ESPETÁCULO INAUGURAL DA TEMPORADA 2022/2023 DO CCB
PELLEAS ET MELISANDE de Claude Debussy
Encenação Kristiina Helin
Direção musical Dinis Sousa
Orquestra XXI
CCB . 7 e 9 outubro . Sexta às 19h . Domingo às 17h . Grande Auditório
Programa
Pelléas et Mélisande
Ópera de Claude Debussy (1862-1918)
Libreto de Maurice Maeterlinck (1862-1949)
Ficha artística
Maestro Dinis Sousa
Orquestra XXI
Encenação, desenho cénico, vídeo e figurinos Kristiina Helin
Assistente encenação Lada Shylenko
Mélisande Susana Gaspar
Pélléas André Baleiro
Yniold Raquel Camarinha
Genevieve Élodie Méchain
Goulaud Stephan Loges
Arkel Patrick Bolleire
Médico Nuno Dias
Pastor Luís Rendas Pereira
Produção Orquestra XXI Gil Fesch, Leonor Azêdo
Espetáculo em francês, legendado em português
Coprodução Centro Cultural de Belém, Orquestra XXI
Uma floresta num reino distante. Uma mulher perdida, com um passado misterioso, que se envolve numa história de amor tão intensa quanto proibida. Numa coprodução com o Centro Cultural de Belém, a Orquestra XXI estreia-se no domínio da ópera com uma versão semi-encenada de Pelléas et Mélisande, de Claude Debussy, sob a direção de Dinis Sousa. Esta obra-prima do repertório operático, raramente apresentada em palco, será encenada por Kristiina Helin, com um elenco de exceção que inclui André Baleiro e Susana Gaspar nos papéis principais, para além de Stephan Loges no papel de Golaud, Elodie Méchain a interpretar a sua mãe Geneviève e Patrick Bolleire como Rei Arkel.
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Foram várias as ideias de Debussy para compor óperas, incluindo uma adaptação de Shakespeare — a peça As You Like It. Contudo, o seu grande trabalho nesta área acabou por ter como base uma peça contemporânea de bastante sucesso. Inicialmente recebida com hostilidade e incompreensão, Pelléas et Mélisande é atualmente considerada uma das obras-primas da ópera moderna, ponto alto do simbolismo, ainda que a subtileza da música e do texto faça com que o enorme poder emocional que lhe subjaz nem sempre seja evidente à primeira audição.
A história desta ópera passa-se no reino místico de Allemonde. Aí, enquanto vagueia pela floresta, o príncipe Golaud encontra uma rapariga misteriosa. O nome da rapariga é Mélisande; parece não saber de onde vem e mostra-se afligida por uma profunda tristeza.
Ficamos então a saber, através de uma carta lida em voz alta por Geneviève, a mãe de Golaud, que o príncipe se casou com Mélisande. A carta fora escrita pelo avô cego de Golaud, o rei Arkel.
Entretanto, Pelléas, o meio-irmão de Golaud, regressa das suas viagens e trava amizade com Mélisande, que continua pouco comunicativa e claramente infeliz no castelo negro e sombrio. Por isso mesmo, Pelléas resolve convidar Mélisande para um passeio, no decorrer do qual a jovem perde o seu anel de casamento. Este acontecimento faz despertar em Golaud uma certa desconfiança no que diz respeito à relação de amizade que existe entre Pelléas e Mélisande. Golaud interroga Yniold, filho do seu primeiro casamento, acerca de Pelléas e Mélisade, mas não consegue obter uma resposta clara. Assim, Golaud vai-se tornando cada vez mais ciumento e, para desgosto de Arkel, ataca Mélisande, que está grávida.
Pelléas sente que tem de abandonar o castelo e encontra-se secretamente com Mélisande pela última vez, num parque às portas da fortificação. Finalmente, e de forma silenciosa, os dois declaram o seu amor um pelo outro. Golaud, que nesse momento andava a espiá-los, mata Pélleas. A família cai em desgraça. Mélisande parece irremediavelmente doente e acaba por abortar. Golaud está cheio de remorsos e implora a Mélisande que lhe diga a verdade acerca das relações que manteve com Pélleas, contudo a jovem mostra-se incoerente.
No final da ópera, Arkel lamenta a miséria da vida, enquanto Mélisande, misteriosa até ao fim, exala o último suspiro.
Texto gentilmente cedido pela Antena 2
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Contamos com a vossa colaboração na divulgação na divulgação desta ópera, que marca a estreia da Orquestra XXI no domínio da ópera e inaugura a Temporada 2022/2023 do CCB, Um Chão Comum.
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