CCB | DOMITILA de João Guilherme Ripper com Carla Caramujo e a Orquestra Metropolitana. Direção de Tobias Volkmann | 16 OUT. 17H00 GRANDE AUDITÓRIO

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Domitila

De João Guilherme Ripper
Soprano Carla Caramujo
Maestro Tobias Volkmann
Encenação e cenografia Carlos Antunes
Figurinos e adereços Nuno Esteves
Orquestra Metropolitana de Lisboa
 

CCB . 16 outubro . domingo . 17h00 . Grande Auditório

 
 
Programa
José Maurício Garcia (1767-1830)
Abertura Zemira, CPM 231
Abertura em Ré, CPM 233
 
João Guilherme Ripper (N. 1959)
Domitila (Ópera em um ato na versão com orquestra encomendada pelo CCB)
 
 
Estreada em março do ano 2000, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), do Rio de Janeiro, Domitila nasceu da encomenda de um ciclo de canções que tratasse da temática do relacionamento entre D. Pedro I e a Marquesa de Santos, Domitila de Castro Canto e Melo. A obra encomendada como um ciclo de canções não foi, afinal, realizada, tendo o compositor optado por compor uma ópera, valendo-se da formação instrumental pré-estabelecida pela organização patrocinadora do projeto:
 
«[... ] foi uma circunstância, é o que tinha disponível. Na verdade, quando foi proposto pra mim, seriam as cartas cantadas, só as cartas cantadas. Eu que decidi amarrar as cartas todas e fazer uma ópera. E o que eu tinha disponível para aquele espetáculo, marcado para o CCBB do Rio de Janeiro, era uma cantora, o violoncelista, o piano e o clarinete.» (Ripper, 2014)
 
Deste modo, o plano dramático foi elaborado pelo compositor, a partir da leitura das cartas trocadas entre os personagens verídicos de 1822 a 1829, compiladas no livro Cartas de Pedro I à Marquesa de Santos. A partir da escolha de cartas «chave», sem ordenação cronológica e com um texto de sua própria autoria, João Ripper criou o libreto onde narra o dia em que a Marquesa de Santos se despede do Rio de Janeiro e regressa a São Paulo, marcando o fim de um turbulento relacionamento amoroso, pondo em cena as lembranças da amante mais famosa do imperador D. Pedro I.
 
Agora, e a propósito das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, o CCB volta a esta ópera, tendo encomendado ao compositor uma versão orquestral para ser estreada em Portugal, juntando a soprano Carla Caramujo, cantora que melhor tem defendido este papel em Portugal na versão de câmara, à Orquestra Metropolitana de Lisboa, que será dirigida por um dos maestros brasileiros mais talentosos da sua geração, Tobias Volkman.
André Cunha Leal

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