A disputa pelo movimento: necro-política, necro-estética, e o não-tempo da luta André Lepecki
CCB . 30 março . quinta-feira . 18h30 . Sala Sophia de Mello Breyner Andersen
Nesta fala, «movimento» será tratado como substância política fundamental. Como se viu durante os vários lockdowns provocados pela pandemia de Covid-19, esta substância revelou-se como o cerne de disputas acirradas à volta do conceito de liberdade. Atentando para algumas performances recentes (particularmente de mayfield brooks e de Sara Cameron Sunde), veremos como os modos específicos dessa disputa se manifestam no momento atual e nos ajudam a repensar — juntamente com a teoria crítica de Denise Ferreira da Silva, Michelle Wright e Sylvia Wynter – os fundamentos daquilo que ainda insistimos em chamar de «tempo». Ou seja: um outro título para esta fala poderia ser, simplesmente, «A luta contínua: para uma coreopolítica sem tempo».
André Lepecki é ensaísta e curador independente baseado em Nova Iorque. Professor Catedrático e Diretor do Departamento de Estudos da Performance na New York University (NYU). Doutorado pela NYU. Editor de várias antologias em teoria da dança e da performance. Foi diretor de festivais e criou projetos para HKW-Berlin, MoMA-Warsaw, MoMA PS1, the Hayward Gallery, Haus der Künst-Munich, Sydney Biennial 2016, entre outras instituições. Autor de Exhausting Dance: performance and the politics of movement (2006, publicado em treze línguas) e de Singularities: dance in the age of performance (2016). Nos anos 1980 e 1990, foi dramaturgo dos coreógrafos Vera Mantero, João Fiadeiro, Francisco Camacho e Meg Stuart/Damaged Goods. Premiado em 2008 com o prémio «Best Performance» da Association Internationale des Critiques d’Art (Secção EUA), pela direção e cocuradoria do redoing autorizado de 18 Happenings in 6 Parts de Allan Kaprow (uma encomenda de Haus der Kunst Munich 2006, apresentado na PERFORMA 07). Desde 2003, colabora com a artista de performance Eleonora Fabião em várias das suas ações.
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