INVESTIDORES IMOBILIÁRIOS DO MÉDIO ORIENTE GASTAM 73% DO SEU CAPITAL EXTERNO NA EUROPA EM 2014
- 9,6 mil milhões de euros foram gastos no mercado imobiliário comercial europeu em 2014 -
- Médio Oriente é terceira maior fonte de capital transregional a nível global -
- Arábia Saudita é o investidor com o crescimento mais rápido do Médio Oriente -
Lisboa, 04 de maio de 2015 – Empresários do Médio Oriente investiram um total de 13,3 mil milhões de euros em mercados estrangeiros o ano passado, valor que coloca o Médio Oriente como a terceira maior fonte de capital transregional do mundo, apesar da queda registada ao nível dos gastos globais de acordo com o relatório “Middle East In and Out 2015” da CBRE.
A Europa continua a ser o mercado preferido dos investidores do Médio Oriente, tendo recebido 9,6 mil milhões de euros em 2014. Tal como aconteceu com outros grupos de investidores, 2014 registou uma grande mudança no que diz respeito às estratégias de investimento, que passaram a contemplar algumas zonas da Europa de segunda linha, como é o caso de Amesterdão, Frankfurt, Budapeste e Madrid. Apesar de continuar a ser o mercado mais popular, Londres recebeu apenas 32% do investimento o ano passado, uma percentagem inferior aos 45% conseguidos em 2013. Paris e Nova Iorque aumentaram a sua fatia no total de investimentos o ano passado, com 16% e 10%, respetivamente. Londres e Paris foram os únicos dois mercados a manter-se no top cinco do ranking global em 2014.
Investidores Médio Oriente: Top Mercados Alvo, 2014
Mercado | Total investido ( Milhões de Dólares) |
Londres | 4,442 |
Paris | 2,223 |
Nova Iorque | 1,345 |
Alemanha Outros | 802 |
Reino Unido Outros | 702 |
Iryna Pylypchuk, diretora da Global Capital Markets Research na CBRE, comentou: “Houve um decréscimo do investimento externo desta região, que passou dos 15,2 mil milhões de euros investidos a nível global em 2013, para os 13,3 mil milhões de euros registados o ano passado. Em parte, esta diferença deve-se à dificuldade que existe em aceder aos produtos e aos lotes de grande dimensão que integram a lista de preferências dos investidores. Apesar disto, e olhando para o futuro tendo sempre em conta a queda do preço do petróleo, as aquisições imobiliárias através de fundos soberanos deverão diminuir um pouco mais em 2015, bem como nos próximos tempos.”
Historicamente, os fundos soberanos dominaram as tabelas de investimento no Médio Oriente – representando cerca de 50% das aquisições imobiliárias comerciais a nível internacional em 2013. Embora continue a ser o maior grupo de investidores, os particulares com maior capacidade de investimento do Médio Oriente, o setor privado e os restantes canais coletivos registaram um papel mais significativo no mercado imobiliário em 2014.
Capital Externo por Tipo de Investidor
tipo de investidor | 2014 Milhões de dólares |
2013 milhões de dólares |
Fundo Soberano | 5,835 | 8,453 |
Institucional Outro | 1,012 | 2,516 |
Propriedade da Empresa | 2,893 | 1,238 |
Privado | 2,518 | 1,539 |
Outro Veículo Coletivo | 1,693 | 1,349 |
Outro | 116 | 1,134 |
Total | 14.1 mil milhões | 16.3 mil milhões |
“Ao contrário da tendência que envolve os fundos soberanos, a diminuição do preço do petróleo pode ter promovido não só um aumento do investimento internacional proveniente de capital privado, como também uma aceleração dos negócios que não teria sido registada nas condições anteriores. O nosso estudo mostra claramente uma maior alocação de investimentos ao setor imobiliário e um aumento dos negócios no mercado internacional. Este contexto teve um impacto significativo na Europa, onde a combinação de investimentos provenientes de fortunas privadas e fundos de capital do Médio Oriente registou um crescimento anual de 49%, para 5,5 mil milhões de euros”, acrescentou Pylypchuk.
A Arábia Saudita é a fonte de investimento externo do Médio Oriente a registar um ritmo de crescimento mais rápido. As saídas líquidas de capital do Reino Unido cresceram rapidamente em 2014, com 2,15 mil milhões de euros investidos, um número significativo tendo em conta que não existiu qualquer investimento feito em 2013. O Qatar foi a maior fonte de capital do Médio Oriente em 2014, com 4,6 mil milhões de euros investidos.
Apesar da diminuição registada ao nível dos gastos, Nick Maclean, Managing Director da CBRE Middle East, indicou que: “O investimento do Médio Oriente no setor imobiliário internacional proveniente de fontes privadas, familiares e de investidores sauditas aumentou com a crescente importância da diversificação geográfica. Acreditamos que esta tendência vai ganhar ritmo nos próximos anos.”
Em Portugal, o investimento proveniente do Médio Oriente tem sido inexpressivo nos últimos anos, estando o nosso país fora do radar dos fundos soberanos e dos grandes Familly Offices da região. No entanto, existem sinais claros de que esta tendência está a inverter-se, atendendo ao crescente número de consultas sobre o mercado Português e visitas de delegações de investidores provenientes da região durante o primeiro trimestre de 2015. Este interesse abrange segmentos de mercado que vão desde os escritórios ao retalho, passando pelo residencial.
Sobre o Grupo CBRE
O Grupo CBRE, Inc. (NYSE:CBG), é uma empresa classificada na Fortune 500 e S&P 500, com sede em Los Angeles, líder mundial na prestação de serviços para o setor imobiliário (dados relativos a 2014). Com aproximadamente 52 mil colaboradores a nível mundial (excluindo empresas afiliadas), a CBRE desenvolve a sua atividade para promotores, investidores e ocupantes através de aproximadamente 370 escritórios em todo o mundo (excluindo empresas afiliadas). Entre os seus serviços contam-se a consultoria e mediação em operações de venda e arrendamento de imóveis, administração de imóveis, gestão de projetos, serviços de avaliação, promoção, investimento imobiliário, research e consultoria. Em Portugal a empresa está presente desde 1988, prestando uma vasta gama de serviços em todo o território nacional.
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