CCB | Concertos Nómadas sextas às 19h00

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Concertos Nómadas

 
La fièvre du temps – Bailados Portugueses vol. I
Duarte Pereira Martins & Philippe Marques
7 outubro . sexta-feira . 19h00 . Centro de Congressos e Reuniões
 
Bomtempo | Beethoven
Philippe Marques
14 outubro . sexta-feira . 19h00 . Centro de Congressos e Reuniões

 

La fièvre du temps – Bailados Portugueses vol. I
Duarte Pereira Martins & Philippe Marques

 
Três bonecos ganham vida sob a arte de um mago. Pétrouchka ama a Bailarina, que o rejeita; a Bailarina prefere o Mouro. Pétrouchka, transtornado, desafia o Mouro para um duelo e acaba por morrer. O seu fantasma paira sobre o teatrinho de bonecos quando a noite cai — e o Mago fá-lo desaparecer de vez. Disto nos fala o bailado de Stravinsky que inicia este percurso por cinco bailados com cerca de um século, adaptados desta feita ao piano tocado a quatro mãos. Tal como Pétrouchka, também a Cinderela de Prokofiev e La Valse — un chef-d'œuvre, nas palavras do célebre empresário Diaghilev — dispensam apresentações. Mas já não será assim com as duas obras portuguesas que se intercalam em La fièvre du temps. O lirismo da obra de Ruy Coelho, que retrata a história de uma princesa de belos cabelos que sofre um terrível castigo após recusar ser penteada por uma anciã que era, afinal, o Diabo, contrasta com os ritmos ásperos de Paris 1937, obra onde Lopes-Graça faz desfilar uma sequência de movimentos dançantes.
O concerto marca o lançamento do CD Bailados Portugueses – vol. I.

 

Bomtempo | Beethoven
Philippe Marques

 
Em Agosto de 1822, cerca de um mês antes da ratificação da primeira carta constitucional portuguesa, João Domingos Bomtempo funda em Lisboa a Sociedade Filarmónica, projecto há muito pensado pelo compositor para corrigir a grave lacuna do desconhecimento do grande repertório instrumental europeu no meio musical português.
O conjunto das sonatas para piano de Bomtempo são o mais importante contributo de um autor português para o repertório pianístico do séc. XX. Apesar dos avanços e recuos estilísticos, não apresentando propriamente uma evolução linear na sua escrita, estas obras enquadram-se plenamente na produção europeia do seu tempo. É possível, inclusivamente, destacar inovações na escrita pianística e muitos pontos onde já se prenuncia o estilo romântico, que denotam um conhecimento apurado do autor português em relação às obras de Beethoven, Clementi ou John Field.
Neste recital, é precisamente com duas sonatas de Beethoven que dialoga a obra de Bomtempo, aproveitando para celebrar igualmente o bicentenário da composição da derradeira sonata (op. 111) do mestre de Bona. Esta é a música representativa do progresso, da democracia e da liberdade.



PRÓXIMOS CONCERTOS NÓMADAS:
 
28 outubro: Canção Portuguesa
André Baleiro & João Paulo Santos
 
4 novembro: Kurt Weill – entre dois mundos
Nuno Vieira de Almeida, Ricardo Panela, Susana Gaspar
 

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