Conversas com Estória - Música

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Ciclo de conferências  

Por Nuno Vieira de Almeida

CCB . 5/19 nov e 3/17 dez . sábados . 17h00 . Centro de Congressos e Reuniões
 
A história e as estórias das artes performativas através de um olhar mais próximo e experimentado nas diversas áreas a abordar. Nestas quatro sessões, o pianista Nuno Vieira de Almeida contará as estórias da história da música.

Programa
 
5 novembro: Callas, Karajan, Verdi e o que se lhe segue
O aparecimento de Maria Callas na cena musical operou uma mudança radical na relação de proximidade entre o músico/cantor e o ator. A diferença estabelecida por Callas na apropriação dramática dos personagens operáticos é audível em todos os seus registos. O rigor de Karajan em relação a um repertório que «sofria» de uma tradição duvidosa (e preguiçosa) veio trazer à ópera italiana uma nova vitalidade e Callas foi uma das primeiras a aperceber-se disso.
 
19 novembro: Boulez, Chéreau, Wagner – uma santíssima trindade
Na senda de Callas e Karajan inscreve-se a famosa Tetralogia de Bayreuth em 1976/1980. Depois da depuração operada por Wieland Wagner no palco de Bayreuth, era necessária uma direção de atores que correspondesse a uma estética puramente teatral sem concessões canoras. O escândalo foi enorme pois juntou a isso a leitura musical analítica e clara de Boulez. Essas leituras, a cénica e a musical, serão sempre pontos altos da história da interpretação.
 
3 dezembro: O século XX não mete medo – Berg, Henze e Boulez
Sofremos, como é sabido, de uma falta de educação musical que se reflete num interesse reduzido no que à música do século XX diz respeito. Enquanto uma certa elite se compraz em exclamações eufóricas sobre literatura ou pintura, a música, desde que não dê a ouvir a relação dominante/tónica, é relegada para um plano inferior. Esta sessão lutará contra essa suposta «dificuldade de audição». Precisamos urgentemente de revitalizar a cultura musical em Portugal.
 
17 dezembro:  Clara Haskil, Mozart, Böhm e os outros
Há uma forma de interpretar Mozart que parece exigir aos pianistas um som de «meio piano» para entrar dentro do estilo. Clara Haskil, e muitos outros depois dela, prova que o instrumento piano é consentâneo com o período clássico sem ter medo de tocar «forte». Karl Böhm consegue com as suas leituras, e com uma outra aproximação, resultados paralelos e, o que é ainda mais interessante, aproximar Mozart de Richard Strauss.
 

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