Sinfonia n.º 4 de Joly Braga Santos
Para assinalar o centenário do nascimento de Joly Braga Santos, reúnem-se neste programa dois clássicos do século XX, cujas vidas foram marcadas por ditaduras de sinal oposto.
Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Orquestra Sinfónica Portuguesa
Violino Veriko Tchumburidzer
Direção musical Julia Jones
CCB . 26 maio . domingo . 19h00 . Grande Auditório
18h30: Conversa pré-concerto com Alexandre Delgado (compositor) e Cesário Costa (maestro e programador), exclusivo para portadores de bilhete de concerto.
Programa
Sergei Prokofiev (1891-1953) Concerto para violino e orquestra n.º 1, op. 10
Joly Braga Santos (1924-1988) Sinfonia n.º 4, op. 16
Quem ouve o eletrizante segundo andamento (Scherzo vivacissimo), do Concerto n.º 1 para violino de Prokofiev, compreenderá a paixão que de imediato assolou Joseph Szigeti, presente na mornamente aplaudida estreia mundial da obra em outubro de 1923, em Paris. Foi paixão à primeira audição. O grande violinista passou a apresentar regularmente o concerto a todos os públicos do mundo. Estes, obviamente, ficaram também conquistados até aos nossos dias.
Joly Braga Santos morreu em 1988, com 64 anos, no apogeu da sua criatividade. Grande amante de ópera, deixou-nos uma vasta produção repartida por vários géneros. A sua Quarta Sinfonia teve duas versões, a segunda das quais, coral-sinfónica, foi estreada em 1968. Esta versão propunha um magnífico epílogo coral que permanece como uma das mais veementes homenagens à juventude na história da música portuguesa. O seu avassalador crescendo final continua a arrebatar-nos entusiasticamente – uma das razões, sem dúvida, para que tivesse sido proposto como Hino Mundial da Juventude.
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