ENSAIO DE ORQUESTRA a partir de Fellini

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CCB . 4 e 5 março . sexta: 21h00 e sábado: 19h00 . Grande Auditório

TEXTO E DRAMATURGIA: Filipe Melo e Tónan Quito
INTERPRETAÇÃO: Ana Brandão, António Fonseca, Crista Alfaiate, Tónan Quito e a Orquestra do Hot Clube de Portugal: António Quintino, António Morais, Bernardo Tinoco, Eduardo Lála, Eugénia Contente,
Gonçalo Marques, Jéssica Pina, João Capinha, José Soares, Luís Cunha, Margarida Campelo, Paulo Gaspar,
Pedro Felgar, Ricardo Sousa, Rui Pedro Bandeira, Rui Ferreira, Tomás Marques

Este espetáculo é uma adaptação do filme Ensaio de Orquestra (1978) de Federico Fellini. No filme, uma orquestra de música clássica encontra-se num oratório para ensaiar, aqui é a Orquestra de Jazz do Hot Club de Portugal e o ponto de encontro é o palco do CCB.

Fellini utiliza a orquestra, os instrumentos, os músicos e a música como metáfora de uma sociedade em crise. Apesar de Fellini afirmar que não tinha qualquer interesse na política, constrói um filme em torno de uma orquestra que recusa a sua natureza coletiva, e onde cada indivíduo tem uma visão egocêntrica do seu papel. Estão apenas unidos pelo propósito de destronar aquele que entendem ser o seu inimigo comum: o maestro.

O filme foi criticado por muitos. Alguns viram nele uma apologia ao fascismo, outros apontaram que era uma abordagem política ingénua. Foi considerado reacionário e conservador. Mas para o próprio Fellini, Ensaio de Orquestra não é nada disso. «É uma parábola ética para provocar uma certa vergonha no povo, para mostrar que a loucura desorganizada das pessoas pode provocar a loucura organizada do Estado, a ditadura.» Com este mote, interessa-nos também perceber onde está a liberdade do músico de jazz. Onde está a liberdade coletiva e individual?

Em anexo segue a folha de sala do espetáculo com mais informações e as fotografias promocionais podem ser descarregadas aqui.

 

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