O QUE QUEREM REALMENTE OS MILLENNIALS?
- Novo estudo da CBRE desafia os mitos referentes aos Millennials e as perceções sobre como fazem compras, vivem e trabalham –
Os Millennials estão na vanguarda da utilização de tecnologia e esse facto acaba por redefinir a forma como fazem compras. No entanto, contrariamente às expectativas, 70% dos millennials preferem comprar numa loja, mesmo quando têm a hipótese de comprar online – algo que não deverá mudar dramaticamente no futuro – de acordo com o novo estudo “Millennials: mitos e realidades” da CBRE.
A CBRE levou a cabo um dos mais exaustivos e detalhados estudos globais, um projeto onde foram entrevistados 13.000 millennials com idades entre os 22 e os 29 anos, de 12 países diferentes, para avaliar como vivem, trabalham e se divertem e o seu impacto nas tendências futuras do mercado imobiliário.
Os millennials são a primeira geração num mercado verdadeiramente digital. Este acesso imediato a qualquer parte do mundo online está na base de uma crescente crença de que a satisfação imediata é algo que deve ser alcançado em todos os aspetos da vida.
Quase metade dos inquiridos quer aceder a um produto de forma imediata. Os millennials querem poder ver, tocar, sentir e testar o produto na loja. Muito embora 27% das compras sejam realizadas online pela maioria dos millennials, a popularidade das compras online varia dramaticamente de país para país devido às diferentes dinâmicas do retalho.
Em países onde existem redes de retalhistas internacionais bem estabelecidas, é provável que a penetração online seja mais elevada que em países onde os retalhistas são locais. . Quando o comprador millennial faz uma compra online, ele pretende que o produto seja entregue em casa. Uns significativos dois terços das pessoas referem preferir a entrega em casa, seguido da entrega no local de trabalho e da opção ‘click and collect’ (recolha num local estipulado) como terceira escolha.
O lazer é ainda uma parte cada vez mais importante da vida dos millennials e 50% do seu rendimento é canalizado para refeições fora de portas, compras, cinema e espetáculos.
As conclusões do relatório revelam ainda que esta geração de jovens adultos enfrenta desafios significativos na procura de locais para viver com preços equilibrados. Este facto fica a dever-se ao elevado custo dos imóveis e das rendas, argumento a que se junta a instabilidade profissional. Quase metade (49%) dos inquiridos entrevistados vive ainda com os seus pais, e 74% refere que os seus ordenados não acompanham o preço do mercado imobiliário, o que constituiu uma das principais razões por ainda viverem com a família. Um total de 65% indicou que optam pelo arrendamento ao invés da aquisição de casa por causa de circunstâncias financeiras.
O estudo aborda ainda as pretensões dos millennials no que respeita ao emprego. Um total de 64% considera-se afortunado por ter emprego e deseja trabalhar para um reduzido número de empresas durante a sua carreira. No entanto, o nível de lealdade para com a empresa não é elevado e os colaboradores estão dispostos a mudar de trabalho, caso haja melhores oportunidades quanto a salário, formação, desenvolvimento profissional e oportunidade de trabalhar com pessoas com o mesmo tipo de interesses. De acordo com o estudo da CBRE, 78% dos inquiridos olham para a qualidade do seu local de trabalho como um fator chave quando escolhem uma empresa onde trabalhar. O salário e os benefícios continuam a ser os principais fatores para escolha de emprego, mas se removermos o dinheiro da equação, o equilíbrio trabalho/vida pessoal sobressai juntamente com outros fatores como bom ambiente no local de trabalho. Na verdade, 69% dos inquiridos indicam que não se importariam de abdicar de outros benefícios em prol de um melhor ambiente de trabalho, sublinhando a crescente pressão que recai sobre as empresas quando se fala em atrair e manter talentos de topo.
Cristina Arouca, diretora de Research & Consultoria da CBRE, refere: “As conclusões do nosso estudo deitaram por terra algumas teorias e reforçaram outras. O facto dos millennials terem entrado no mercado de trabalho num período de grandes alterações económicas a nível global teve um profundo impacto nos locais onde trabalham, vivem e se divertem. Para as entidades empregadoras, a envolvente do escritório e o desenho do espaço de trabalho são fatores que requerem atualmente especial atenção e onde vale a pena investir. De uma perspetiva de retalho, é uma certeza que a loja física mantém a sua relevante posição no processo de compra do cliente. O online é visto como um canal complementar à experiência de compra na loja, e não como uma alternativa direta. Isto significa que é cada vez mais importante que os retalhistas a criem experiências envolventes para assegurarem que os clientes têm uma razão para visitarem várias vezes as lojas. É um facto: os millennials são o futuro e é essencial conhecer profundamente as suas pretensões e, de forma muito particular, aquilo que não querem”.
Link para o estudo completo: http://www.cbre.com/about/Live-Work-Play-2016
Em anexo segue comunicado de imprensa completo + infográficos.
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