Sinfonia n.º 8 Sinfonia dos mil de Mahler

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Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro do Teatro Nacional de São Carlos,
Coro Sinfónico Lisboa Cantat e Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa
 
Conversa pré-concerto às 16h30 (domingo, 15 de setembro) e às 19h30 (terça,
17 de setembro) com o musicólogo Rui Campos Leitão.
Atividade exclusiva para portadores de bilhete para o concerto.
 
 
CCB . 15 e 17 setembro . domingo: 17h00 e terça: 20h00 . Grande Auditório

Programa
Gustav Mahler (1860-1911) Sinfonia n.º 8 em Mi bemol Maior Sinfonia dos mil
Veni Creator
Caritas
Weihnachtspiele mit dem Kindlein
Schöpfung durch Eros. Hymne
 
Ficha artística
Soprano I (Magna Peccatrix) Ann Petersen
Soprano II (Una poenitentium Sílvia Sequeira
Alto I (Mulier Samaritana) Maria Luísa Freitas
Alto II (Maria Aegyptiaca) Lauren Decker
Tenor (Doctor Marianus) Tuomas Katajala
Barítono (Pater ecstaticus) Thomas Oliemans
Baixo (Pater profundus) Nicolai Elsberg
Soprano (Mater gloriosa) Rita Marques
 
Direção musical Antonio Pirolli
Orquestra Sinfónica Portuguesa
 
Coro Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular Giampaolo Vessella
 
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Maestro titular Jorge Alves
 
Coro Infantil e Juvenil Universidade de Lisboa
Maestrina titular Erica Mandillo
 
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
 
 
Veni creator Spiritus! Vinde, Espírito criador! Assim invocou Gustav Mahler na sua 8.ª Sinfonia. Assim aconteceu.

Todos os anos, depois de uma intensa temporada na direção da Ópera Estatal de Viena, Mahler (1860-1911) e a sua família mudavam-se para uma casa à beira do lago de Wörthersee, a mais de 300 km da capital austríaca. Nestes retiros estivais, Gustav mantinha uma apertada disciplina de composição que costumava dar bons frutos musicais.

No verão de 1906, a inspiração para a 8.ª Sinfonia foi fulminante. Mahler terá contado ao seu amigo Richard Specht: «Provavelmente, nunca trabalhei sob uma tal compulsão; foi uma visão que me atingiu como um raio. O total apresentou-se de imediato perante os meus olhos; eu só tive de o registar, como se me tivesse sido ditado...».

A 8.ª Sinfonia é uma obra original em todos os aspetos, a começar pelo facto de ter duas partes. A primeira é baseada no hino gregoriano Veni Creator Spiritus, usado no Pentecostes para celebrar a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. É um andamento de pendor religioso no qual a voz se mistura com a orquestra. O segundo andamento, mais longo, parte do poema trágico Fausto, de Goethe. A obra literária presta-se a uma adaptação quase operática, com todas as suas personagens individuais e coletivas e situações que culminam na redenção através do poder salvífico do Amor.

Graças à mestria de Mahler, o sacro e o pagão fundem-se numa monumental sinfonia que, por ocasião da estreia, reuniu mais de 1000 músicos, o que explica o subtítulo. A última apresentação pública de Mahler coincidiu com a estreia desta sinfonia, em setembro de 1910, numa apoteose que o consagrou definitivamente.
 

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