O NORTE está mais próximo do espaço

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CCDR-NORTE prepara plano para promover a economia espacial na Região. A primeira proposta já apresenta áreas prioritárias que podem potenciar o crescimento deste setor no Norte.

A CCDR-NORTE e a Agência Espacial Portuguesa estão a trabalhar na criação de um plano de ação para a promoção da economia espacial no Norte, com o objetivo de promover o desenvolvimento e o uso das tecnologias espaciais na Região. A primeira reunião do grupo de acompanhamento deste plano de ação teve lugar na sede da CCDR-NORTE, num encontro que contou com a presença, para além da CCDR-NORTE e da Agência Espacial Portuguesa, de 3 universidades, 6 entidades do sistema científico e tecnológico, 1 associação empresarial e 11 empresas da Região.

Pela primeira vez, à escala da Região Norte, está a ser realizada uma análise detalhada do enquadramento do setor do espaço no âmbito dos domínios prioritários da Estratégia de Especialização Inteligente do Norte (S3 NORTE 2027) e da caraterização do ecossistema empresarial que atua direta e/ou indiretamente no setor espacial. A partir das prioridades regionais, nacionais e europeias e das tendências do mercado espacial identificadas, o plano discutido trata de garantir a definição dos objetivos estratégicos, dos eixos de ação e das áreas prioritárias que podem promover a economia espacial no Norte.

Sendo o setor espacial em Portugal caracterizado por empresas e centros de investigação de pequena dimensão ou onde a área espacial representa uma fração reduzida das atividades, foram identificadas 75 entidades da Região Norte que atuam ou têm potencial para atuar no setor espacial. Metade são empresas, representam uma faturação global de 30 Milhões de Euros e empregam, atualmente, cerca de 420 profissionais. Evidências que comprovam que este é um setor emergente e, ainda, com pouca expressão económica ao nível regional e nacional.

Esta primeira reunião teve ainda como objetivo recolher contributos das entidades presentes e validar prioridades que possam ter uma resposta adequada no que respeita aos instrumentos existentes de política pública e aos objetivos do plano de ação. Neste sentido, para potenciar a expansão desta economia, a CCDR-NORTE e a Agência  Espacial Portuguesa identificaram três eixos prioritários de ação com vista à capacitação e crescimento do setor espacial, designadamente: “Investigação e Desenvolvimento”; “Competitividade e Internacionalização; e “Capacitação de Recursos Humanos”.

De forma a responder às necessidades específicas da Região associadas a este setor e a promover o crescimento económico e a criação de emprego qualificado associados à economia espacial, o Plano de Ação visa responder a diversos objetivos estratégicos: dinamização de outros mercados não diretamente relacionados com o espaço através da geração, captação e exploração de dados e sinais de satélite (e.g. agricultura, pescas, monitorização de infraestruturas, desenvolvimento urbano, saúde pública); promover a cooperação científica e tecnológica inter-regional e internacional na área do espaço; e assegurar o desenvolvimento das condições de enquadramento financeiro, institucional, cultural e educativo para impulsionar o setor espacial no Norte.

Para António Cunha “depois do sucesso do lançamento do Aeros MH-1, em março deste ano, resultado de um forte investimento nas áreas de I&D Aeroespacial, por parte de entidades públicas e privadas, o NORTE continua o seu caminho de afirmação neste setor”, o Presidente da CCDR-NORTE refere ainda que “esta afirmação é essencial para dar condições às nossas instituições e aos nossos profissionais para se tornarem verdadeiramente competitivos num setor que requer não só um forte investimento financeiro, mas sobretudo investimento no desenvolvimento e capacitação dos recursos humanos”.

Ao longo da reunião foi recordado que a implementação da estratégia nacional “Portugal Espaço 2030” pretende dar resposta ao forte crescimento deste setor a nível mundial, fruto do desenvolvimento recente de novas tecnologias e do aumento de interesse. Sendo que, no Norte, a S3 NORTE 2027 destaca-se e já prevê prioridades de apoio público em matéria de investigação, inovação e competitividade empresarial na Região, com oito domínios identificados de aposta, representando o setor espacial diferentes graus de relevância.



 

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