BOOM! de Tennessee Williams Miguel Loureiro

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O ator e encenador Miguel Loureiro estreia no palco do Pequeno Auditório do CCB a versão integral de The Milk Train Doesn’t Stop Here Anymore (1963), uma das últimas peças de Tennessee Williams, uma das figuras cimeiras do teatro norte-americano do século XX.

CCB . 8 a 10 abril . Pequeno Auditório
sexta: 21h00 / sábado: 19h00 / domingo: 16h00

Autoria Tennessee Williams
Tradução e dramaturgia Miguel Graça
Encenação Miguel Loureiro
Cenários André Murraças
Figurinos Fernando Alvarez
Luzes Daniel Worm
Som Sérgio Milhano/Pontozurca
Cabelos Natália Bogalho
Maquilhagem Jorge Bragada
Produção executiva Nuno Pratas
Agradecimentos Cândida Murraças, Cristiana Couceiro, Teatro Aberto
 
Interpretação Álvaro Correia, António Ignês, David Almeida, João Gaspar, João Sá Nogueira,
Miguel Loureiro e Rita Calçada Bastos
 
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João e Culturproject
Projeto financiado por República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes.
 
The Milk Train Don't Stop Here Anymore é apresentado através de um acordo especial
com a University of the South, Sewanee, Tennessee.
 
 
Uma velha senhora (Flora Goforth), rica, doente, a morrer, viciada no álcool e nos medicamentos, hipocondríaca, dita as suas memórias a uma secretária, Blackie, do alto do seu monte, uma villa italiana a sul de Nápoles, na Divina Costiera. É guardada por um capataz (Rudy) com cães ferozes que a protegem do Mundo, depois de um passado agitado, quatro casamentos enterrados.
Um intruso, espécie de Anjo da Morte, o jovem belo Flanders, figura crística de redenção, poeta, criador de móveis, que tem como estranha profissão dar apoio a velhas senhoras ricas que se preparam para morrer. Versado nos mistérios da filosofia hindu, que usa como consolo. Uma amiga, a «Bruxa de Capri», Marquesa Condetti, cúmplice e companhia de Flora, par na excentricidade, que profetiza a vinda do jovem. Dois criados ainda, Simonetta e Giulio, que içam e descem bandeiras da villa da velha senhora.
Cenário e galeria bizarros de uma peça sobre a redenção, o erotismo, o misticismo, a doença e o fim dos caminhos. Os velhos temas. Tudo num quadro de excessivo camp, de estranheza e desajustamento, uma das últimas peças de Tennessee Williams, 1963, que terá sido um flop à estreia. Transposto também em fracasso no cinema, por Elizabeth Taylor e Richard Burton.
A proposta deste espetáculo é lançada então a partir desta perplexidade, deste desamparo na compreensão da fábula que propõe, fábula sobre os seres singulares, sobre a perda do seu encanto, e sobre o Grande Desconhecido que os aguarda, a eles e a nós. Um espetáculo de excessos sobre o Excesso.
 
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Oficinas Críticas #1: Boom!, de Miguel Loureiro
Luís Mestre
9 e 14 abril 2022 na Sala Lopes-Graça
 
9 abril | 17h00: sessão presencial. O valor da oficina inclui um bilhete para o espetáculo Boom!, de Miguel Loureiro, no dia da sessão presencial (9 abril, 19h00).
 
14 abril | 18h30: sessão online a realizar-se via Zoom. O link será partilhado, até à véspera da sessão, com os participantes que comparecerem à sessão presencial.
 
As Oficinas Críticas, que se desenvolvem ao longo de três sessões, têm como objectivo aguçar o espírito observador e a análise crítica do teatro hoje.
Na primeira sessão, o dramaturgo e encenador Luís Mestre partilhará o movimento de transformação do drama até à contemporaneidade, para depois dotar os participantes com ferramentas de análise crítica e teatral.
Após o espetáculo, Boom!, que constitui a segunda sessão, haverá uma sessão final na qual os participantes usarão os conceitos abordados.
O teatro é cada vez mais diverso, sobrepondo múltiplos artistas e áreas criativas. Por vezes, é difícil encontrar a nossa porta de entrada no espectáculo enquanto espectador emancipado e agente activo. Este é o ponto de partida do acto crítico.
Luís Mestre
(o autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico)

 

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