Pensamento - programação de outubro

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Gonçalo M. Tavares

à conversa com Luís Maria Baptista (Os Espacialistas)

 

Desde outubro de 2020, Gonçalo M. Tavares tem escrito pequenos textos que foram sendo publicados semanalmente nas plataformas digitais do CCB. A última publicação acontecerá no final de setembro de 2021, culminando com um debate com a presença do escritor e de Luís Maria Baptista, fundador d’Os Espacialistas, um projeto laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre arte e arquitetura.

 

Leia aqui os textos de Gonçalo M. Tavares do ciclo Dicionário de Artistas.

 

José Bragança de Miranda, José Gomes Pinto, José Miranda Justo e Maria Filomena Molder

Conferência Kleist: o(s) sentido(s) da justiça

 

Em jeito de preâmbulo à apresentação de O Duelo (25 e 26 de novembro), encenado por Carlos Pimenta, promovemos quatro sessões de reflexão em torno desta obra escrita por Kleist, em 1811.

Refletiremos sobre as dicotomias presentes nesta novela, onde o confronto que lhe dá nome, ao abrigo da arbitrariedade divina, parece ser a única forma justa da humanidade conseguir aferir sobre honra e honestidade.

Estas sessões contarão com a moderação de Carlos Pimenta e a participação da filósofa Maria Filomena Molder, que traduziu e agora adaptou este texto para a encenação de Carlos Pimenta, e dos professores e ensaístas José Bragança de Miranda, José Gomes Pinto e José Miranda Justo.

FERNANDO ANTÓNIO BAPTISTA PEREIRA / HISTORIADOR DE ARTE, MUSEÓLOGO E PRESIDENTE DA FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

As quatro sessões relativas aos séculos XV a XVIII procuram centrar-se nalgumas das grandes transformações verificadas nos diferentes géneros da Pintura Europeia, do Renascimento aos alvores do Romantismo, a partir do estudo e confronto entre grandes figuras artísticas do contexto internacional e de algumas personalidades nacionais que com elas puderam em algum momento ombrear.
Começando por abordar, na primeira sessão, a reinvenção do retrato – primeiro género de vocação profana – logo nas décadas iniciais da experiência quatrocentista flamenga (um «renascimento sem antiguidade» no dizer de Panofsky) e da sua extraordinária extensão portuguesa na obra atribuída a Nuno Gonçalves, passamos, na segunda sessão, a interrogar as relações entre a Antiguidade e o Renascimento na Itália, guiados pelo exemplo artístico de Leonardo e de alguns seus contemporâneos e pelas reflexões escritas e gráficas de Francisco de Holanda.
A terceira sessão procura por em confronto diferentes modos de realização da Pintura Barroca seiscentista, em praticamente todos os seus géneros, num diálogo Sul-Norte, em que procuraremos salientar afinidades e divergências, solidariedades e contrapontos entre quatro grandes mestres e seus contextos: Caravaggio, Rubens, Velázquez e Rembrandt.
A quarta e última sessão centra-se num outro género, o da Paisagem, durante o século XVIII, tendo como ponto de partida os mestres vedutistas venezianos, passando pela renovação inglesa ou francesa, tanto na captação do movimento e da luz como na expressão do sublime, e culminando com as paisagens metafísicas pré-românticas de Friedrich.

Raquel Varela entrevista Maria Manuel Mota
 

A história pública regressa ao CCB. Mais do que nunca urge pensar o futuro a partir da revisitação crítica do passado, para um público não académico, amplo, que é chamado a participar no ciclo Conversas com História.

No próximo dia 30 de outubro, a historiadora Raquel Varela estará à conversa com a cientista e bióloga Maria Manuel Mota, atual Diretora Executiva do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, do qual é também Investigadora Principal. Maria Manuel Mota é doutorada em Parasitologia Molecular pela University College London, tem um pós-doutoramento pela New York University Medical College e é, desde 2005, professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

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