. Em Lisboa, 10,2% da área ocupada nos primeiros seis meses do ano foi em edifícios certificados. Esta tendência de crescimento deverá consolidar-se à medida que surgem novos projetos de construção.
 
Redução da disponibilidade
Verificou-se também uma menor taxa de disponibilidade em edifícios certificados. Em 2020, devido à pandemia, registou-se um aumento generalizado da taxa de disponibilidade, incluindo em edifícios certificados. No entanto, com a recuperação dos mercados após a pandemia, a taxa de disponibilidade em edifícios certificados está novamente a descer, contrariamente a edifícios não certificados.
A tendência geral mostra que os edifícios certificados registam taxas de disponibilidade mais baixas do que o mercado em geral. No caso de Lisboa, no final de junho verificou-se uma diferença de 5,9 p.b. entre a taxa de disponibilidade em edifícios certificados (1,6%) e o mercado em geral (7,5%).
No futuro, os fundamentais de mercado e a agenda ESG poderão resultar num aumento da disparidade entre da taxa de disponibilidade em edifícios certificados e não certificados.
 
Aumento das rendas
No que diz respeito às rendas, concluiu-se que os edifícios certificados têm um prémio entre 13 e 29%, num período de cinco anos, relativamente aos edifícios não certificados, consoante os mercados, sendo a média de 21%.
 
 
 
 
 
Valorização dos imóveis
Regra geral, os certificados de sustentabilidade têm um impacto fundamental nas características de um edifício e, portanto, também maior influência no seu valor. No entanto, podemos argumentar se é a certificação por si só ou as características únicas que o edifício atingiu durante a certificação ou mesmo a sua localização que têm maior impacto na valorização do edifício.
 
 
Sobre o Grupo CBRE
 
O Grupo CBRE, Inc. (NYSE:CBG), é uma empresa classificada na Fortune 500 e S&P 500, com sede em Dallas, líder mundial na prestação de serviços para o setor imobiliário (com base em receitas de 2020). Com mais de 100.000 colaboradores a nível mundial, a CBRE desenvolve a sua atividade para investidores e ocupantes em mais de 100 países. Em Portugal, a CBRE oferece um conjunto de serviços integrados, que incluem consultoria estratégica e mediação em operações de venda e arrendamento de imóveis, promoção, investimento imobiliário, gestão de imóveis, gestão de ativos, gestão de projetos, serviços de avaliação e research. Em Portugal, a empresa está presente desde 1988, apoiando clientes em todo o ciclo do produto imobiliário. Para mais informações, visite o nosso site em www.cbre.pt.
 

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