Norte assume perfil exportador mais tecnológico e fileira automóvel é a nova líder das exportações da Região
Segundo dados do boletim Norte Estrutura, a fileira automóvel tornou-se a mais exportadora do Norte, com 5,4 mil milhões de Euros em exportações em 2023, representando 20% do total da Região
A CCDR NORTE publicou uma nova edição do Boletim Norte Estrutura, dedicada às exportações de bens das fileiras produtivas do Norte entre 2011 e 2023. Segundo este estudo, a fileira automóvel, com 5,4 mil milhões de euros em exportações em 2023, destronou a dos têxteis e vestuário, com 4,4 mil milhões de euros no mesmo período, na liderança da mais exportadora da Região.
O boletim conclui ainda que o Norte assumiu um perfil exportador mais tecnológico e menos dependente “de fatores competitivos esgotados”. Produtos inovadores e intensivos em I&D, como indicadores de velocidade para veículos terrestres, componentes eletrónicos e produtos farmacêuticos totalizaram 1,2 mil milhões de euros de exportações em 2023, que compara com 131 milhões de euros em 2011.
O boletim destaca que o Norte expandiu a presença no comércio internacional, oferecendo uma gama mais ampla de produtos diferenciados a partir de diferentes ramos de atividade. Em 2023, as cinco principais fileiras foram: automóveis, têxteis e vestuário, máquinas e equipamentos elétricos, metais comuns, com ferro em destaque, e agroalimentar. Esta última categoria destacou-se com um valor exportado de 2,1 mil milhões de euros, especialmente em bebidas, produtos agrícolas e produtos do mar, como peixes, crustáceos e moluscos.
Relativamente à transição industrial, onze fileiras do Norte reforçaram a sua competitividade internacional, com taxas de crescimento das exportações superiores a três dígitos entre 2011 e 2023. Destacam-se, nesse período, os instrumentos de ótica, fotografia, medição e precisão, com um crescimento de 241,1%, os produtos agrícolas com um aumento de 164,6% e as máquinas e material elétrico com um acréscimo de 111,2%. Esses setores superaram o crescimento geral observado no Norte, que foi de 68,7%. Abaixo deste limiar regional, importa destacar os crescimentos modestos das fileiras dos têxteis e vestuário (+41,2%), e do calçado e produtos do couro (+22,0%), dois setores do Norte que representam uma proporção elevada do emprego industrial.
Consulte neste link o boletim na íntegra.
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