CCB | três estreias absolutas no concerto "Diálogos inesperados" pelo Alma Ensemble | 18 nov. às 19h00 no Pequeno Auditório
Obras de Alfredo Teixeira, Nuno da Rocha e André Hencleeday em estreia absoluta marcam este concerto.
Alma Ensemble
Diálogos inesperados
CCB . 18 novembro . sexta-feira . 19h00 . Pequeno Auditório
Programa
Nuno da Rocha (n. 1986)
If ye Forget para coro a cappella
Alfredo Teixeira (n. 1965)
O Magnificat de Álvaro Campos para coro a cappella
Olham por dentro para coro masculino a cappella
Von Alcippe fur Beethoven para coro feminino e guitarra elétrica*
Nuno da Rocha e André Hencleeday (n. 1988)
Ardia na Fuga para coro, eletrónica e guitarra elétrica *
Nuno da Rocha
O Friends no more of this sounds para coro & gira-discos *
*Estreias absolutas
Ficha Artística
Guitarra elétrica Nuno da Rocha
Piano André Hencleeday
Direção Filipa Palhares
Alma Ensemble
Sopranos Ariana Russo, Liliana Sebastião, Sara Afonso
Altos Bianca Varela, Mariana Cardoso, Rita Mourão Tavares
Tenores João Valido Vaz, João Manuel de Barros, Nuno Raimundo
Baixos Pedro Casanova, Rui Borras, Tiago Mota
Três estreias absolutas marcam este programa. De Alfredo Teixeira, Von Alcippe fur Beethoven nasce da ficção de uma possibilidade: a dedicação de um poema da Marquesa de Alorna (Alcipe) ao compositor Ludwig van Beethoven, seu contemporâneo. O seu espírito revolucionário transcreve-se na vontade de pôr em cena um diálogo inesperado: a transparência das vozes femininas e a mundanidade do som da guitarra elétrica.
De Nuno da Rocha, O Freunde, nicht diese Töne! («amigos, não mais estes sons»), a frase escrita por Beethoven e utilizada no último andamento da sua 9.ª Sinfonia , dá início a esta obra. Enquanto ouvimos esse mesmo andamento em disco vinil, remetendo-nos para uma memória do passado, o coro começa a distorcer a imagem que nos é trazida por Beethoven, criando uma nova imagem sobre os sons do passado, como se tratasse de uma transcrição em papel vegetal. Ao contrário da obra Alcippe, este é um exercício de se ouvir música do séc. XIX num espaço temporal atual.
O concerto encerra com uma obra do duo Nuno da Rocha e André Hencleeday — Ardia na Fuga. Esta obra parte do lamento final da ópera Dido e Eneias, de Purcell, e do texto de Arsenii Tarkovskii, Eurídice (8 Ícones, 1987).
Jovem ensemble de vozes mistas, o Alma Ensemble constituído por 12 cantores, sob a direção de Filipa Palhares. O seu repertório foca-se sobretudo na música a cappella e estende-se desde a música antiga até ao séc. XXI, prestando particular atenção ao repertório português. A sua abordagem é eclética, adaptando-se porém às múltiplas exigências do repertório e não hesitando em se conjugar com outros instrumentos. O Alma Ensemble pretende, assim, colmatar uma lacuna no panorama musical português, associando a versatilidade vocal e musical ao rigor profissional que caracteriza cada um dos seus membros.
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