CCB - Fábrica das Artes | RÁDIO BENJAMIN > de Guilherme Gomes pelo Teatro da Cidade | 13 a 17 março . quarta a domingo . Black Box
“O sonho e a vida alimentam-se mutuamente. É disso que nos fala Benjamim, neste espectáculo que procura ao mesmo tempo elogiar a imaginação, o sonho, o gesto teatral, e convocar a dúvida sobre as formas que temos para conhecer o mundo – só para nos tornar mais exigentes e críticos em relação à informação que nos chega. Numa procura intrinsecamente teatral pela verdade. Porque o teatro é um lugar de verdade, onde se é completamente. Onde cada gesto tem importância. Onde não podemos fingir. Acho que é isso, em última análise, que todos procuramos com a arte: ser sem fingir. Poder ser, francamente, sem limitações. Talvez assim possamos ir ao fundo do sonho e ao fundo da vida.”
Guilherme Gomes (o autor escreve segundo o antigo Acordo Ortográfico)
Rádio Benjamin
Guilherme Gomes/Teatro da Cidade
CCB . 13 a 17 março . quarta a domingo . Black Box13 a 15 março: 11h00 (escolas) / 16 e 17 março: 16h00 (Famílias)
Espetáculo para maiores de 6 anos / Duração: 60 min. + 30 min. de conversa
Texto e Encenação Guilherme Gomes (a partir de Walter Benjamin)
Interpretação Nídia Roque, Bernardo Souto, Margarida Martins
Música Dennis Xavier
Cenografia Guilherme Gomes
Luz Rui Seabra
Produção Ricardo Arenga
Em casa, quando nos julgamos sozinhos, ouvimos as gravações antigas e começamos a imaginar que estamos lá, onde a gravação se passa. Então, as personagens começam a parecer-nos reais. O mundo transforma-se e é difícil regressar totalmente ao que ele era antes deste exercício de imaginação.
Este espetáculo convida os espectadores a refletir sobre como se contam as histórias da sua vida/infância e a importância política da imaginação – encarando os seus impactos no mundo real. Pretende lembrar que todos somos leitores e criadores de narrativas.
Inspirado em textos de Walter Benjamin e Samuel Beckett, escrito por Guilherme Gomes para três intérpretes e um gravador, Rádio Benjamin mostra-nos como «contar histórias é uma arte e criar narrativas [é] uma ferramenta».
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