CCB | Políticas da Estética: O Futuro do Sensível - Fabienne Brugère (22 setembro) e Bruce Bégout (29 setembro) - quinta às 18h30 no Centro de Reuniões

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ciclo de conferências no CCB

Políticas da Estética: O Futuro do Sensível
Curadoria e Moderação Jacinto Lageira
Evento organizado no âmbito da Temporada Portugal-França 2022
 
Fabienne Brugère | As Novas Lealdades Ecológicas
22 de setembro . quinta-feira . 18h30 . Centro de Reuniões
 
Bruce Bégout | Perceber e sentir. Introdução a uma filosofia do que não é nem vivência nem coisa, os ambientes.
29 de setembro . quinta-feira . 18h30 . Centro de Reuniões

Fabienne Brugère | As Novas Lealdades Ecológicas
 
Uma nova conceção de democracia está a emergir, reforçada pela pandemia da Covid-19 e impulsionada por um «cuidar de si» dos indivíduos, mas igualmente dos seres vivos não humanos e da terra. Este projeto de uma democracia sensível começa com a crítica das soberanias dos estados-nacionais e a análise detalhada das interdependências que sustentam um mundo. Neste contexto, a hipótese eco feminista permite a realização de um diagnóstico sobre essas soberanias, com uma análise paralela das violências contra a natureza e contra as mulheres. Um devir da modernidade tecnocientífica e do capitalismo patriarcal é a considerar, bem como novas relações com a política. Que alter político podemos então imaginar no quadro de uma democracia leal a diferentes formas de cuidados?
 
Fabienne Brugère é professora de Filosofia na Universidade de Paris 8 Vincennes-Saint-Dennis. Desde 20 de novembro de 2019 é presidente da ComUE Université Paris Lumières. Juntamente com Guillaume Le Blanc é responsável pela coleção Diagnostics, da editora Le Bord de l’Eau, e, em conjunto com Claude Gautier, é responsável pela coleção Perspectives du care da editora ENS Editions de Lyon. É membro do conselho editorial da revista Esprit. Lecionou nas Universidades de Hamburgo, Munique e Quebeque. Desenvolve trabalho nas áreas da Filosofia da Arte e da Filosofia Moral e Política. Publicou inúmeras obras das quais se destacam, nos últimos anos: Le sexe de la solicitude (Seuil, 2008), Philosophie de l’art (PUF, 2010), L’éthique du care (PUF, 2011, última edição 2017), Faut-il se révolter (Bayard, 2012), La politique de l’individu (Seuil, 2013). Dirigiu diversos livros sobre Espinosa, Foucault, Judith Butler, sobre o liberalismo e sobre a obra de arte. Nos últimos anos publicou La fin de l’hospitalité (Flammarion, 2017), juntamente com Guillaume Le Blanc, On ne naît pas femme, on le devient (Stock, 2019), e Care Ethics, The Introduction of Care as a Political Category (Peeters 2019). No prelo, com Guillaume le Blanc, Le peuple des femmes. Un tour du monde féministe (Flammarion, fevereiro de 2022).

Bruce Bégout | Perceber e sentir. Introdução a uma filosofia do que não é nem vivência nem coisa, os ambientes.
 
Se perceber é discriminar, ou seja, distinguir formas que se destacam de um fundo, o que dizer da manifestação do que não tem forma e que, no entanto, pertence à experiência sensível? Nomeadamente, ambientes, atmosferas, a presença sensível dos elementos sem forma (ar, calor, luz, som, etc.). Não deveríamos rever a nossa conceção da sensibilidade como receção de impressões provocadas por entidades delimitáveis no mundo? Não deveríamos substituir a sensibilidade pensada como recetividade pela afetividade concebida como abertura ao mundo, a si mesmo e aos outros? Nesta conferência, tentaremos abrir a reflexão para uma ampliação do sensível para além das sensações e das coisas para os afetos causados pelas situações e pelos próprios ambientes.
 
Bruce Bégout, doutorado pela Universidade de Paris-Nanterre, é atualmente professor agregado na Universidade de Bordeaux-Montaigne. Escritor e filósofo, é autor de uma quinzena de livros de filosofia, de ensaios sobre a cidade contemporânea e de ficção. Últimos ensaios publicados: Le sauvetage (Fayard, 2018), Le concept d’ambiance (Seuil, 2020), Obsolescences des ruines (Inculte, 2022).
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PRÓXIMAS CONFERÊNCIAS :
 

13 outubro: Emanuele Coccia
A moda ou o futuro político do sensível

 

27 outubro: Marie-José Mondzain
 

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