Há qualquer coisa prestes a acontecer

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Victor Hugo Pontes
 
Teatro Aveirense . 6 dezembro . sexta-feira . 21h30 . Sala Principal
CCB . 13 e 14 dezembro . sexta, 20h00 e sábado, 19h00 . Grande Auditório
Acessibilidade: Sessão de 14 de dezembro com audiodescrição

Direção artística Victor Hugo Pontes
Cenografia F. Ribeiro
Direção técnica e desenho de luz Wilma Moutinho
Música original João Carlos Pinto
Arranjos musicais de obras de J.S. Bach e C. Debussy
Músicos gravados Pirii Pimentel Rodrigues e Bruna Maia de Moura
Assistência de direção Cátia Esteves
Consultoria artística Madalena Alfaia
Direção de produção Joana Ventura
Produção executiva Mariana Lourenço
Assistente de produção estagiária Nuna Reis
Intérpretes Abel Rojo, Alejandro Fuster, Ana de Oliveira e Silva, Ángela Diaz Quintela, Daniela Cruz, Dinis Duarte, Esmée Aude Capsie, Fabri Gomez, Guilherme Leal, Inês Fertuzinhos, João Cardoso, José Jalane, Liliana Oliveira, Rémi Bourchany, Rita Alves, Tiago Barreiros, Valter Fernandes
Intérpretes estagiários Joana Couto, Tomás Fernandes
Coprodução Centro Cultural de Belém, Centro de Arte de Ovar, Teatro Aveirense, Teatro Nacional São João
Apoio à residência A Oficina/CCVF, GrETUA, Teatro Municipal do Porto
Apoio Camões - Centro Cultural Português em Maputo
 
A Nome Próprio é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto, e tem o apoio da República Portuguesa — Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.
 
 
A nova criação de Victor Hugo Pontes estreia em 2024, no outono de um ano que será por muitos passado a olhar para trás, para 50 anos de história de um país livre, enquanto olharemos para diante, procurando vislumbrar o caminho a percorrer de forma a preservarmos essa liberdade maior. Victor Hugo Pontes quer ocupar esta medianiz, e nesse lugar em branco projetará o seu novo espetáculo.
 
Começámos por isolar um verso de uma canção, como quem isola, em laboratório, uma partícula essencial para iluminar a complexidade do todo: mergulhámos na Inquietação de José Mário Branco e, quando voltámos à tona, todos os sentidos ficaram alerta, em estado de atenção plena, de liberdade absoluta. Decidimos então ir por aí. Em Há qualquer coisa prestes a acontecer, o corpo será o grande signo em cena — uma massa física coletiva, que forjará uma peça coral vigorosa, composta por corpos nus e imagens plásticas, primordiais. Não haverá alusões imediatas a um estado de coisas político, ideológico ou ambiental. Não haverá palavras de ordem ou gritos de alerta. Haverá, isso sim, o confronto com o tempo iminente. Do perigo lá fora (no mundo) às barreiras cá dentro (na nossa cabeça); continuamente vemos novidades e reconfiguramos o entendimento do que nos rodeia e do lugar que ocupamos.

No corpo dos intérpretes, descobriremos o que nos move, o que nos assusta, o que nos ameaça, o que nos transforma, o que nos condiciona, o que nos liberta. Em Há qualquer coisa prestes a acontecer, Victor Hugo Pontes vai trabalhar a nudez como o avesso do instintivo e do primário: no corpo de baile despido em palco, encontraremos o mais racional sentido do humano, o mais forjado, o mais virtuoso e, por isso mesmo, o mais livre.
 
Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2001, frequentou a Norwich School of Art & Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Como criador, a sua carreira começou a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria e Brasil, entre outros.

Das suas mais recentes criações, destacam-se Fuga sem Fim (2011); A Ballet Story (2012); ZOO (2013); Ocidente, de Rémi de Vos (2013); Fall (2014); COPPIA (2014), em cocriação com Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves; Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a (2016); Carnaval (2016) e Madrugada (2019), ambas a convite da Companhia Nacional de Bailado; Nocturno (2017), em cocriação com Joana Gama; Margem (2018; Prémio SPA Melhor Coreografia); Drama (2019); Os Três Irmãos (2020), com texto de Gonçalo M. Tavares; Meio no Meio (2021); Porque É Infinito (2021); Corpo Clandestino (2022) e Bantu (2023).

É, desde 2009, diretor artístico da Nome Próprio, uma associação cultural dedicada à dança contemporânea e ao teatro. A Nome Próprio tem desenvolvido projetos com inúmeros artistas e instituições, apresentados em todo o país e também internacionalmente: Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest, Teatro Nacional São João, Teatro Municipal do Porto, Centro Cultural Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Municipal São Luiz, Festival Panorama (Brasil), Festival de Danse de Cannes e Théâtre de la Ville (França), Théâtre de Liége (Bélgica), entre outros. Mais informações em www.nomeproprio.pt
 
 

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